Mês: abril 2021

Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)

Com a crescente exigência dos consumidores em conhecerem a qualidade dos alimentos que consomem, as indústrias de alimentos vem enfrentando desafios para atender aos requisitos desses e, ao mesmo tempo, obter diferencial competitivo em relação a outros empreendedores. Assim, para garantir um processamento seguro dentro das indústrias são implementados programas de autocontrole.

Existem vários programas que podem ser empregados na gestão de qualidade das Indústrias e que são obrigatórios para produtos de Origem Animal, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como o programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e o sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Ler também: Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

A origem do APPCC está relacionada à necessidade de fornecimento de alimentos seguros para as viagens espaciais dos astronautas da National Aeronautics and Space Administration (NASA). O sistema APPCC tem como objetivo identificar e controlar possíveis problemas na produção antes mesmo que eles ocorram.

Ficou curioso(a) para saber mais sobre o sistema APPCC? Então vem com a gente.

Para caracterizar a sequência de elaboração de um plano de APPCC a Comissão do Codex Alimentarius e o NACMCF (National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods) adotaram sete princípios orientadores. São eles:

  1. Análises dos perigos e medidas preventivas:

Neste princípio são investigadas todos as contaminações potenciais existentes em cada uma das etapas de produção, a probabilidade de ocorrência delas, qual o grau de risco de cada uma, avaliando a necessidade de mudar um processo ou uma etapa ou então determinar medidas preventivas para cada uma dessas contaminações (perigo). Devem ser analisados os perigos que podem ocorrer desde a produção da matéria-prima até que esta chegue à indústria.

  1. Identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC):

Nesse princípio são determinados quais são os pontos, etapas, ingredientes ou matéria-prima em que ocorre algum perigo, para que sejam aplicadas medidas preventivas de controle que visam eliminar ou minimizar o risco de contaminação.

  1. Estabelecimento dos limites críticos:

Aqui são definidos os valores máximos e/ou mínimos de que devem ser seguidos e que, caso não sejam, impossibilitam a segurança do alimento.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de monitorização dos limites críticos:

A monitorização consiste em realizar uma sequência de observações e de medição dos parâmetros de controle para saber se um PCC está dentro dos parâmetros críticos estabelecidos.

  1. Estabelecimento de ações corretivas:

As ações corretivas devem ser aplicadas no momento ou imediatamente após ocorrerem desvios dos limites críticos estabelecidos, visando corrigir rapidamente o erro.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de verificação:

Aqui nesse princípio ocorre a verificação da eficácia do APPCC, através de avaliações como análises microbiológicas, auditorias, controles dos registros de monitorização.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de registro:

Os registros são evidências legais que as atividades relacionadas a APPCC estão sendo realizadas.

A partir da implementação do sistema APPCC são identificados os Pontos Críticos de Controle de um determinado perigo, estabelecem-se os limites críticos que são monitorados e verificados, o que traz grande vantagem para a indústria de alimentos, pois garante a segurança na produção, garante a satisfação dos clientes, e traz o diferencial competitivo para o mercado empreendedor.

Ler também: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?

Por: Laura Orsi

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Fontes:

Fatores Antinutricionais

O que são os fatores antinutricionais e o que eles acarretam na saúde do consumidor?

 Bem, de forma geral os fatores antinutricionais estão presentes normalmente em alimentos de origem vegetal, e eles são considerados “antinutricionais” pelo fato de atuarem no organismo humano de forma negativa. seja ela pela falta de digestão, absorção e/ou utilização dos nutrientes no nosso corpo.  Isto acontece porque tais alimentos, como leguminosas, apresentam inibidores de proteinase, oxalatos, taninos, fitatos e/ou polifenóis, os quais interferem diretamente nestas funções.

Uma pergunta que não quer calar, como diminuir os efeitos destes fatores no alimento?

Uma das opções mais conhecidas para extinguir os fatores antinutricionais do feijão e que também pode ser utilizada industrialmente, por exemplo, é deixar ele de molho por pelo menos 12h antes do cozimento. Logo depois, a água precisa ser jogada fora para a retirada completa dos fitatos para que logo após uma nova água seja utilizada no cozimento.

Além disso, a inclusão de alguns processos como tratamentos térmicos nos alimentos que contenham os fatores antinutricionais, como a maceração na presença de sulfitos, a atmosfera controlada e o tratamento enzimático adicionados industrialmente, são exemplos de resolução para o problema, extinguindo de vez os antinutrientes.

Por: Daniela Martin

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes


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Fontes:

Padrões Microbiológicos

 

Você já se perguntou como é definida a aceitação ou não de um alimento com base na presença de micro-organismos?

A resposta para essa pergunta é o Padrão Microbiológico!  Mas o que é um Padrão Microbiológico?  Onde eles estão estabelecidos?

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Padrão Microbiológico pode ser definido como um critério definição para a aceitabilidade de um lote ou processo de alimento com base na ausência, presença ou concentração de micro-organismos, suas toxinas e metabólitos por unidade de massa, volume, área ou lote. Esses padrões estão dispostos na RDC 331/2019 e na IN 60/2019 que entraram em vigor em dezembro de 2020, em substituição da RDC12/20021.

Assim, a RDC 331/2019 apresenta os novos padrões microbiológicos dos alimentos e a sua aplicação durante toda a cadeia produtiva do alimento, enquanto a IN 60/2019 a complementa estabelecendo uma lista de padrões microbiológicos para alimentos prontos para o consumo.

Dessa forma, uma vez entendido o conceito e onde estão estabelecidos tais padrões, é necessário entender qual é a sua finalidade.

Sendo assim, qual o objetivo do estabelecimento de Padrões Microbiológicos para os alimentos?

O objetivo dos Padrões Microbiológicos é verificar se o alimento está seguro e adequado para venda ao consumidor com base em testes microbiológicos específicos para cada alimento. Portanto, é possível avaliar os procedimentos de produção, controle de manuseio e as práticas de higiene de uma empresa com base em seus resultados.

Para isso, deve-se ressaltar que a segurança dos alimentos é uma garantia da adoção das práticas preventivas do Manual de Boas Práticas de Fabricação, o BPF.

 Leia mais sobre A Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

 Agora que você já sabe o que são os Padrões Microbiológicos e qual a sua finalidade, pode estar se perguntando: Quais são, de fato, esses Padrões Microbiológicos? Quais são os seus componentes?

Os Padrões Microbiológicos definidos pela ANVISA são compostos por:

  • O alimento, isto é, o ponto da cadeia de produção que esses padrões são aplicáveis; 
  • O micro-organismo, aquele que vai ser avaliado a presença, ausência ou concentração; 
  • Os limites microbiológico “m” e “M”; 
  • O plano de amostragem, o qual compreende o número de unidades amostrais a serem coletadas e analisadas (n), o tamanho da unidade e a indicação do número de amostras aceitáveis (c). 

É importante ressaltar que esses Padrões Microbiológicos são aplicáveis aos alimentos da categoria “Alimento prontos para oferta ao consumidor”, isto é, conforme a RDC 331/2019: “alimento na forma como será disponibilizado ao consumidor, destinado à venda direta ou qualquer outra forma de distribuição, gratuita ou não”.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre os Padrões Microbiológicos e o porquê deles serem tão importantes para você como consumidor e/ou produtor, você consegue reconhecer a importância dos processos de higienização e produção adequados para evitar contaminações durante o processo produtivo. 

Leia mais sobre Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos? 

Por: Antônio Fernandes

Revisado Por: Gabriela Zinato


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