Mês: março 2022

Produtos Caseiros x Artesanais: Você sabe a diferença entre esses produtos?

A palavra artesanal tem ganhado muita força atualmente quando falamos de alimentos, principalmente no contexto em que nos encontramos com um mundo cada vez mais tecnológico, instantâneo e industrializado.

Nomes como hambúrguer artesanal, doce artesanal, queijo artesanal e até vinhos artesanais tem se tornado tendência no Brasil e no mundo. Uma palavra que agrega valor e chama a atenção do consumidor e que em 2018 foi reconhecido pelo governo brasileiro com a criação do selo ARTE, que surgiu com o objetivo de proporcionar uma autenticação da qualidade e segurança de determinados produtos artesanais.

Leia também sobre Selo arte para produtos artesanais.

Por outro lado, temos os Produtos Caseiros, que há registro da origem do nome como “comida de conforto”, citado pela primeira vez por um jornal americano na Flórida em 1966 na seguinte frase: “Os adultos, quando estão sob intenso estresse emocional, recorrem ao que poderia ser chamado de comida de conforto”. Um tipo de comida também muito procurada por brasileiros que querem ter essa sensação nostálgica.

Os Produtos Caseiros são feitos em casa, sem o uso de aparelhos sofisticados e são feitos em menor escala.

Os Produtos Artesanais se assemelham ao caseiro visando a qualidade dos ingredientes e não são produzidos com a ajuda de grandes máquinas como nas indústrias. Além disso, são associados a um maior prestígio e a características regionais e culturais.

Mas afinal, você sabe a diferença entre os produtos caseiros e os produtos artesanais?

Como falado anteriormente, a produção do alimento caseiro não faz uso de aparelhos muito tecnológicos como encontrado em indústria, limitando-se a aparelhos mais presentes no nosso dia a dia como liquidificador e forno, por exemplo. Além disso, esse tipo de produto não faz uso de conservantes ou aditivos, limitando a conservação e a comercialização em maior escala do produto.

Por outro lado, os alimentos artesanais não precisam se limitar ao uso de tecnologias “caseiras”, podendo contar com o auxílio de maquinário e a aplicação de conservantes e aditivos para aumentar sua vida de prateleira viabilizando sua expansão.

Leia também sobre A importância da determinação do prazo de validade em alimentos.

Após essas curiosidades, esperamos que você tenha entendido um pouco mais sobre as principais diferenças entre esses dois produtos. Como consumidores de alimentos, é sempre bom entendermos um pouco mais sobre o significado e conceitos a respeito de fatores que impactam diretamente em nossa saúde e qualidade de vida!

Por: Raphael Azevedo.

Revisado por: Daniele Silva.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

Fontes:

·         Selo Arte

·         Produto Artesanal, Caseiro ou Industrial? Entenda a classificação

Você sabe os principais defeitos do doce de leite?

O doce de leite é um produto típico da região de Minas Gerais e muito apreciado em todo o território brasileiro.

O doce de origem supostamente argentina é definido como leite concentrado com adição de açúcar, diferindo do leite condensado devido à adição de bicarbonato de sódio, e sua produção pode ser tanto caseira, artesanal ou industrial, mas você conhece os defeitos mais comuns no produto e como solucioná-los?

Leia também sobre 8 Etapas para o desenvolvimento de novos produtos alimentícios

·         Cristalização: Um problema muito recorrente no processo de produção do doce de leite é a cristalização, deixando o doce com um aspecto arenoso, e que pode ser observado principalmente no doce de leite cremoso. A cristalização está ligada a lactose, o açúcar presente no leite, que em excesso, se concentra saturando o produto durante a evaporação da água e resultando na formação de cristais. O uso de espessantes é uma das soluções utilizadas para corrigir o problema, assim como o ajuste na adição de açúcar ou a hidrólise enzimática da lactose.

·         Fase contínua: A presença de líquido no doce de leite, conhecido popularmente como soro, também é um problema muito recorrente na produção denominado fase contínua. A separação de fases trata-se de um problema de estabilidade na proteína natural do leite, causada por fatores como qualidade do leite utilizado e suas características como acidez, erros na produção, como pular a etapa de resfriamento do doce ou mesmo problemas com uso de espessantes e outros aditivos. Por ser um defeito influenciado por diversos fatores, algumas soluções recomendadas são análises físico-químicas e microbiológicas da matéria-prima, revisão de formulação e o agendamento de consultorias técnicas para revisar o processo de produção em busca de possíveis falhas.

·         Mofos e leveduras: Também conhecidos como fungos filamentosos, geralmente aparecem na superfície do doce já embalado em uma área chamada de Red Space. O Red Space é um espaço residual entre o doce e a tampa da embalagem e se trata de um problema pós-produção, que pode ser causado por contaminação ambiental, manipulação ou falta de higiene. Algumas soluções que podem ser encontradas para esse problema vão desde treinamentos de boas práticas de fabricação e higienização, até o uso de conservantes e indicação de embalagem.

Dessa forma, para evitar defeitos no produto final, é imprescindível localizar e entender a fonte do problema e aplicar as soluções adequadas para manter a qualidade e a padronização do produto, evitar perdas na produção e manter a satisfação do consumidor.

Leia também sobre A importância de obter um manual de boas práticas de fabricação

Por: Laura Destro.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

Fonte:

·         Defeitos tecnológicos em lácteos concentrados

Segurança Alimentar X Segurança dos Alimentos: qual a diferença?

A principal preocupação durante o processo produtivo de qualquer alimento, seja ele industrializado ou não, deve ser em relação à sua segurança.

Dessa forma, surge o conceito de Segurança dos Alimentos (do inglês Food Safety) que se refere principalmente à capacidade de se produzir alimentos livres de contaminação, seja ela física (como fio de cabelo e fragmento de insetos), química (como produtos de limpeza e aditivos que não forem autorizados) ou microbiológica (contaminação por microrganismos, como bactérias e fungos), não representando nenhum risco à saúde do consumidor.

Leia também sobre Contaminação cruzada: você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata te alimentos?

São os chamados Alimentos Inócuos, que só são obtidos quando seguimos à risca diversas práticas higiênicas (como as Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional) desde o processamento da matéria prima até o produto final. Porém isso não se aplica somente ao ambiente industrial, mas também à restaurantes e a culinária domiciliar.

Leia também sobre A importância de obter um Manual de Boas Práticas de Fabricação.

Se você já consumiu algum alimento e no dia seguinte, ou até algumas horas depois, começou a sentir sintomas como dores abdominais, dor de cabeça ou mal-estar, saiba que provavelmente foi vítima de uma DTA (Doença Transmitida por Alimentos) e aquele alimento consumido não estava seguro.

Por outro lado, a Segurança Alimentar (do inglês Food Security) não trata do processo produtivo dos alimentos em si, mas sim de um conjunto de práticas e iniciativas que têm como objetivo garantir à população o acesso a alimentos com valor nutricional e na quantidade adequada para uma boa qualidade de vida.

Esse conceito tem sua origem no período das duas grandes Guerras Mundiais, eventos que resultaram em uma escassez de alimentos saudáveis, que atingiu muitos países, principalmente a Europa. Nesse período foi criada a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).

Fazendo uma análise, dentre os principais desafios para que a população tenha uma melhor segurança alimentar, podemos citar:

·         Desperdício: segundo a FAO, o Brasil desperdiça, anualmente, cerca de 30% de toda sua produção alimentícia. Infelizmente, é uma grande quantidade de comida jogada no lixo que poderia nutrir pessoas que passam fome ou não têm acesso a uma dieta rica em nutrientes. Dados da própria FAO indicam que, em 2016, cerca de 795 milhões de pessoas passando por situação de fome, e tudo aponta que esse número tende a aumentar.

Leia também sobre Vamos falar sobre o desperdício de alimentos?

·         Políticas públicas: a segurança alimentar depende de políticas públicas para ser efetivamente colocada em prática. Um exemplo disso no Brasil é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), onde o governo compra alimentos de agricultores familiares para formar estoques e distribuir a populações carentes. Porém, essas políticas públicas infelizmente não são presentes da mesma forma em todos os países.

·         Escassez de recursos naturais: a água potável, minerais e outros recursos são finitos e estão cada dia mais escassos. Em muitos locais, o solo já está enfraquecido, causando, por exemplo, a desertificação e processos erosivos. Tudo isso prejudica diretamente a produção de alimentos como um todo, desde o meio rural até a indústria.

Após essa leitura, esperamos que você tenha entendido a relação e a importância destes conceitos. Como consumidores de alimentos, precisamos ter conhecimento a respeito de fatores que impactam diretamente em nossa saúde e qualidade de vida!

Por: Henrique Macedo.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

Fontes:

·         Segurança Alimentar: o que é, desafios e mais!

·         O desperdício de alimentos no Brasil

Fonte imagem:

·         Site Duas Rodas

As principais formas de adulteração no leite

De acordo com pesquisas, a adulteração/fraudes é muito comum em diversos seguimentos, sendo estes atos muito recorrentes na indústria de alimentos.

Mas o que é uma fraude?

Segundo BRCV7 food, norma global para segurança de alimentos, fraude em alimentos é uma ação ilícita e desonesta que visa principalmente o lucro, por meio de substituição, adição ou falsificação de um produto alimentício.

Leia também sobre A importância de obter um Manual de Boas Práticas de Fabricação.

No caso do leite, a adulteração da matéria prima pode ser feita de diversas maneiras, seja na fazenda, no transporte e até mesmo na indústria.

Desse modo, cabe ressaltar que existem inovações na área de laticínios, visando maior fiscalização e análise da qualidade do leite. Contudo, tais tecnologias muitas vezes são caras e não se encaixam no orçamento da empresa, ou muitas vezes, essas empresas não detêm todos os equipamentos necessários, contribuindo para que boa parcela do leite seja beneficiado ou até mesmo consumido de forma inadequada.

Por outro lado, um fator que dificulta a identificação da adulteração no leite é a falta de um padrão, pois as características do leite dependem de diversos fatores como genética, alimentação, bem-estar animal, dentre outros.

Afinal, quais são as formas mais usuais de adulteração do leite?

        Adição de água: uma das formas mais cotidianas de fraude no leite é a adição de água com o intuito de aumentar o volume do leite e consequentemente lucrar mais. Além disso, ao adicionar água no leite a densidade deste é alterada juntamente com o ponto de congelamento e o próprio aspecto do produto, e para reverter essa situação, muitos começaram a adicionar juntamente com a água produtos como: amido de milho, sacarose e até mesmo a urina de vaca para controlar a densidade. Nesse contexto, o leite perde seu rendimento e tem sua composição nutricional alterada, podendo causar danos à saúde do consumidor.

 

        Adição de base: Uma atividade comum ao leite é a transformação da lactose em ácido lático, responsável por acidificar o produto. No entanto, em condições de altas temperaturas a acidez pode aumentar muito e causar danos ao sabor e a qualidade. Para reverter esta situação, é recorrente o uso de aditivos como bicarbonato de sódio e até mesmo soda cáustica, visto que esses produtos possuem um pH básico, ou seja, equilibra a acidez do produto. Esse tipo de adição ao leite pode causar danos à saúde do consumidor.

Mas por que isso acontece?

Bom, a acidez no leite desestabiliza as micelas de proteínas e isso aumenta a viscosidade do produto, não sendo interessante para produção de queijos, por exemplo.

 

        Desnate: O desnate não é considerado uma fraude, contudo este procedimento só deve ser feito na indústria. O que na maioria das vezes não é o que acontece, uma vez que é possível que o produtor lucre muito com a venda de manteigas e creme de leite caseiro, fruto da gordura extraída do leite.

 

        Presença de resíduos: Quando uma vaca é submetida a tratamentos com antibióticos, por exemplo, o leite não é propício para uso, no entanto alguns produtores desconsideram isso. As consequências são altas, uma vez que antibióticos não são removidos no processo térmico, podendo acarretar problemas na saúde do consumidor e perda na qualidade do produto.

 

Portanto, fica aparente que a adulteração/fraude no leite tem consequência tanto para o consumidor final quanto para a indústria, causando perdas financeiras e da matéria prima.

Leia também sobre A diferença entre leite pasteurizado e UHT.

Por: Fabiana Carvalho.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

Fontes:

·         Avaliação físico-química de leite in natura comercializado informalmente no sertão paraibano

·         Leite e Derivados UFRRJ

Você realmente sabe a diferença entre os produtos light, diet e zero?

A tabela nutricional e o rótulo são de extrema importância para os consumidores, sendo um meio de comunicação entre eles e o produto, devendo haver clareza nas informações para que saibam a escolha adequada para seu consumo.

Leia também sobre Clean Label: Você já ouviu falar nessa tendência?

A procura de um estilo de vida mais saudável está crescendo cada vez mais, logo saber o conceito de cada termo acima é indispensável, mas com tanta diversidade dos alimentos acabamos ficando confusos na hora da compra.

Portanto, leia esse post até o final, porque iremos esclarecer tudo sobre a diferença desses produtos para você.

Os produtos light possuem a redução de pelo menos 25% de algum nutriente presente no alimento original, podendo ser açúcares, gorduras, sódio, calorias, entre outros. Ou seja, não significa que o alimento pode ter baixo teor de gordura e açúcar sempre, assim é capaz de ser ou não indicado para aqueles que possuem algum tipo de doença, como a diabetes ou pessoas com colesterol elevado. Dessa forma, o consumidor deve olhar o rótulo e a tabela nutricional mais adequada à sua realidade, até porque alguns produtos podem possuir altas taxas de calorias mesmo sendo light.

Já os produtos diet, são formulados para grupos da população que apresentam alguma condição específica, ou seja, tem em sua composição a ausência total de algum ingrediente em particular, como o açúcar, a gordura, o glúten, lactose ou o sódio. Como o produto é total isento de um determinado nutriente, geralmente possui uma maior quantidade de outros para repor a falta daquele.

Os alimentos zero possuem total isenção de algum nutriente e sem adição de outro para repor o sabor. Ele pode ser: zero açúcar, zero sódio, zero gordura e afins, e devido a isso o produto pode ter açúcar na forma de outro componente como em frutas a frutose.

Com isso, devemos prestar bastante atenção nos rótulos desses produtos, pois é exigido que todos os ingredientes utilizados em um tipo de alimento sejam registrados e ao compreendermos essas diferenças conseguimos identificar o produto certo tomando melhores decisões.

Leia também sobre As consequências de um rótulo inadequado.

Por: Maria Julia Barbosa.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

Fontes:

·         Diet x light x zero

·         Anvisa

·         Defesa do consumidor