Mês: outubro 2020

Ar do ambiente de produção de alimentos: um fator de qualidade.

Uma das tarefas fundamentais para garantir a segurança dos alimentos é o controle de ar. Segundo a OMS, mais de 50% dos locais fechados têm ar de má qualidade devido à má higienização de sistemas de ar condicionado e falta de controle periódico sobre possíveis fontes de contaminação (Schirmeret al., 2011). Nestes espaços, o acúmulo de microrganismos como bactérias e fungos é maior e quando falamos em produzir alimentos nesses ambientes estamos falando sobre ausência de segurança alimentar, uma vez que a maioria das bactérias patogênicas são aeróbias (ou seja, precisam de oxigênio para crescerem e se multiplicarem) e podem estar presentes nos alimentos processados nessas condições.
A avaliação do ar ambiente pode ser realizada por testes microbiológicos em laboratório, através da sedimentação em placas de Petri contendo o meio de cultura específico para a espécie microbiana que se deseja avaliar. Por meio dos resultados obtidos é possível propor ações corretivas caso os resultados sejam insatisfatórios. Pela Organização Pan-Americana de Saúde, o limite de microrganismos seria de 1×10² UFC (unidades formadoras de colônia) por centímetro quadrado.
A qualidade do ar dentro de uma indústria não se limita à parâmetros microbiológicos. É importante ressaltar que fatores externos, como a poluição do ambiente externo, também devem ser levados em conta, uma vez que estes podem expor colaboradores à alguns riscos e também comprometer a qualidade do produto em decorrência de alguma impureza que possa estar presente naquele ar. Dessa forma, é importante que existam sistemas capazes de filtrar o ar que entra nas indústrias.
Portanto é fundamental a sanitização desses espaços, pois além de minimizar os riscos de uma DTA (doença transmitida por alimentos), a indústria também consegue prolongar a vida de prateleira de seus produtos, o que leva a menos perdas e consequentemente maior faturamento.

Por: Chrystian Castro


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como Definir a Embalagem Ideal Para o Seu Produto?

COMO DEFINIRA EMBALAGEM IDEAL PARA SEU PRODUTO?

 

Muito se discute a embalagem como elemento primordial para alavancar as vendas de determinado produto, afinal, ela é uma das responsáveis pelo primeiro contato entre a marca e o consumidor. Mas, é fundamental entender que esta também desempenha um papel importante na conservação dos alimentos e preservação de suas características, visto que ela os protege do ambiente externo e assegura sua a vida útil.

Para a escolha da embalagem mais adequada é preciso considerar diversos fatores. O primeiro passo, antes de pensar em todo o processo produtivo e tecnológico, é conhecer os tipos de embalagens classificados quanto à logística. São elas:

  • Primárias: estão em contato direto com o produto;
  • Secundárias: agrupam/englobam uma ou mais embalagens primárias;
  • Terciárias: agrupam uma ou mais secundárias, geralmente utilizadas em transportes.

O segundo passo é conhecer o seu produto, abrangendo os processos a que foi e será submetido até a compra do consumidor. Assim, é muito importante atentar-se aos fatores intrínsecos (relacionados às características dos alimentos), como a composição, umidade, atividade de água, pH, acidez e fatores extrínsecos, como a luz, composição gasosa, umidade relativa, temperatura, insetos, microrganismos e outras adversidades.

Outro passo muito importante é conhecer o material da embalagem, visto que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabelece critérios gerais de acordo com os materiais utilizados, pois podem transferir substâncias aos produtos que tendem a apresentar algum risco à saúde do consumidor. Assim, a Agência é responsável por regulamentar, controlar e fiscalizar os alimentos e suas embalagens segundo a Lei n° 9.782/1999. Além disso, cada material tem propriedades diferentes, o que deve ser levado em consideração para melhor atender as exigências de comercialização e para que melhor atenda o produto em questão.

AGORA SIM, JÁ DEFINIU TODOS ESSES PASSOS ?

Se sim, avalie esses pontos e escolha a embalagem que melhor acondiciona o alimento, tendo em vista suas características sensoriais, tecnológicas e a forma de como ele será contido. Vale ressaltar que é sempre pertinente avaliar vantagens e desvantagens para que não haja prejuízos no futuro.

 Por: Isadora Soares


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Produtos Clean Label, tendência de mercado.

Em 2003, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o “Regulamento Técnico para Rotulagem Nutricional Obrigatória de Alimentos e Bebidas Embalados” com o intuito de informar ao consumidor sobre as propriedades nutricionais do alimento, declarando assim, o conteúdo do valor calórico, de fibras alimentares e de nutrientes no rótulo. Porém muitos consumidores ainda apresentam uma certa dificuldade em compreender as informações contidas nos rótulos, devido a utilização de linguagem técnica, ingredientes que não estão usualmente habituados a verem ou consumirem e a falta de clareza sobre aquilo que é prejudicial à saúde, conforme pontuado por Silva e Senger, em um artigo publicado na revista Nutrire em 2014; e reforçado por um estudo feito pela Maria Zênia em 2003, em que 81,1% dos entrevistados sugeriram que a linguagem dos rótulos deveria ser mais acessível e visível.

Frente a isso, um novo conceito começou a ganhar espaço nos mercados, os rótulos clean label”, cuja intenção é fazer com que os consumidores consigam reconhecer os ingredientes de cada produto para que ele saiba exatamente o que está ingerindo. Clean label ou rótulo limpo traz consigo a ideia de produtos mais “naturais”, ou seja, aqueles livres de conservantes e aditivos alimentares que são usualmente utilizados em indústrias alimentícias. Apesar de não haver ainda uma definição regulamentada sobre o que é um produto Clean label e o que o rege, este foi implantado frente a demanda do consumidor e como o mercado a tem entendido, conforme comentado pela pesquisadora do ITT Nutrifor, Bruna Pottin.

Apesar de não haver uma definição pela ANVISA, há 3 diretrizes básicas que os produtos devem seguir para serem denominados como Clean label, dentre eles: o produto deve ser 100% natural, ou seja, deve haver apenas ingredientes de origem natural; a lista de ingredientes deve ser curta e simples, ou seja, os mesmos devem ter nomes comuns e facilmente identificáveis pelos consumidores; e devem ser, também, minimamente processados, ou seja, os produtos devem sofrer poucas transformações físicas e/ou químicas.

Sendo assim, um produto Clean label não se restringe apenas aos ingredientes mais naturais, ele também envolve itens como técnicas de processamento, sustentabilidade e a transparência da indústria frente ao consumidor.

Pessoas celíacas, veganas, diabéticas, intolerantes à lactose ou aquelas que buscam uma alimentação mais natural são os públicos mais atendidos pelos produtos Clean label, segundo especialista.

Apesar dessa cultura ainda não ser tão presente no Brasil, uma análise aponta que 73% dos consumidores pagariam mais para consumir um produto dessa categoria.

Em 2019, o Brasil foi o 4º colocado no ranking global de países que mais consomem alimentos saudáveis, apresentando, em média, um crescimento de 12,3% ao ano no consumo desses alimentos, com previsão de atingir até 50%. E dentre esses alimentos saudáveis, destacaram-se os plant based (matéria-prima de origem vegetal), free from (sem a adição de algum ingrediente, como glúten, açúcar, lactose) e os clean label.

 Por: Juliana Eloy Granato Costa


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Selo Arte para Produtos Artesanais

O Selo Arte foi criado no ano de 2019 pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para regulamentar e permitir a venda de produtos artesanais, sendo sua concessão de competência dos órgãos de agricultura e pecuária estaduais e distrital, e sua regulamentação descrita no decreto n° 9918, de 18 de julho de 2019.

Para se adquirir o selo, em primeiro lugar, é necessário que o produto alimentício seja de origem animal. Dentre estes, podem ser citados como exemplos embutidos, queijos artesanais, mel, entre outros. Em segundo lugar, o produto deve ser considerado artesanal, seguindo os seguintes pré-requisitos exigidos pela regulamentação citada acima:

  • Obtenção de Matéria Prima no próprio local de produção ou de origem conhecida e determinada;
  • As técnicas e utensílios utilizados devem ser predominantemente manuais e devem ter influência sobre a qualidade e as características do produto final;
  • A adoção de Boas Práticas de Fabricação, garantindo a segurança alimentar do produto;
  • A adoção de Boas Práticas de agropecuária no setor de obtenção da matéria prima;
  • Produto final único e genuíno, podendo existir variação sensorial entre lotes, mantendo sua singularidade tradicional;
  • Uso mínimo de aditivos industrializados, sendo vetado o uso de corantes, aromatizantes e os considerados cosméticos;
  • Processamento feito a partir de receitas tradicionais que envolvam técnica e conhecimentos de domínio dos manipuladores.

O produtor que adquire o selo obtém muitas vantagens e agrega muito ao seu produto. Primeiramente, pode-se falar um pouco sobre a valorização de produtos artesanais no Brasil, que é cada vez mais crescente, pelas características únicas de um produto artesanal e também por ser um alimento com porcentagens mínimas de aditivos, caracterizados pela denominação Clean Label. Portanto, a presença de um selo que garante e reconhece a genuinidade de ser realmente um produto artesanal, juntamente com os fatores segurança e qualidade, acrescenta muito valor ao produto.

Em um segundo ponto está a expansão de vendas do alimento que possui o Selo Arte, pois esse terá, também, autorização para comercialização em todo território nacional, permitindo ao produtor atingir novos mercados e horizontes sem estar submetido a um processo tão burocrático como o de obtenção dos Selos de Inspeção Estadual e Federal e mantendo as características tradicionais do seu produto.

Por: Laís Alvarenga Carvalho


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