Mês: janeiro 2019

Linha de produção: como desenvolver uma para indústria alimentícia

A linha de produção é um dos pilares de uma indústria. Ela é um dos principais recursos e representa o desenvolvimento dos processos produtivos que envolvem as máquinas, os operadores e os produtos.

O foco é reunir esses componentes de forma a realizar as etapas de maneira organizada e sequencial, para, no fim, ter em mãos o produto esperado.

Uma linha de produção com uma estrutura balanceada, equilibrada e focada na redução de possíveis desperdícios tem grande chance de gerar resultados que vão impactar diretamente nos custos, na produtividade, no rendimento da empresa e, claro, na satisfação dos clientes.

O importante é investir em planejamento e monitoramento para a manutenção da boa produtividade.

Neste post, vamos falar mais sobre a importância da organização da linha de produção e como você deve desenvolver a sua. Continue lendo!

O que é a linha de produção?

A linha de produção é o processo organizacional mais eficiente para se chegar ao produto final.

No ano de 1913, Henry Ford criou uma solução para o dilema da produção artesanal, cara e lenta: o sistema de linha de produção.

Esse sistema como temos hoje adota uma forma de produção em série, em que cada funcionário fica responsável pela montagem de uma parte do produto.

Outra característica desse método é o uso de maquinarias que auxiliam os funcionários em suas tarefas.

A automatização da produção, ou seja, a introdução da tecnologia das máquinas nesses processos, foi um dos marcos da era industrial.

Por outro lado, isso fez com que as empresas enfrentassem um novo tipo de problema: o controle de qualidade.

Ao passo que os artesãos conheciam em profundidade o produto final, sendo capazes de garantir a máxima qualidade, isso já não era possível nas linhas de produção, em que tantas coisas poderiam passar despercebidas.

Assim, para garantir a qualidade e a eficácia dessa produção, foi preciso criar formas de planejamento e monitoramento que impedissem prejuízos.

Isso é o que vamos entender melhor adiante.

Importância e benefícios da linha de produção

Como vimos, o sistema de linha de produção inovou a indústria e permitiu uma produção em larga escala em menos tempo, o que significa aumento do lucro.

Isso sem falar que, com boa organização, fica muito mais fácil inspecionar todo o processo.

Vamos falar sobre alguns dos benefícios que o bom planejamento da linha de produção trará para a sua empresa:

  1. Padronização e definição de processos

Definindo um roteiro claro e preciso, dúvidas triviais ou falta de informação sobre processos são resolvidas rapidamente, poupando o tempo de procurar a raiz do problema para só então solucioná-lo. Por exemplo, em casos de:

  • operação executada em máquina errada;
  • sequência entre as operações equivocadas e que acabam prejudicando todas as etapas seguintes;
  • tempo de operação incompatível com o necessário para a qualidade da peça, que pode ser excedido ou diminuído.

Padronizar os processos também promove o conhecimento dentro do ambiente da indústria, entre seus colaboradores, o que consequentemente fortalece sua equipe.

  1. Obtenção de informações de forma mais prática

Imagine ser refém de um único funcionário para saber como anda determinado setor, como proceder ou como corrigir erros? Um enorme problema, não é?

Se essa pessoa não estiver presente, a fábrica praticamente fica parada por falta de alguém que consiga detalhar, com clareza, os processos, o tempo e a ordenação de cada etapa já estabelecida pelo roteiro.

Tornando essas informações mais acessíveis, é possível agir com mais rapidez, principalmente se for uma situação de urgência.

  1. Informações claras e fluidez na fábrica

Os processos e as instruções devem estar definidos de forma clara para que os funcionários não tenham dificuldade de executá-los. Assim, o operador responsável por cada setor estará ciente de qual sequência utilizar.

  1. Mais precisão em relatórios e cálculos

Organizando a linha de produção, você estará também organizando os cálculos com mais firmeza, além de facilitar a produção dos relatórios sobre os processos.

Outro ponto a favor é que, como esses relatórios terão detalhes sobre diferentes aspectos, como matéria-prima, mão de obra, duração de cada processo, entre outros, partindo de um estudo analítico desses dados, vai ser possível encontrar pontos que podem ser melhorados para reduzir os gastos da organização.

Ótimo, não?

  1. Mais facilidade para inserção de novas tecnologias

Entender que novas tecnologias são importantes para levar seu negócio ao topo é um ponto importante, até porque sabemos que coisas novas surgem o tempo todo e geralmente estão aí para otimizar algum aspecto.

Até por isso, conhecer bem a estrutura e a sequência dos processos da sua indústria vai aumentar a predisposição para se adaptar com mais naturalidade quando algo novo surgir.

Como desenvolver uma boa linha de produção?

Vamos entender melhor quais passos devem ser seguidos para uma linha de produção de sucesso?

  1. Planeje uma gestão eficiente

O primeiro passo é colocar tudo no papel. Planejar tudo nos mínimos detalhes é essencial para não se perder no meio do caminho. Esse plano deve incluir ações como:

  • Fazer a seleção dos melhores fornecedores do mercado.
  • Desenvolver cronogramas e metas para a equipe.
  • Planejar a comunicação entre equipes e setores.
  • Utilizar softwares de gerenciamento de forma inteligente para automatizar e otimizar os processos.
  • Definir mapeamento e gestão dos processos.
  • Acompanhar dados de performance e produtividade para identificar possíveis problemas ou falhas.
  • Aplicar logística na otimização da distribuição de recursos.
  1. Invista em boas máquina

A maquinaria deve ser de qualidade para não dar dor de cabeça. Afinal, você não quer ter prejuízo com máquinas defeituosas ou com curta vida útil, certo?

Invista um valor justo, não tenha medo de gastar um pouco mais, porque esse material é caro por si só, mas será a principal ferramenta para uma produção maior e em menos tempo.

  1. Tenha um layout de fábrica bem calculado

layout de fábrica é uma representação gráfica do chão de fábrica, ou seja, uma planta.

O objetivo desse planejamento de chão de fábrica é organizar o espaço físico de toda a área da fábrica, posicionando os equipamentos e postos de trabalho de forma a obter maior eficiência e segurança no processo de fabricação do seu produto, além de reduzir o tempo gasto com transporte e movimentação na área.

  1. Flexibilize o trabalho

Imagine o quão desmotivador é fazer o mesmo movimento o dia todo.

Pense também sobre a motivação dos operadores da fábrica. Deixe a rotina deles mais dinâmica para que possam se sentir confortáveis e animados com os resultados, além de contribuírem com soluções que melhorem o desempenho da produção.

Isso em uma empresa é muito importante, levando em consideração que é possível formar um ambiente de trabalho mais produtivo para o negócio e mais motivador para os colaboradores.


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Como ler rótulo de alimentos e quais os benefícios dessa prática

Como ler rótulo de alimentos e quais os benefícios dessa prática

A maioria das pessoas pensa que está fazendo dieta da maneira correta, sendo saudável, mas não tem o hábito, e nem mesmo sabe, como ler rótulo de alimentos.

Você sabe?

Mesmo que a resposta seja “sim”, continue lendo esse texto, pois você pode estar errado.

Isso porque muitas pessoas, quando consultam o rótulo, acham que apenas conferir o número de calorias basta para saber se o alimento é saudável ou não.

Hoje vamos ensinar como ler rótulo de alimentos e a importância de entender o que cada informação significa. Há muita informação escondida nos rótulos que podem prejudicar sua dieta ou até mesmo sua saúde

O rótulo é a maneira mais segura de você saber o que realmente está consumindo quando compra algo no supermercado. Ignorar esses dados pode levá-lo a comprar algo que não é tão saudável quanto parece.

Com o passar do tempo, as informações dos rótulos vêm sendo aprimoradas para serem cada vez mais claras e sinceras para o público. As empresas são, inclusive, obrigadas a informar o uso de ingredientes alergênicos em suas fórmulas.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa é a responsável por regulamentar e fiscalizar esse setor de informações das embalagens, através da resolução RDC 360/03 – Regulamento Técnico  sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados.

Após ler este post, você com certeza ficará mais atento, pois saberá como ler rótulo de alimentos da maneira certa. Vamos lá?

Como ler rótulo de alimentos: vamos por partes!

Primeiramente, vamos esclarecer alguns itens que precisam estar obrigatoriamente nessa lista informativa. Veja abaixo!

  • Lista de ingredientes/valor nutricional: sempre organizada por ordem decrescente, ou seja, isso quer dizer que o primeiro ingrediente é o que predomina, está em maior quantidade na formulação do produto e o último, consequentemente, é o que está em menor quantidade.
  • Nível de processamento: informa se o produto passou por muitas ou poucas etapas de processamento.
  • Identificação de origem: informações sobre o fabricante do produto e onde esse produto foi fabricado.
  • Prazo de validade: mostra até quando o produto será próprio para consumo (margem de segurança).
  • Conteúdo líquido: quantidade real de produto dentro da embalagem.
  • Lote: forma de controle da produção, caso haja algum problema com o produto.

Agora vamos falar mais especificamente sobre alguns desses tópicos.

Lista de ingredientes/valor nutricional

Vamos entender melhor e separadamente os componentes da tabela de informação nutricional.

Valor energético

Conhecido carinhosamente como calorias (kcal) por quem faz dieta, representa a energia que nosso corpo vai adquirir com o consumo daquele alimento.

Pode também ser representado como quilojoules (kJ), em que 1 kcal = 4,2 kJ. O valor indicado para um adulto saudável é uma média de 2000 calorias diárias.

Carboidratos

Fontes de energia que são estocadas em forma de gordura no corpo quando não são consumidas pelo organismo. São encontrados em pães, doces, massas e farinhas em geral. A quantidade indicada para consumo diário é de 300 g.

Proteínas

Auxiliam na saúde de tecidos, órgãos e células, conservando-os e construindo-os. Se consumido da forma correta, ajuda na sensação de saciedade e também na saúde do corpo.

Presente em carnes, lácteos e leguminosas, como feijão, soja, grão de bico etc. O ideal de consumo para o corpo é de 75 g diárias.

Gorduras totais

Altamente energéticas e colaboram no transporte das vitaminas A, D, E e K. Representam a soma de todos os tipos de gorduras: poliinsaturadas, monoinsaturadas, saturadas e trans. Assim deve-se ter cuidado, pois o consumo em excesso provoca aumento de peso.

Gorduras saturadas

Encontradas em produtos de origem animal, devem ser consumidas com moderação, pois, em excesso, podem provocar doenças cardiovasculares.

Gordura trans

Gorduras trans ou ácidos graxos trans estão presentes em produtos industrializados, que são produzidos à base de gordura vegetal hidrogenada.

Não colabora em nada com a saúde, portanto, fique de olho nesse item, que pode aumentar as chances de doenças cardiovasculares. Segundo a Anvisa, o consumo diário dessa gordura não deve ultrapassar 2 g.

Fibra alimentar

Conjunto de substâncias essenciais para a manutenção e o bom funcionamento do organismo.

Controla as taxas de glicemia e colesterol, o funcionamento do intestino e promove maior sensação de saciedade.

Presente, por exemplo, em alimentos integrais, feijões e frutas. A quantidade diária recomendada é de 25 mg.

Sódio

Importante para regulação hídrica e funcionamento adequado do cérebro, mas em exagero acaba provocando pressão arterial elevada e retenção de líquidos.

Muitas pessoas o associam somente ao sal de cozinha, mas está presente em diversos alimentos, principalmente os industrializados e até mesmo doces, daí a importância de observar o valor nos rótulos.

A quantidade diária deve ser de 2400 mg.

Porção e medida caseira

Porção é a quantidade de alimento que deve ser consumida considerando uma dieta saudável.

Essas quantidades foram definidas levando em consideração o hábito do brasileiro. Indicado por gramas (g) ou mililitros (ml).

Cuidado e atenção ao observar esse item, pois os dados do rótulo são para uma porção, e não para o produto como um todo.

A medida caseira traz essa quantidade para uma linguagem mais simples de o consumidor entender, utilizando a simulação com utensílios que ele possa usar em casa, como fatias, unidades, pote, xícaras, copos e colheres de sopa.

Valores diários (%VD)

É um número com medida percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias, na qual cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular a %VD.

Devemos destacar que as necessidades diárias variam com a idade, com a prática de exercícios físicos e com o estado de saúde de cada pessoa.

Isso significa que a quantidade de necessidades diárias deve ser avaliada individualmente com a ajuda de um nutricionista, sendo assim, 2000 calorias não é um padrão para todas as pessoas.

Glúten

É muito comum observar a informação “contém glúten” ou “não contém glúten” nos rótulos dos produtos industrializados.

Esse componente é uma proteína mais encontrada em cereais, como trigo, centeio ou cevada.

Quando misturado em água, o glúten é o responsável por dar consistência flexível e semelhante à cola, aspecto da massa criada com farinha de trigo.

Como existem pessoas intolerantes a esse componente, é necessário que as indústrias acrescentem essa informação, pois os doentes celíacos, como são chamados, podem apresentar diarreia, dor e inchaço abdominal após o consumo desses itens.

De qualquer forma, mesmo para quem não é intolerante a este componente, evitar o consumo de alimentos com glúten apresenta benefícios para a saúde, pois faz com que a pessoa se torne mais saudável e melhora o funcionamento do organismo.


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Layout de fábrica: como deve ser o de uma indústria alimentícia

Sabemos que, em qualquer indústria, a relação entre tempo e produção precisa ser a mais otimizada possível, proporcionando lucro sem perder a qualidade dos produtos. Mas você sabe como o layout de fábrica pode interferir nisso?

Para entender melhor como esse aspecto da produção funciona, é preciso compreendê-lo melhor e saber qual a importância dele para o seu negócio.

Se você quer saber mais, acompanhe a seguir.

O que é o layout de fábrica?

Como sabemos, a capacidade de produção de qualquer fábrica leva em conta o tempo de produção.

Isso significa levar em conta até mesmo o tempo gasto nas menores atividades, como limpeza, troca de materiais, movimentação de funcionários, entre outros aspectos.

Pode parecer algo não tão importante quando citamos essas situações pequenas, mas se não forem planejadas, o tempo gasto com elas ao fim de tudo será considerável se pensarmos que, quanto mais rápida a produção, maior o aproveitamento da fábrica.

layout de fábrica, de produção, ou ainda, o arranjo físico, é uma representação gráfica do chão de fábrica, uma planta.

É uma técnica de planejamento para definir a distribuição e a fluidez de processos na produção.

O objetivo desse planejamento é organizar o espaço físico de toda a área da fábrica, localizando os equipamentos e postos de trabalho de forma a obter maior eficiência e segurança no processo de fabricação do seu produto.

Importância de adotar um bom layout

“Mas por que isso vai ser importante para minha indústria de alimentos?”, você pode estar se perguntando.

Pois bem, isso tem importância máxima!

Ainda mais quando falamos em matérias-primas que se tornarão alimento para tantas pessoas. Ter rapidez e qualidade em todo o processo de produção é o que garante um alimento saudável para consumo.

Segundo o Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, um layout inadequado desperdiça 30% do tempo destinado a uma produção só com transporte de materiais e produtos. Isso é muita coisa!

Um empresário da indústria de alimentos deve sempre ter em mente que qualquer dano em seus produtos pode causar mal à saúde dos consumidores, o que é uma questão bem delicada e pela qual você com certeza não quer passar, certo?

Nesse caso, um layout de fábrica que coloca as máquinas próximas e facilita o deslocamento auxilia em diversos fatores.

Desde a fluidez da produção, evitando desperdício, perdas de matérias-primas e da qualidade de manuseamento dos produtos, até a facilitação do controle de qualidade da produção como um todo.

Isso significa preparar uma boa organização sanitária para evitar contaminações e auxiliar ainda no planejamento das partes elétrica e hidráulica.

Como definir o layout de fábrica

O planejamento dessa disposição vai depender muito de fatores relativos ao que você está fabricando. Os principais são:

  • tipo de produto;
  • variedade de produto;
  • quantidade de produtos.

Isso pode ser enquadrado em 4 tipos de layout de fábrica:

Layout de produto – Disposição em linha na produção de itens semelhantes, onde as máquinas são configuradas para atender a determinadas características.

Layout de processos – Máquinas são agrupadas e dispostas de acordo com o processo específico, facilitando a utilização dos equipamentos.

Layout celular – A produção é dividida por pequenas “células”, ou seja, setores responsáveis por diferentes funções, formando pequenas fábricas dentro da fábrica. Nesse caso, a colaboração e a eficiência dos funcionários é essencial.

Layout posicional – Quando o produto fica em uma mesma posição e máquinas e operadores realizam as atividades em volta dele.

Uma boa metodologia para começar esse planejamento é pensar, com lápis e papel em mãos, a posição dos seguintes aspectos e fluxos:

  • entrada de matérias-primas e ingredientes;
  • entrada de pessoal;
  • entrada de embalagens;
  • entrada de produtos químicos;
  • entrada de produtos finalizados;
  • saída de lixo;
  • saída de pessoal.

As características de cada ambiente também precisam ser avaliadas nessa divisão, por exemplo:

  • O armazenamento das matérias-primas será em um local com temperatura ambiente ou controlada?
  • Como será o espaço de armazenamento de embalagens (sejam primárias ou secundárias)?
  • Onde será feito o descarte de embalagens secundárias?
  • Onde será feita a higienização das embalagens primárias? Como esse local vai se adequar melhor a essa função?
  • Como planejar a higienização dos utensílios de forma a separar os sujos dos limpos?
  • Em que posição ficará o armazenamento de lixo para que não comprometa a produção?
  • Como será o espaço dedicado ao armazenamento dos produtos prontos? Terá temperatura controlada?

Após desenhar a localização de cada item, trace o trajeto de cada atividade.

O ideal é que o transporte e os fluxos dentro da produção não se cruzem, evitando acidentes e outros problemas. Onde tiver cruzamento intenso, é preciso encontrar uma solução.

Para isso, algo que ajuda é levar em conta os horários em que cada atividade vai ocorrer. Tudo deve ser planejado de acordo com esse objetivo de não se cruzarem, ou seja, devem funcionar de forma alternada.

Um layout de fábrica adequado às normas

Como acontece com grande parte dos processos que envolvem a indústria, existe uma norma que regulamenta o layout de fábrica.

A chamada Norma Reguladora NR-12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, rege normas de “referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos”.

Dentre alguns dos itens presentes nesta norma, estão especificadas questões sobre:

  • arranjo físico e instalações;
  • áreas de circulação e suas principais vias;
  • distância entre máquinas;
  • transporte e movimentação.

Essas são algumas dicas básicas sobre como o layout de fábrica influencia a produtividade da empresa.

Podemos concluir que pensar a fluidez dos processos garante segurança não apenas para os funcionários que vão estar ali rotineiramente, mas para o consumidor que preza por um bom alimento e até mesmo para o próprio empresário, no sentido de se resguardar de problemas e dores de cabeça.


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O que faz um Engenheiro de Alimentos e qual sua importância?

Você talvez nunca tenha ouvido falar sobre o que faz um engenheiro de alimentos, mas tudo o que você come passou, em algum momento, pelas mãos desse profissional, sabia?

A pipoca de micro-ondas, o presunto daquele sanduíche caprichado, a lasanha congelada do almoço, o suco de caixinha… Se isso tudo chegou com qualidade à sua mesa, saiba que foi, em grande parte, por responsabilidade do engenheiro de alimentos.

Vamos então saber um pouco mais sobre como funciona o trabalho dele e por que, afinal, é tão importante assim?

O que faz um engenheiro de alimentos?

O engenheiro de alimentos tem ganhado posição de destaque nas últimas décadas e é responsável basicamente por todos os processos da indústria de alimentos.

Ele participa desde o início, da pesquisa para novos produtos e seus ingredientes, até a definição das embalagens e armazenagem desses alimentos industrializados prontos.

Ele seleciona a matéria-prima, por exemplo, leite, carnes, peixes, legumes e frutas, definindo, a partir daí, a melhor forma de armazenagem, acondicionamento e preservação dos produtos, projetando embalagens adequadas.

Esse profissional também define e fiscaliza os padrões de controle de qualidade da indústria, testa produtos (cor, sabor, consistência), cria e testa formulações, com o objetivo de determinar o valor nutricional de alimentos produzidos, e até desenvolve novos equipamentos para o mercado.

Ele ainda coordena análises realizadas em laboratórios, organizando os métodos e sistemas utilizados para garantir a qualidade das matérias-primas e dos produtos já processados.

Além disso, também é função desse engenheiro ficar ligado nas legislações vigentes a respeito de embalagens e da quantidade de substâncias (nocivas ou não) permitidas em determinado produto.

Com relação a questões de proteção ao meio ambiente e sustentabilidade, o engenheiro de alimentos é responsável por definir métodos de tratamento de resíduos.

Ele define o que pode ser descartado e de que maneira, e também o que pode ser reciclado ou reaproveitado na indústria alimentícia.

Simplificando

O profissional de engenharia de alimentos trabalha nas seguintes áreas:

  • indústria de produtos alimentícios;
  • indústria de insumos para processos e produtos (matérias-primas, equipamentos, embalagens, aditivos);
  • empresas de serviços;
  • órgãos e instituições públicas.

E atua nas seguintes funções:

  • Armazenamento e transporte
    O engenheiro de alimentos pode atuar na supervisão e na definição de uma espécie de “controle de qualidade” do transporte e do armazenamento dos produtos.
  • Automação de processos
    Pode também atuar planejando e implantando máquinas que otimizem ou busquem automatizar alguns processos na linha de produção, inclusive na produção toda, se for o caso.
  • Consultoria
    Com o objetivo de que todos os alimentos sigam um padrão e que nada fuja do estipulado e bagunce a produção toda, o engenheiro de alimentos define, agora sim, um controle de qualidade para tudo o que acontece na produção desses alimentos. Além de definir, também fiscaliza cada detalhe.
  • Pesquisa
    Neste setor, esse profissional fica responsável por buscar melhorias, seja nas técnicas de produção ou em itens, como a embalagem. Nem é preciso dizer que essas pesquisas estão sempre voltadas para a tendência do mercado, certo? Afinal, estar por dentro das novidades é essencial no cenário industrial competitivo atual.
  • Planejamento e projetos
    O engenheiro de alimentos também pode atuar no planejamento das construções de novas instalações da indústria alimentícia, como uma estação de tratamento de resíduos, por exemplo.Para isso, deve se atentar ao dinheiro a ser investido e verificar se o mercado/a empresa precisa daquilo para que o gasto não seja em vão.
  • Produção
    Outro trabalho para esses profissionais na área de tratamento de resíduos é achar maneiras de reaproveitar a matéria-prima que sobrou. E, se não for possível reaproveitá-la, achar formas de diminuir o volume de lixo produzido e o impacto ambiental causado pela produção.
  • Marketing e vendas
    O engenheiro de alimentos pode atuar na venda dos itens produzidos e na elaboração de estratégias para vender e lucrar mais, além de buscar os fornecedores de matéria-prima e de equipamentos de produção com mais vantagens e qualidade.
  • Área acadêmica
    Se o profissional tem vontade de ensinar os conhecimentos adquiridos em pesquisas ou até mesmo no mercado de trabalho, além de também se dedicar à pesquisa e ao desenvolvimento em instituições e universidades, ele pode seguir a carreira acadêmica.
    Para isso, será necessário uma pós-graduação, um mestrado ou até mesmo um doutorado, dependendo do cargo e da instituição.
    Como pudemos observar, a indústria é o setor que mais envolve as funções nas quais o engenheiro de alimentos pode atuar, porém não é a única, o que significa que há um bom campo de trabalho para quem tem interesse em seguir essa carreira.

Perfil do profissional e mercado atual

O profissional de Engenharia de Alimentos precisa ter muita responsabilidade, postura ética e ter gosto por processos produtivos, compreendendo que a qualidade na manipulação de alimentos pode influenciar a saúde e a vida dos consumidores.

Ele precisa ter uma visão sustentável e de desenvolvimento, buscando soluções que agreguem valor e lucro à empresa, de forma simultânea.

Nesse sentido, ter interesse pela área de Ciência e Tecnologia é um ponto superpositivo, pois esse profissional deve estar constantemente buscando por inovações nessa área.

Além disso, as normas necessárias para manter a empresa em funcionamento legal devem ser sempre motivo de atenção, principalmente em caso de mudanças, para que a parte burocrática esteja também em conformidade com o exigido.

O cenário de consumo de alimentos tem cada vez mais se aproximado da indústria, pois as pessoas estão consumindo cada vez mais comida industrializada, mas, ao mesmo tempo, querem um alimento que inclua bons nutrientes, o que aumenta a oferta de emprego para o engenheiro de alimentos.

A busca pela praticidade e as mudanças nos hábitos alimentares das pessoas criam consequentemente um terreno favorável para quem está buscando emprego nesse setor, já que profissionais especializados são essenciais.

Fora das indústrias, esse profissional também tem ganhado espaço em restaurantes, distribuidoras de alimentos, bebidas e redes de lanchonetes.

Assim, podemos perceber que o engenheiro de alimentos tem hoje um importante papel nas indústrias da área alimentícia e sua formação o capacita a assumir posicionamentos fundamentais para a continuidade das atividades dentro e fora da produção.


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Reaproveitamento de alimentos: como ele pode aumentar seu lucro

É comum que muitas pessoas torçam o nariz e se posicionem de forma preconceituosa diante da palavra ‘restos’. Principalmente se ela for associada à ideia de reaproveitamento de alimentos.

Associamos ‘restos’ a ‘lixo’ e somos levados a pensar que lixo é entulho, tudo aquilo que não presta, coisa inútil, sujeira. Entretanto, essa é uma ideia completamente equivocada nos dias de hoje, em que tanto se fala em meio ambiente.

Isso porque estamos em uma era em que a sustentabilidade ganha força e espaço nas empresas e na vida do consumidor, que está cada vez mais exigente e preocupado com a própria saúde e, portanto, analisa, nos mínimos detalhes, a origem do que compra no supermercado.

O desperdício de alimentos, que acontece ainda em grande escala, causa enorme impacto na sociedade e no meio ambiente. As perdas disso podem ser observadas em toda a cadeia produtiva.

Isso estabelece claramente uma necessidade de aproveitamento dos alimentos de maneira integral e a possibilidade de manutenção do consumo habitual com utilização de resíduos para novos produtos alimentícios.

desperdício acontece em todas as etapas da cadeia produtiva no Brasil, ou seja, desde a colheita até o consumo nas residências.

Não é de hoje que estudos comprovam a possibilidade de aproveitar resíduos industriais para a fabricação de alimentos baratos e de qualidade.

É importante ressaltarmos que não se deve fazer confusão com reaproveitamento e reprocessamento, pois são processos bem diferentes.

O reprocessamento é a reutilização de produtos já industrializados, ao passo que o reaproveitamento, do qual estamos falando, trata de reutilização de matérias-primas em bom estado de conservação.

Buscar formas de reaproveitamento de alimentos com base em resíduos de indústrias já significa resolver duas questões de uma vez só, considerando que isso, além de fazer bem ao meio ambiente, evitando que materiais sejam descartados de maneira indevida, também fornece uma possibilidade para a empresa ao produzir novos produtos.

De que forma o reaproveitamento de alimentos pode ser aplicado?

O reaproveitamento de alimentos, utilizado de forma sustentável, reduz a produção de lixo orgânico, prolonga a vida útil do alimento, promove a segurança alimentar e beneficia a renda familiar.

E se você acha que não é possível, existem diversas formas de aproveitar alimentos para fazer outras receitas igualmente saborosas.

A elaboração de bolos, geleias, doces, pães, entre outros, a partir do aproveitamento dos resíduos alimentares, tem se tornado uma ótima alternativa para evitar o desperdício e enriquecer nutricionalmente os alimentos.

Isso é de suma importância, pois as partes consideradas usualmente não consumíveis e que são descartadas também apresentam valor nutricional relevante.

O reaproveitamento de alimentos, como frutas e hortaliças (polpa, cascas, talos e folhas), pode ser utilizado na elaboração de novos produtos. É uma alternativa tecnológica limpa que está ao alcance de todos, pois pode ser aplicada tanto no ambiente industrial como residencial.

Confira abaixo os alimentos que podem ser aproveitados integralmente

  • Folhas de: cenoura, beterraba, batata-doce, nabo, couve-flor, abóbora, mostarda, hortelã e rabanete.
  • Cascas de: batata inglesa, banana, tangerina, laranja, mamão, pepino, maçã, abacaxi, berinjela, beterraba, melão, maracujá, goiaba, manga e abóbora.
  • Talos de: couve-flor, brócolis, beterraba.
  • Entrecascas de: melancia e maracujá.
  • Sementes de: abóbora, melão e jaca.
  • Nata.
  • Pão amanhecido.
  • Pés e pescoço de galinha.
  • Tutano de boi.

Veja o que dá pra fazer com sobras em boas condições

  • Carne assada: croquete, omelete, tortas, recheios etc.
  • Carne moída: croquete, recheio de panqueca e bolo salgado.
  • Arroz: bolinho, arroz de forno, risotos.
  • Macarrão: salada ou misturado com ovos batidos.
  • Hortaliças: farofa, panquecas, sopas, purês.
  • Peixes e frango: suflê, risoto, bolo salgado.
  • Aparas de carne: molhos, sopas, croquetes e recheios.
  • Feijão: tutu, feijão tropeiro, virado e bolinhos.
  • Pão: pudim, torradas, farinha de rosca, rabanada.
  • Frutas maduras: doces, bolo, sucos, vitaminas, geleia.
  • Leite talhado: doce de leite.

Além disso, outra opção é fazer renda utilizando restos de alimentos para fazer adubo, investindo em um setor de tratamento na sua indústria.

Nessa alternativa, obtém-se o fertilizante natural pela compostagem, tratamento biológico no qual os micro-organismos fazem a decomposição dos resíduos orgânicos.

Esse processo de compostagem, conhecido também como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos.

Cuidados ao reaproveitar alimentos

Fazer uso de um processo de reaproveitamento de alimentos, como vimos, é possível para várias situações. Mas exige também muito cuidado.

Além da garantia nutricional e tecnológica dos alimentos quando feitos para consumo, faz-se necessário garantir a qualidade biológica e sanitária.

Os alimentos devem ter a garantia de serem seguros para o consumo e não devem apresentar agentes contaminantes de natureza biológica, física, química ou outros perigos que comprometam a saúde da população, lembrando que as doenças transmitidas por alimentos são problemas de saúde pública.

Para isso, é fundamental investir em controle de qualidade e estar com as normas e certificações da empresa em dia.

Para a produção de adubo através de compostagem, existem regras especialmente definidas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA através da Resolução N° 481.

Seguindo essa normatização, as empresas poderão obter lucro. Isso considerando-se que a compostagem que gera o adubo é um método simples e econômico e que não demanda alto investimento para ser implantado.

As empresas devem ter um local físico dedicado à compostagem e assim podem produzir o adubo de reaproveitamento de alimentos com relativa facilidade.

Essa atividade tem ainda uma vantagem econômica adicional. A reciclagem das sobras alimentícias não passa por nenhum tratamento industrial, o que significa mais economia.

O tratamento biológico dos resíduos orgânicos evita que as sobras sejam descartadas incorretamente, diminuindo o impacto ambiental.

Essas são formas de adotar uma produção sustentável, que é uma tendência cada vez mais forte no mercado em virtude das preocupações ambientais do planeta que são tão importantes e estão em constante debate.


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