As principais formas de adulteração no leite

De acordo com pesquisas, a adulteração/fraudes é muito comum em diversos seguimentos, sendo estes atos muito recorrentes na indústria de alimentos.

Mas o que é uma fraude?

Segundo BRCV7 food, norma global para segurança de alimentos, fraude em alimentos é uma ação ilícita e desonesta que visa principalmente o lucro, por meio de substituição, adição ou falsificação de um produto alimentício.

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No caso do leite, a adulteração da matéria prima pode ser feita de diversas maneiras, seja na fazenda, no transporte e até mesmo na indústria.

Desse modo, cabe ressaltar que existem inovações na área de laticínios, visando maior fiscalização e análise da qualidade do leite. Contudo, tais tecnologias muitas vezes são caras e não se encaixam no orçamento da empresa, ou muitas vezes, essas empresas não detêm todos os equipamentos necessários, contribuindo para que boa parcela do leite seja beneficiado ou até mesmo consumido de forma inadequada.

Por outro lado, um fator que dificulta a identificação da adulteração no leite é a falta de um padrão, pois as características do leite dependem de diversos fatores como genética, alimentação, bem-estar animal, dentre outros.

Afinal, quais são as formas mais usuais de adulteração do leite?

        Adição de água: uma das formas mais cotidianas de fraude no leite é a adição de água com o intuito de aumentar o volume do leite e consequentemente lucrar mais. Além disso, ao adicionar água no leite a densidade deste é alterada juntamente com o ponto de congelamento e o próprio aspecto do produto, e para reverter essa situação, muitos começaram a adicionar juntamente com a água produtos como: amido de milho, sacarose e até mesmo a urina de vaca para controlar a densidade. Nesse contexto, o leite perde seu rendimento e tem sua composição nutricional alterada, podendo causar danos à saúde do consumidor.

 

        Adição de base: Uma atividade comum ao leite é a transformação da lactose em ácido lático, responsável por acidificar o produto. No entanto, em condições de altas temperaturas a acidez pode aumentar muito e causar danos ao sabor e a qualidade. Para reverter esta situação, é recorrente o uso de aditivos como bicarbonato de sódio e até mesmo soda cáustica, visto que esses produtos possuem um pH básico, ou seja, equilibra a acidez do produto. Esse tipo de adição ao leite pode causar danos à saúde do consumidor.

Mas por que isso acontece?

Bom, a acidez no leite desestabiliza as micelas de proteínas e isso aumenta a viscosidade do produto, não sendo interessante para produção de queijos, por exemplo.

 

        Desnate: O desnate não é considerado uma fraude, contudo este procedimento só deve ser feito na indústria. O que na maioria das vezes não é o que acontece, uma vez que é possível que o produtor lucre muito com a venda de manteigas e creme de leite caseiro, fruto da gordura extraída do leite.

 

        Presença de resíduos: Quando uma vaca é submetida a tratamentos com antibióticos, por exemplo, o leite não é propício para uso, no entanto alguns produtores desconsideram isso. As consequências são altas, uma vez que antibióticos não são removidos no processo térmico, podendo acarretar problemas na saúde do consumidor e perda na qualidade do produto.

 

Portanto, fica aparente que a adulteração/fraude no leite tem consequência tanto para o consumidor final quanto para a indústria, causando perdas financeiras e da matéria prima.

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Por: Fabiana Carvalho.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

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Fontes:

·         Avaliação físico-química de leite in natura comercializado informalmente no sertão paraibano

·         Leite e Derivados UFRRJ

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