Por que ter cuidado com a formação de biofilme na indústria de alimentos?

Mesmo quem não é familiarizado com o termo biofilme está mais perto deste do que imagina, visto que os biofilmes podem ser formados em diversos locais, como na boca, formando a placa bacteriana, além de em superfícies de equipamentos mal higienizados ou em canos de água.

Mas o que é o Biofilme?

O biofilme é um conjunto de microrganismos que vivem em comunidade, aderidos em uma superfície. Os microrganismos de vida livre vão tender a aderir em uma superfície contendo alguma matéria orgânica para seu crescimento, essas substâncias vão fazer ligações físico-químicas e irão formar a base do biofilme.

A partir de um tempo, essas ligações vão ficando cada vez mais fortes, fazendo com que as bactérias passem a sintetizar algumas substâncias que vão facilitar a entrada de outros microrganismos pela maior disponibilidade de nutrientes, havendo também a formação de exopolissacarídeos. Este vai proteger o biofilme de agentes químicos, antissépticos, sanitizantes, dificultando sua remoção.

O biofilme tem um ciclo de vida no qual quando a proliferação é muito alta, acontece a dispersão dos microrganismos que geram novos focos para a formação de biofilme.

Desta forma, o que se faz importante é que a indústria de alimentos é um lugar muito propício para a formação de biofilme visto a grande quantidade de nutrientes disponíveis nos equipamentos e nas superfícies de alguns materiais que podem facilitar esta adesão.

Logo, por ter uma diversidade de microrganismos que podem estar nesta comunidade, pode haver a presença de patógenos, esporos, toxinas ou deterioradores que ao serem dispersados podem fazer uma contaminação cruzada com o alimento já processado, gerando um risco a saúde do consumidor, podendo ocasionar em infecções ou intoxicações alimentares como também gerar perdas econômicas ao diminuir a durabilidade do produto.

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O biofilme até pode parecer algo complexo, mas uma forma bem eficaz para sua remoção é a aplicação das Boas Práticas de Higienização e Fabricação, com um bom fluxograma de limpeza usando os procedimentos e os sanitizantes corretos, evitando que os alimentos sejam contaminados.

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Por: Débora Maia.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fontes:

·         Farmacêutico Digital

·         Profissão BIOTEC