Mês: dezembro 2018

Engenharia de Alimentos: por que ela é essencial no ramo alimentício

A engenharia de alimentos está presente em nossa rotina, ainda que você nunca tenha ouvido falar sobre ela ou sobre o profissional dessa área.

Como isso é possível? Pense, por exemplo, naqueles pratos prontos e alimentos congelados que você compra para aqueles dias em que bate uma preguiça de cozinhar ou em que é preciso algo mais prático e rápido para o almoço.

Já imaginou como é o processo de fabricação, embalagem, transporte e conservação desses produtos para que cheguem em bom estado até sua casa? Como é possível toda essa praticidade e, ainda, livre de contaminações?

Se consumimos alimentos de qualidade, é tudo graças à Engenharia de Alimentos, responsável por cuidar das etapas de preparo e conservação de alimentos de origem animal e vegetal.

Neste post, vamos entender melhor a importância dessa função para o setor da indústria alimentícia. Continue lendo para saber mais.

O que é a engenharia de alimentos afinal?

A engenharia de alimentos nada mais é do que um campo bem abrangente da área que envolve a tecnologia de alimentos e que se baseia em diversas disciplinas das ciências da alimentação, agricultura, microbiologia, química e engenharia.

Por englobar todos os elementos relacionados à industrialização de alimentos, essa engenharia potencializa o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis possíveis.

Ou seja, na formação de profissionais, no subsídio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor (como na colaboração à preservação da saúde pública), e com relação à normatização técnica, orientação e fiscalização.

É um setor que funciona através da utilização de métodos de cuidadosa investigação, equipamentos de alta tecnologia e processos sofisticados.

Ele abrange desde a aquisição de matérias-primas alimentares para transformá-las em produtos até o desenvolvimento de métodos de preservação de alimentos, embalagem e envio dos produtos alimentares ao mercado consumidor.

Consequentemente, um dos principais objetivos da engenharia de alimentos é produzir alimentos de qualidade, seguros e nutritivos destinados ao consumo humano e animal.

As matérias-primas de alta qualidade são manipuladas e tratadas pelos equipamentos especiais computadorizados em plantas de processamento de alimentos.

O tratamento inclui a extração, a separação e a mistura dos ingredientes para a fabricação de diferentes produtos alimentares.

O que faz o profissional desse ramo?

O engenheiro de alimentos é responsável por promover a segurança alimentar. É ele quem cuida de todas as etapas de preparo e conservação de alimentos de origem animal e vegetal.

Ele seleciona a matéria-prima, por exemplo, leite, carnes, peixes, legumes e frutas, definindo, a partir daí, a melhor forma de armazenagem, acondicionamento e preservação dos produtos, projetando embalagens adequadas.

Além disso, ele também cria e testa formulações com o objetivo de determinar o valor nutricional de alimentos produzidos na indústria, assim como o sabor, a cor e a consistência destes. A indústria alimentícia é seu principal campo de atuação.

Porém não é o único, pois ele pode ainda trabalhar em outros tipos de indústrias, como as fornecedoras de equipamentos, embalagens e aditivos. Para isso, ele utiliza seus conhecimentos adquiridos em química, biologia, física e os métodos matemáticos.

Ele é responsável pelas máquinas envolvidas no processamento dos alimentos, o que torna seu trabalho diferente de um nutricionista, por exemplo, ainda que sejam áreas que devem atuar em conjunto.

Em resumo, o profissional formado em Engenharia de Alimentos pode atuar nas áreas de automação de processos, pesquisa e desenvolvimento, produção, controle de qualidade, projetos agroindustriais e tratamento de resíduos.

Estes resíduos em questão são resultado de vários processos no âmbito da Engenharia de Alimentos. A gestão dos mesmos, de forma eficiente e que respeite o ambiente, também é um aspecto importante para esse ramo.

As indústrias também são uma preocupação nesse sentido. Os engenheiros de alimentos buscam sempre o aperfeiçoamento de produtos farmacêuticos e produtos alimentares nutritivos que vão beneficiar os consumidores finais.

Simplificando

O profissional de Engenharia de Alimentos trabalha nas seguintes áreas:

  • Indústria de produtos alimentícios
  • Indústria de insumos para processos e produtos (matérias-primas, equipamentos, embalagens, aditivos)
  • Empresas de serviços
  • Órgãos e instituições públicas

Atuando nas seguintes funções:

  • Produção/processos – Racionalização e melhoria de processos e fluxos produtivos para incremento da qualidade e produtividade e para redução dos custos industriais.
  • Garantia de qualidade – Determinação dos padrões de qualidade para os processos (desde a matéria-prima até o transporte do produto final), planejamento e implantação de estruturas para análise e monitoramento destes processos, e treinamento de pessoal para prática da qualidade como rotina operacional.

A importância da Engenharia de Alimentos

Como é possível notar com base no que foi dito acima, além de promover e assegurar a segurança alimentar nas indústrias e no comércio alimentício, a Engenharia de Alimentos também promove o desenvolvimento e o crescimento das tecnologias desse domínio.

A busca por mais precisão na qualidade e o combate a qualquer tipo de contaminação ao qual estamos expostos são grandes motores que impulsionam esse avanço ao longo dos anos.

Se considerarmos, por exemplo, a produção de alimentos geneticamente modificados ou transgênicos, podemos afirmar que essa prática requer várias características determinadas, sendo impulsionada pela Engenharia de Alimentos.

As ditas importantes pesquisas, nesse sentido, estão se tornando cada vez mais avançadas, principalmente se considerarmos que os alimentos produzidos em laboratório apresentam mais benefícios à saúde humana.

Uma boa forma de exemplificar esse argumento seria usar ingredientes enriquecidos com vitaminas na fabricação dos produtos alimentícios mais consumidos pela população, como pães, achocolatados, leite em pó, entre outros.

Legumes e frutas também podem ser modificados em laboratório, com base na ciência e nas atribuições da Engenharia de Alimentos.

Por fim, como é um setor que está em constante desenvolvimento e que também é tão necessário – afinal a alimentação é parte de nossas vidas – configura-se como uma área de ascensão e que terá um mercado bem movimentado nos próximos anos.


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Análise sensorial: aprenda o que é e qual a sua importância

Você sabe o que é análise sensorial de alimentos? Sabe qual a sua importância no processo de criação de produtos?

Sem dúvida, vivemos em uma era globalizada na qual o fluxo de informações e de produtos é intenso.

No ramo alimentício, essa quantidade de opções, por vezes exacerbada, não é diferente: a cada dia, temos novos alimentos disponíveis para o consumidor.

Por mais que o consumidor tenha acesso apenas ao produto final, sabemos que disponibilizar um alimento para comercialização é um processo que envolve muitas etapas.

Nesse sentido, a análise sensorial de alimentos tem sido uma dessas etapas cada vez mais populares.

Se você ainda não sabe o que é análise sensorial, não se preocupe. Continue a leitura do nosso artigo, aprenda esse conceito e saiba qual é a sua importância para a criação de alimentos.

O que é análise sensorial de alimentos?

Basicamente, a análise sensorial é um método utilizado com o objetivo de mensurar e descrever as características de determinado produto.

A análise sensorial pode ser feita não somente em produtos alimentícios, mas também em produtos de limpeza, por exemplo.

Esse método se baseia na análise de percepções olfativas, visuais e do paladar do consumidor, levando-se em consideração os sentidos do corpo humano.

Para que a análise sensorial seja feita, são utilizados os conhecimentos de diferentes áreas, como: fisiologia, biologia, química, estatística e ciência de alimentos.

Ainda podemos afirmar que, através da análise sensorial, busca-se verificar a influência que alguns fatores possuem sobre o produto em questão.

Com relação aos fatores, podemos citar alguns deles: formulação, tempo e as próprias características sensoriais.

Logo, é possível dizer que a análise sensorial é uma prática importante dentro do processo de criação e desenvolvimento de um produto. Isso porque essa metodologia irá descrever, com precisão, características relevantes do mesmo.

Aprenda como é feita a análise sensorial

Até aqui, você já aprendeu o que é análise sensorial. Contudo, para que você entenda ainda melhor esse termo, iremos mostrar como a análise sensorial é feita.

A análise sensorial é realizada com base na percepção dos avaliadores e dos consumidores que já citamos aqui.

Para que a análise sensorial seja realizada, é importante contar com um laboratório bem equipado. Para tanto, é necessário que cada avaliador tenha uma cabine individual.

Além disso, é preciso que exista uma sala de preparação das amostras com todos os equipamentos necessários.

Vale lembrar que a análise sensorial deve ser feita sem que os avaliadores saibam quais marcas estão sendo analisadas.

Caso a marca fosse revelada, o avaliador poderia ser influenciado por algum aspecto do qual ele já possui conhecimento.

Portanto, para que a análise sensorial seja feita de maneira diligente, é preciso controlar o máximo de variáveis possíveis, bem como influências externas.

Mas afinal, qual a importância da análise sensorial?

Para que se entenda melhor o que é análise sensorial de alimentos, faz-se necessário compreender a importância dessa metodologia.

A análise sensorial irá averiguar qual é a aceitação do produto pelo público-alvo. Ou seja, pelos possíveis futuros consumidores.

Durante o processo de análise sensorial, como discutido anteriormente, são analisadas as percepções relativas ao olfato, à visão, ao paladar, entre outros sentidos.

Diante disso, como um dos seus objetivos consiste em avaliar a aceitação do consumidor, a análise sensorial possui muita importância para o processo de criação e de desenvolvimento de produtos.

Imagine, após todo o trabalho e esforço necessários para desenvolver algo novo, este não ser aceito pelo público?

Com certeza essa não seria uma situação agradável, além de ser um grande desperdício de recursos.

A análise sensorial, além de contribuir para testar a aceitação do produto, pode ser utilizada a fim de comparação entre amostras comerciais.

E, também, pode-se utilizar tal metodologia para conferir alterações ao longo do tempo com base no método de conservação escolhido.

Sendo assim, a análise sensorial de alimentos é um procedimento de muita importância no desenvolvimento de produtos devido aos objetivos e às finalidades que possui.

Conheça os tipos de análise sensorial

Vamos conhecer um pouco mais sobre os tipos de análise sensorial que podem ser aplicados em um produto?

Quando falamos em análise sensorial, temos uma diversidade de métodos que podem ser empregados de acordo com os seus objetivos.

São eles: discriminativo, descritivo e afetivo. Você já ouviu falar a respeito desses tipos de análise sensorial?

Método discriminativo

Esse tipo de método será utilizado para determinar se existe uma grande diferença sensorial entre duas amostras.

Ainda dentro do método discriminativo, é possível fazer um teste simples ou um teste direcional.

O teste simples irá determinar se há diferença ou não entre as amostras, enquanto o direcional irá especificar em relação a qual atributo existe a diferença.

Como exemplo de testes do método discriminativo podemos citar os que se seguem: teste triangular e comparação pareada.

Método descritivo

O método descritivo de análise sensorial irá fazer uma avaliação qualitativa e quantitativa da amostra.

Busca-se então, no método descritivo, detalhar e quantificar os aspectos verificados durante a análise sensorial.

Existem alguns testes mais comuns do método descritivo. São eles: perfil de sabor, perfil de textura, perfil livre e check-all-that-apply – CATA.

É importante destacar que, além do CATA, os outros testes também são realizados com avaliadores treinados.

Método afetivo

Por último, o método afetivo vai avaliar, especificamente, a aceitação e a preferência do mercado consumidor do produto em análise.

Para tal, existem os testes de aceitação, o de ordenação-preferência e o de comparação pareada de preferência.

Para testar a preferência dos consumidores, é possível comparar o produto com outros, fazendo a análise com diferentes amostras e diferentes marcas ou apenas com diferentes amostras que possuem quantidades distintas de algum componente.

A análise sensorial é, portanto, fundamental para se ter mais conhecimento a respeito das preferências do público.

Será que o produto está adequado para o consumidor? Será que ele está agradável? É necessário alterar a quantidade de alguma substância? Ou, até mesmo, retirar alguma delas?

Considerando esses aspectos, a análise sensorial é essencial para o desenvolvimento de novos produtos.

Ou, ainda, para quando se desejar fazer uma análise mais profunda a respeito dos motivos que estão fazendo um produto não ser bem aceito pelo público consumidor.


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