Mês: julho 2021

A explosão dos produtos orgânicos

Mas o que é um produto orgânico?

De acordo com o artigo 2° da Lei Nº 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, considera-se produto da agricultura orgânica ou produto orgânico, aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou oriundo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local, seja ele in natura ou processado. Estes, além de serem isentos de agrotóxicos, tendem a ser mais saborosos que os industrializados.

De acordo com ITAL, 2020 na Pesquisa do Brasil FoodTrends 2020, foram identificadas algumas preferências e tendências dos consumidores ao redor do mundo, que já estão refletindo nos hábitos de consumo de muitos brasileiros, estas foram classificadas em 5 categorias: Sensorialidade e Prazer, Saudabilidade e Bem-estar, Conveniência e Praticidade, Confiabilidade e Qualidade além de Sustentabilidade e Ética.

Com isso,o mercado de produtos orgânicos viu crescer seu potencial, uma vez que os consumidores estão mais preocupados não só com a saúde e bem-estar, mas também com a sustentabilidade, ficando em segundo plano o preço dos produtos orgânicos.

Outro fator que tem ajudado muito esse mercado a crescer são os incentivos, sendo estes oferecidos tanto aos agricultores, que estão começando sua produção, quanto para os que já tem uma produção não orgânica e querem fazer a transição para a mesma.

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É fundamental a adequação e regularização devido às exigências legais destes produtos para a comercialização, ampliando ainda mais esse mercado. Além disso, a obtenção de selos e certificados, que comprova a qualidade, origem e a denominação de orgânico ao produto, também vai possibilitar a entrada do mesmo em nichos de mercado, que estão dispostos a pagar mais pela qualidade e procedência do produto.

Por fim, no que se refere aos dados do mercado brasileiro de orgânicos, só no ano de 2018, o Brasil faturou R$ 4 bilhões, resultado 20% maior do que o registrado um ano antes, como mostrou o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), que reúne cerca de 60 empresas do setor.

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Por: Adriana Lopes.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fontes:

Corantes Naturais e Artificiais na Indústria de Alimentos

A cor de um alimento é um fator determinante na aceitação de um produto, devido ao fato dessa característica sensorial induzir a sensação e percepção de outras características, como o sabor, aroma e aparência.

Assim, o visual do alimento se torna primordial, uma vez que há uma associação de cores com o alimento em si, sendo possível lembrar características de amargor ou acidez, e até se relacionar diretamente com frutas, verduras e carnes.

Já imaginou consumir um produto de morango que não tenha uma coloração avermelhada ou rosada?

Dessa forma, é possível visualizar a importância desse aspecto nos alimentos, por isso os corantes são utilizados amplamente na indústria com o intuito de restaurar a cor perdida durante o processamento, intensificar a cor dos produtos, de forma preservar a identidade destes, e até auxiliar na proteção de aromas e vitaminas sensíveis à luz.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a partir da Resolução – CNNPA nº44, de 1977, os corantes podem ser classificados como:

Corante orgânico natural: obtido a partir de vegetal ou animal, sendo isolado com o emprego de processo tecnológico adequado

Corante orgânico sintético: obtido por síntese orgânica a partir de processo tecnológico adequado

Corante artificial: é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais

Corante orgânico sintético idêntico ao natural: é o corante orgânico sintético cuja estrutura química é semelhante à do princípio ativo isolado de corante orgânico natural

Corante inorgânico: obtido a partir de substâncias minerais e submetido a processos de elaboração e purificação adequados a seu emprego em alimento.

Além disso, os corantes caramelo foram classificados de acordo com o Informe Técnico nº48 (2012): Corante Caramelo I, Corante Caramelo II, Corante Caramelo III, Corante Caramelo IV; sendo esses diferenciados apenas pelo processo escolhido.

Corantes Naturais

É considerado como corante natural o pigmento ou o corante inócuo extraído de substância vegetal ou animal. Apesar de apresentarem algumas desvantagens frente aos artificiais, como custo e estabilidade (dependendo da forma que for obtida e manipulada), são bem utilizados visto a tendência na indústria de alimentos que confere um aspecto natural ao produto, tendo uma maior aceitação pelos consumidores, visto que alguns pigmentos possuem propriedades funcionais.

Dentre os corantes que são mais utilizados na indústria alimentícia, pode-se citar o urucum, carmim de colchonila, curcumina, além de distintas antocianinas.

Os pigmentos corantes do urucum são obtidos a partir das sementes de urucum, proporcionando uma cor amarelada ou alaranjada ao alimento. São bastante empregadas em sucos, gelatinas, salsichas, margarinas, entre outros.

A curcurmina, pigmento obtido a partir do açafrão-da-Índia, também é utilizada para conferir uma cor amarelo alaranjado aos alimentos, possuindo uma mistura de antioxidantes com propriedades anti-inflamatórias.

O carmim é obtido a partir de insetos fêmeas dessecados, sendo um dos corantes com maior versatilidade e estabilidade, confere uma cor avermelhada aos produtos, como em gelatinas, iogurtes, sorvetes, diversas sobremesas e produtos cárneos.

Sabe aquela mancha que fica em carros estacionados ou em calçadas?

Pois é, isso são as antocianinas, que são corantes com uma grande variação de cores, desde o vermelho até o violeta, e são encontradas em flores e frutas, como uva, amora e framboesa. Possui a vantagem de ter uma boa solubilidade em água, poder antioxidante e baixo custo.

Corantes Artificiais

Já os corantes artificiais são considerados substâncias de composição química definida obtidas por processo de síntese.

Dessa forma, estes não possuem nenhum valor nutritivo, sendo utilizados apenas com o objetivo de conferir cor. Mesmo com a tendência em ter produtos com características naturais, esses corantes são amplamente utilizados em alimentos e bebidas, devido a sua importância em apresentar maior uniformidade, estabilidade e poder tintorial.

No Brasil, a legislação permite o uso de 14 corantes industriais, juntamente com os valores de Ingestão Diária Aceitável, sendo esses: Tartrazina, Amarelo Crepúsculo, Bourdeux S ou Amaranto, Ponceau 4R, Eritrosina, Vermelho 40, Indigotina, Azul brilhante, Azorrubina, Azul Patente V, Verde sólido, Amarelo de Quinoleína, Negro brilhante BN e Marrom HT.

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Por fim, vale ressaltar que a utilização do corante adequado vai estar relacionado com vários aspectos, como pH, solubilidade temperatura e processamento. Além disso, a legislação divulga quais alimentos em que é permitido o uso de corante, e quais desses podem ser usados para cada categoria de produto.

Dessa forma é possível fazer a escolha adequada do corante para conferir esse aspecto sensorial extremamente importante, que é a aparência do alimento.

Por: Gustavo Pousa.

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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