Mês: outubro 2022

Algumas curiosidades sobre as pimentas que você talvez não conheça

Logo e parte da cultura da Alimentos Júnior Consultoria, a pimenta é um dos frutos mais antigos domesticados pelo homem, sendo utilizada em diversas formulações como geleias, pratos típicos e como tempero para diversas receitas para trazer um toque especial aos pratos.

Com origem no México Central datada em 7.000 a.C., a pimenta é conhecida por seu gosto forte e característico, e por tal fato é até utilizada como desafio para os mais corajosos. Entre os tipos de pimentas existentes, as mais utilizadas pelos brasileiros são, a pimenta dedo de moça, pimenta biquinho, pimenta rosa, pimenta calabresa, pimenta malagueta e a pimenta do reino preta ou branca.

A picância ou pungência de uma pimenta pode ser classificada utilizando a Escala de Scoville. Esse método consiste em medir a quantidade de capsaicina (substância que concede a ardência nos diferentes tipos de pimentas), de modo que um peso exato de pimenta seca é dissolvido em álcool para extrair os componentes que dão características de pungência (capsaicinoides). Em seguida é diluído em água com açúcar até que a ardência não seja mais detectável em um painel de provadores. Essa escala foi idealizada pelo farmacêutico Wilbur Scoville em 1912 e varia de 0 a 16.000.000.000.

A pimenta mais picante é a chamada a Trinidad Moruga Scorpion, com origem na cidade de Moruga, em Trinidad e Tobago que atingiu 2.009.231 unidades na Escala de Scoville, batendo o recorde mundial de ardência em plantas. Por outro lado, temos pimentas que possuem 0 unidades na Escala Scoville como no caso do pimentão.

Além dessas características, temos alguns estudos que mostram que a pimenta age no organismo de forma benéfica. Esses estudos indicam que a pimenta é termogênica, podendo acelerar o metabolismo daqueles que a consomem. Ademais, elas também possuem ação anti-inflamatória, colaborando para amenizar a dor de algumas doenças, como a fibromialgia.

Leia também sobre alimentos funcionais.

Por fim, vale destacar que, a pimenta se mostra como um dos principais valores da Alimentos Júnior Consultoria, o apimentar, presente na cultura da empresa e no dia a dia. Tempero que em pouca concentração pode fazer uma grande diferença em diversas receitas no mundo, assim como nós, que com atitude e determinação procuramos fazer a diferença, mesmo em pequenas concentrações, trazendo um legado de impacto para a sociedade.

Por: Raphael Azevedo.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fontes:

PRODUÇÃO DE CACHAÇA: COMO É E O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO?

As bebidas alcoólicas são, normalmente, classificadas quanto o seu processo de produção, dessa forma, temos as bebidas fermentadas, destiladas e produzidas por mistura.

A cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48% referente a 20°C, também conhecida como aguardente de cana. Ela pode ser obtida pela destilação do mosto fermentado advindo do caldo de cana de açúcar ou a partir do destilado simples do caldo de cana, podendo ser adicionada até 6 gramas de açúcar por litro de cachaça.

Depois da cerveja, é a segunda bebida mais consumida do país e a Portaria nº 339, de 28 de junho de 2021 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é a responsável por estabelecer os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dessa bebida.

Leia também sobre a importância dos padrões de identidade e qualidade.

Para sua produção, ainda é permitida a utilização de alambique de cobre, desde que seja respeitado o limite de 5 mg de cobre por litro de cachaça, sendo ele tido como contaminante. Porém, atualmente, muitos lugares já tem feito a substituição por equipamentos de inox para diminuir esse risco de contaminação.

Para a sua produção, é recomendado que a cana de açúcar seja colhida e usada no mesmo dia, para que não haja alteração da matéria prima pela fermentação. Após a colheita, ela é lavada e moída para extração do caldo e passa pela filtração para retirada dos bagacilhos que podem comprometer a qualidade do produto.

Para a fermentação, o mosto é preparado, que nada mais é que o caldo da cana adicionado de fermento, de 20 a 25 gramas por litro, seja ele natural ou comercial. Esse processo vai ter ótimo funcionamento entre 26 e 32°C, para que aconteça a conversão dos açúcares em álcool e gás carbônico. Além disso, pode fazer a adição de água, de boa qualidade, para diluição do caldo.

Leia também sobre problemas da utilização de água não tratada na indústria de alimentos.

A destilação é feita em alambiques de cobre ou de inox, como permitido na legislação, e vão sendo obtidas frações de diferentes graduações alcoólicas, conhecida como cabeça (tem a maior parte do etanol), coração (é a cachaça propriamente dita) e cauda (pouco etanol e mais compostos voláteis).

Após a produção, a bebida pode passar por envelhecimento que, segundo a Portaria nº 339, de 28 de junho de 2021 do MAPA, deve conter no mínimo 50% do seu volume guardado em recipiente de madeira por até 1 ano e, além disso, pode fazer a adição de caramelo para a correção da cor, porém deve vir na lista de ingredientes a sua presença.

Por fim, para o envase, passa por uma nova filtração.

Quanto a rotulagem, a legislação não permite o uso de termos como: artesanal, caseiro, premium, extra premium, entre outros. Quanto a sua denominação, pode vir denominado como “Aguardente de cana…” ou “Cachaça…” seguido do processo de destilação, processo de maturação e o teor de açúcar.

Assim, é sempre importante, antes de começar a produzir uma bebida fermentada, se atentar as legislações vigentes de cada bebida, assim como o seu PIQ.

Por: Carolina Rodrigues.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fontes:

DIA DO ENGENHEIRO DE ALIMENTOS

No dia 16 de outubro é o Dia do Engenheiro de Alimentos, uma profissão que tem ganhado cada vez mais reconhecimento e espaço no mercado de trabalho.

Então, em homenagem a esse dia, que tal aprender um pouco mais sobre essa profissão?

O que faz um Engenheiro de Alimentos?

A Engenharia de Alimentos é uma área muito ampla, já que participa de todo o processo produtivo:

·     O engenheiro de alimentos é responsável por garantir um padrão de qualidade dentro da indústria de alimentos desde a chegada da matéria prima, sendo ela vegetal ou animal, durante o processamento até a chegada do produto ao consumidor;

·    Participar da escolha adequada de embalagens;

·       Elaborar rótulos e tabelas nutricionais;

·      Em laboratórios pode fazer análises simples e também para a determinação da vida de prateleira. Além disso, trabalha no desenvolvendo de melhoramentos genéticos;

·       O engenheiro de alimentos também deve estar ciente das legislações vigentes, como regras de higiene;

·   Por fim, também podem seguir a área acadêmica como professores, transmitindo seus conhecimentos para futuros engenheiros de alimentos.

Aprenda mais sobre o que faz um engenheiro de alimentos.

E qual a história dessa profissão?

A Engenharia de Alimentos não tem uma origem exata, acredita-se que ela surgiu a partir de estudos mais aprofundados na área alimentícia por parte de profissionais da Engenharia Química, a fim de aprimorar os conhecimentos científicos dos alimentos e uni-los ao processo industrial.

Mas, na América Latina, surgiu em 1962 o ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) na UNICAMP, que em 1967 deu origem ao primeiro curso de Tecnologia de Alimentos; no entanto, apenas em 1971 o curso foi reconhecido, pelo Decreto Federal nº 68644. A partir daí, essa área do conhecimento começou a ser cada vez mais valorizada, e surgiram então os cursos de Engenharia de Alimentos.

Quando surgiu o dia especial dos engenheiros de alimentos?

Em 1891, começou a ser comemorado no dia 16 de outubro, o World Food Day (Dia Mundial da Alimentação) em mais de 150 países, como uma estratégia para alertar e informar sobre a importância de que hábitos de alimentação saudável sejam acessíveis à toda a população mundial (ação denominada como “Segurança Alimentar e Nutricional”).

Esta foi a data escolhida pois marca justamente o aniversário da criação de FAO (Food and Agriculture Organization, em português conhecida como Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), pela ONU em 1945. A FAO é uma agência especializada responsável pelo combate à fome e por assegurar o acesso mundial à uma alimentação segura e de qualidade.

E no Brasil, há mais de 42 anos, os engenheiros de alimentos também tem esse dia em homenagem à sua profissão, tão importante na garantia de que alimentos cheguem com excelentes padrões de segurança (e muito deliciosos e saudáveis) às casas dos brasileiros!

Leia mais sobre a importância dos profissionais da Engenharia de Alimentos.

 

Por: Elisa Rossi Casali.

 

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

 

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·         Fontes:

·   imagem: https://blog.facens.br/conheca-5-areas-de-atuacao-para-o-engenheiro-de-alimentos/ 

·         Agron Food Academy. Dia do engenheiro de alimentos e dia mundial da alimentação, 2019. Disponível em: https://agronfoodacademy.com/dia-do-engenheiro-de-alimentos-e-dia-mundial-da-alimentacao/#:~:text=Foi%20o%20primeiro%20curso%20de,(ITAL)%2C%20em%201962. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·    Agron Food Academy. Dia do engenheiro de alimentos e história da engenharia de alimentos, 2019. Disponível em: https://agronfoodacademy.com/dia-do-engenheiro-de-alimentos-e-dia-mundial-da-alimentacao/. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·   CREA-PR. Dia do engenheiro de alimentos e dia mundial da alimentação, 2019. Disponível em: https://www.crea-pr.org.br/ws/dia-do-engenheiro-de-alimentos-e-dia-mundial-da-alimentacao/#:~:text=Comemorado%20no%20dia%2016%20de,%E2%80%9CSeguran%C3%A7a%20Alimentar%20e%20Nutricional%E2%80%9D. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·       GUIMARÃES, Lígia. 16 de outubro: dia do engenheiro de alimentos, 2011. Disponível em: https://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=11489. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·     O que faz um engenheiro de alimentos e qual a sua importância? Alimentos Júnior Consultoria, 2019. Disponível em: https://alimentosjunior.com.br/5395/. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·    PET AGRO. Comemoração ao dia do engenheiro de alimentos. PET AGRO UFG. Disponível em: https://pet.agro.ufg.br/n/83773-comemoracao-ao-dia-do-engenheiro-de-alimentos. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·       PINHEIRO, Jádina Carina. SAEQA. A história da engenharia química e da engenharia de alimentos, 2019. Disponível em: https://www.saeqaufsc.com/post/a-hist%C3%B3ria-da-engenharia-qu%C3%ADmica-e-da-engenharia-de-alimentos#:~:text=A%20Engenharia%20de%20Alimentos%20surgiu,para%20a%20melhora%20desse%20setor. Acesso em 20 de setembro de 2022. 

Problemas da utilização de água não tratada na Indústria de Alimentos

A utilização de água devidamente tratada na Indústria de Alimentos não é uma opção, mas sim uma necessidade, isto porque este tipo de indústria está entre as que mais são dependentes da água para realizar seus processos e conseguir atender os consumidores. Porém, se a água que entrar em contato com as matérias-primas, com as tubulações, equipamentos e utensílios estiver contaminada quimicamente e/ou microbiologicamente, o produto final também estará contaminado e pode seriamente colocar em risco a saúde do consumidor final.

No Brasil, do total de recursos hídricos utilizados nas indústrias, cerca de 59% são direcionados à produção alimentícia e de bebidas, ou seja, nas indústrias de alimentos. Pensando na cadeia produtiva como um todo (além das indústrias), do total de água retirada das bacias hidrográficas brasileiras em 2019, 8,4% foi utilizado para o abastecimento animal (incluindo aves, bovinos e suínos) e 49,8% para a irrigação de solos agrícolas. Com isso, percebe-se que mais da metade dos recursos hídricos foram utilizados com a finalidade de fornecer alimentos à população, marcando a grande relação que isso tem com a água.

Como citado anteriormente, deve-se estar sempre atento quanto à qualidade da água que entra em uma indústria. O primeiro ponto de atenção refere-se ao pH (potencial hidrogeniônico), pois águas de acidez muito elevada (pH abaixo de 4,6 geralmente provocado pela presença de ácidos minerais e orgânicos) podem com o tempo corroer tubulações e superfícies lizas de equipamentos. Por outro lado, águas com alta alcalinidade (pH entre 8,3 e 9,4) podem estar contaminadas com bicarbonatos (muitas vezes bicarbonato de cálcio ou magnésio), que podem provocar incrustações em máquinas e equipamentos, principalmente aqueles que trabalham com calor (como caldeiras e pasteurizadores). Essas incrustações podem resultar em uma menor eficiência das máquinas e ainda alojar microrganismos patogênicos que em contato com alimentos e bebidas podem causar sérios problemas de contaminação.

Leia também sobre a qualidade microbiológica da água.

Outra substância que não deve estar presente na água são os cloretos, que em altas concentrações também podem provocar corrosão em tubulações de caldeiras e incrustações em equipamentos de aço inoxidável, material muito presente nas indústrias de alimentos.

Quanto à qualidade microbiológica, um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostrou que a água foi a principal responsável por surtos de doenças provocadas por microrganismos patogênicos no Brasil entre 2017 e 2021. Além disso, o mesmo estudo demonstrou que os microrganismos mais presentes em surtos provocados pela água são Escherichia coli e Staphylococcus aureus, seguidos da Salmonella spp. Por conta disso, existem etapas do tratamento da água (como a filtração e cloração, onde é adicionado cloro muitas vezes na forma de ácido hipocloroso) que visam a desinfecção da água, com o objetivo de eliminar essas e outras bactérias patogênicas.

Sabendo disso, deve-se estar sempre atento quanto à qualidade da água que é utilizada para produção e beneficiamento de alimentos, bem como para limpeza e higienização de utensílios e equipamentos. O não seguimentos de práticas higiênicas e de controle de qualidade colocam em risco o funcionamento de uma indústria e também a saúde dos consumidores. Mas não se preocupe, agora você já tem conhecimento de como proceder quanto à água utilizada na sua produção!

Leia também sobre os padrões microbiológicos.

Por: Henrique Macedo.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fonte:

  • ANDRADE, Nélio. Qualidade e Tratamento da Água no Controle de Adesão Microbiana na Indústria de Alimentos. In: ANDRADE, Nélio. Higiene na Indústria de Alimentos: Avaliação e controle da adesão e formação de biofilmes bacterianos. [S. l.]: Varela, 2008. cap. 7, p. 271-303.

SHELF LIFE: COMO MANTER SEU PRODUTO POR MAIS TEMPO NAS PRATELEIRAS?

Atualmente, presenciamos uma conjuntura mundial bastante interligada que possibilita um grande fluxo de produtos por cidades, estados e países distintos. Desse modo, um produto fabricado no Sul pode facilmente ser comercializado no Norte, o que gera grande oportunidade de expansão de mercado. Porém, para que isso seja possível, existem diversos fatores que devem ser controlados para garantir a integridade do produto ao longo do tempo.

Baseado nisso, quando o assunto é alimento, para que este fato se torne realidade, é necessário que o produto tenha alta durabilidade para suportar o tempo de transporte, as variações climáticas do ambiente, e ainda suportar o tempo de prateleira dentro dos mercados.

Dito isso, quais são as formas de aumentar a durabilidade dos produtos?

Bom, existem diversas maneiras e, ao contrário do que a maioria pensa, a durabilidade dos alimentos nem sempre está relacionada ao uso de conservantes químicos. Por exemplo, é possível aumentar a vida de prateleira de um produto diminuindo o teor de água e consequentemente, as condições de sobrevivência de microrganismos.

Leia também sobre a importância da determinação de vida de prateleira em alimentos.

Abaixo, as principais formas de conservar um alimento:

  • Ambientes frios;
  • Secagem;
  • Liofilização;
  • Pasteurização;
  • Cuidado;
  • Boas Práticas de Fabricação;
  • Conservantes;

Ambientes frios:               

Uma forma eficaz de conservar um alimento é a armazenagem em ambientes frios, esta prática é muito utilizada, principalmente em nossas casas. Mas, por que esta forma é eficaz? É simples, uma necessidade básica para multiplicação de microrganismos é a disponibilidade de água no produto, contudo, quando tal é submetido a baixas temperaturas, a água livre (usada por microrganismos) se solidifica e deixa de estar disponível para uso. Essa ação não elimina os microrganismos, apenas impede a multiplicação destes e, caso o alimento esteja contaminado por patógenos (microrganismos que causam algum tipo de prejuízo à saúde) poderá causar intoxicações, diarreia, dentre outros sintomas.

Secagem: 

A secagem, assim como o congelamento, tem o objetivo de diminuir a quantidade de água livre presente nos alimentos com intuito de impedir o desenvolvimento dos microrganismos. Essa atividade é muito comum em frutas (bananas- passas, uvas-passas) e até mesmo em leite, como é o caso do leite em pó. Tal processo pode ser feito por secagem natural ou por desidratação.  Contudo, mesmo deixando o produto com teor baixíssimo de água ele irá se degradar em determinado momento, resultado de reações físico-químicas. Um exemplo disso é o próprio leite em pó, que não tem água livre para desenvolvimento de patógenos, mas que com um tempo tem suas propriedades alteradas em decorrência da oxidação dos lipídeos.

Liofilização: 

A liofilização nada mais é que um processo nobre de desidratação que consiste em remover a água do produto por sublimação, ou seja, a água presente no alimento passa do estado sólido para gasoso, sem passar pelo estado líquido.  Essa forma de secagem mantém as características do produto e suas propriedades nutricionais, já que apenas a água é removida.  Esse processo inicia-se com o processo de congelamento, para que toda água disponível no produto passe para a forma sólida e após isso, usa-se um equipamento adequado para o procedimento.

Pasteurização: 

A pasteurização consiste em aquecer o produto em altas temperaturas e em seguida resfriá-lo em temperaturas baixas. Este processo faz com que diferentes microrganismos patógenos sejam eliminados, e reduz a carga de microrganismos deterioradores, tendo em vista que a temperatura ideal de cada um é diferente. 

Cura/ defumação:               

A cura consiste em adicionar no produto algum soluto, como o sal de cozinha ou nitrato de sódio com intuito de que tais solutos possam reagir com a água livre e impedir crescimento microbiano, além disso, alguns solutos podem mudar a coloração e/ou até mesmo o sabor dos produtos.

Em relação a defumação, esta colabora para diminuir o teor de água do alimento além de retardar o processo de oxidação de lipídeos. Por outro lado, por ser feita através de fumaça, a defumação é antimicrobiana, além de conferir ao produto sabor específico e diferenciado.

Boas Práticas de Fabricação: 

Uma coisa é óbvia, não adianta tentar ‘’tapar o sol com a peneira’’ usando de métodos conservantes se o processo produtivo não for eficiente. Para garantir a qualidade microbiológica de alimentos é necessário ter procedimentos específicos de higienização, e este varia de acordo com local de produção. Inclusive, a própria vigilância sanitária exige que todo estabelecimento tenha um Manual de Boas Práticas de Fabricação, afinal, os cuidados ao longo do processo produtivo vão muito além de um local ‘’limpinho’’.

Leia também sobre Contaminação cruzada.

Conservantes: 

Mas se os métodos acima descritos ainda não foram eficientes é hora de aplicar um conservante no alimento, seja ele químico ou natural, a depender das características do produto. Estes conservantes vão atuar inibindo o crescimento microbiológico dos produtos. O tipo de conservante correto vai depender muito do produto em questão e dos microrganismos que ele é propício.

Por: Fabiana Nascimento.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fontes:

  • Andrade, Roberto. JJ Científica. O que é liofilização. São Paulo. 
  • Lima, Eduardo. Charcutaria.org.Cura e defumação na conservação de alimentos. Santa Catarona. 2022.