Como ler rótulo de alimentos e quais os benefícios dessa prática

Como ler rótulo de alimentos e quais os benefícios dessa prática

A maioria das pessoas pensa que está fazendo dieta da maneira correta, sendo saudável, mas não tem o hábito, e nem mesmo sabe, como ler rótulo de alimentos.

Você sabe?

Mesmo que a resposta seja “sim”, continue lendo esse texto, pois você pode estar errado.

Isso porque muitas pessoas, quando consultam o rótulo, acham que apenas conferir o número de calorias basta para saber se o alimento é saudável ou não.

Hoje vamos ensinar como ler rótulo de alimentos e a importância de entender o que cada informação significa. Há muita informação escondida nos rótulos que podem prejudicar sua dieta ou até mesmo sua saúde

O rótulo é a maneira mais segura de você saber o que realmente está consumindo quando compra algo no supermercado. Ignorar esses dados pode levá-lo a comprar algo que não é tão saudável quanto parece.

Com o passar do tempo, as informações dos rótulos vêm sendo aprimoradas para serem cada vez mais claras e sinceras para o público. As empresas são, inclusive, obrigadas a informar o uso de ingredientes alergênicos em suas fórmulas.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa é a responsável por regulamentar e fiscalizar esse setor de informações das embalagens, através da resolução RDC 360/03 – Regulamento Técnico  sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados.

Após ler este post, você com certeza ficará mais atento, pois saberá como ler rótulo de alimentos da maneira certa. Vamos lá?

Como ler rótulo de alimentos: vamos por partes!

Primeiramente, vamos esclarecer alguns itens que precisam estar obrigatoriamente nessa lista informativa. Veja abaixo!

  • Lista de ingredientes/valor nutricional: sempre organizada por ordem decrescente, ou seja, isso quer dizer que o primeiro ingrediente é o que predomina, está em maior quantidade na formulação do produto e o último, consequentemente, é o que está em menor quantidade.
  • Nível de processamento: informa se o produto passou por muitas ou poucas etapas de processamento.
  • Identificação de origem: informações sobre o fabricante do produto e onde esse produto foi fabricado.
  • Prazo de validade: mostra até quando o produto será próprio para consumo (margem de segurança).
  • Conteúdo líquido: quantidade real de produto dentro da embalagem.
  • Lote: forma de controle da produção, caso haja algum problema com o produto.

Agora vamos falar mais especificamente sobre alguns desses tópicos.

Lista de ingredientes/valor nutricional

Vamos entender melhor e separadamente os componentes da tabela de informação nutricional.

Valor energético

Conhecido carinhosamente como calorias (kcal) por quem faz dieta, representa a energia que nosso corpo vai adquirir com o consumo daquele alimento.

Pode também ser representado como quilojoules (kJ), em que 1 kcal = 4,2 kJ. O valor indicado para um adulto saudável é uma média de 2000 calorias diárias.

Carboidratos

Fontes de energia que são estocadas em forma de gordura no corpo quando não são consumidas pelo organismo. São encontrados em pães, doces, massas e farinhas em geral. A quantidade indicada para consumo diário é de 300 g.

Proteínas

Auxiliam na saúde de tecidos, órgãos e células, conservando-os e construindo-os. Se consumido da forma correta, ajuda na sensação de saciedade e também na saúde do corpo.

Presente em carnes, lácteos e leguminosas, como feijão, soja, grão de bico etc. O ideal de consumo para o corpo é de 75 g diárias.

Gorduras totais

Altamente energéticas e colaboram no transporte das vitaminas A, D, E e K. Representam a soma de todos os tipos de gorduras: poliinsaturadas, monoinsaturadas, saturadas e trans. Assim deve-se ter cuidado, pois o consumo em excesso provoca aumento de peso.

Gorduras saturadas

Encontradas em produtos de origem animal, devem ser consumidas com moderação, pois, em excesso, podem provocar doenças cardiovasculares.

Gordura trans

Gorduras trans ou ácidos graxos trans estão presentes em produtos industrializados, que são produzidos à base de gordura vegetal hidrogenada.

Não colabora em nada com a saúde, portanto, fique de olho nesse item, que pode aumentar as chances de doenças cardiovasculares. Segundo a Anvisa, o consumo diário dessa gordura não deve ultrapassar 2 g.

Fibra alimentar

Conjunto de substâncias essenciais para a manutenção e o bom funcionamento do organismo.

Controla as taxas de glicemia e colesterol, o funcionamento do intestino e promove maior sensação de saciedade.

Presente, por exemplo, em alimentos integrais, feijões e frutas. A quantidade diária recomendada é de 25 mg.

Sódio

Importante para regulação hídrica e funcionamento adequado do cérebro, mas em exagero acaba provocando pressão arterial elevada e retenção de líquidos.

Muitas pessoas o associam somente ao sal de cozinha, mas está presente em diversos alimentos, principalmente os industrializados e até mesmo doces, daí a importância de observar o valor nos rótulos.

A quantidade diária deve ser de 2400 mg.

Porção e medida caseira

Porção é a quantidade de alimento que deve ser consumida considerando uma dieta saudável.

Essas quantidades foram definidas levando em consideração o hábito do brasileiro. Indicado por gramas (g) ou mililitros (ml).

Cuidado e atenção ao observar esse item, pois os dados do rótulo são para uma porção, e não para o produto como um todo.

A medida caseira traz essa quantidade para uma linguagem mais simples de o consumidor entender, utilizando a simulação com utensílios que ele possa usar em casa, como fatias, unidades, pote, xícaras, copos e colheres de sopa.

Valores diários (%VD)

É um número com medida percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias, na qual cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular a %VD.

Devemos destacar que as necessidades diárias variam com a idade, com a prática de exercícios físicos e com o estado de saúde de cada pessoa.

Isso significa que a quantidade de necessidades diárias deve ser avaliada individualmente com a ajuda de um nutricionista, sendo assim, 2000 calorias não é um padrão para todas as pessoas.

Glúten

É muito comum observar a informação “contém glúten” ou “não contém glúten” nos rótulos dos produtos industrializados.

Esse componente é uma proteína mais encontrada em cereais, como trigo, centeio ou cevada.

Quando misturado em água, o glúten é o responsável por dar consistência flexível e semelhante à cola, aspecto da massa criada com farinha de trigo.

Como existem pessoas intolerantes a esse componente, é necessário que as indústrias acrescentem essa informação, pois os doentes celíacos, como são chamados, podem apresentar diarreia, dor e inchaço abdominal após o consumo desses itens.

De qualquer forma, mesmo para quem não é intolerante a este componente, evitar o consumo de alimentos com glúten apresenta benefícios para a saúde, pois faz com que a pessoa se torne mais saudável e melhora o funcionamento do organismo.


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