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A reinvenção dos alimentos funcionais

Cada vez mais hoje em dia tem-se falado sobre alimentos funcionais, mas você sabe o que eles são e para o que servem?

Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (SBAF): “Alimentos funcionais são alimentos ou ingredientes que, além das funções nutricionais básicas, quando consumidos como parte da dieta usual, produzem efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos à saúde.”

Esses alimentos são tendência a muito tempo, mas sempre estão evoluindo e se reinventando à medida que pesquisas científicas são feitas. Logo, as indústrias utilizam esses alimentos em seus produtos, oferecendo diversos benefícios, sendo grandes exemplos disso, os alimentos prebióticos e probióticos, que são grandes inovações das indústrias alimentícias e farmacêuticas.

Leia também sobre Iogurte probiótico – Funcional no dia a dia.

Segundo estudos recentes realizados no Brasil pelo Instituto de Tecnologia e Alimentos (ITAL) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Brasil Food Trends 2020, buscou identificar as principais tendências da alimentação em nosso país, sendo elas agrupadas em 5 categorias: Sensorialidade e prazer, saudabilidade e bem-estar, confiabilidade e qualidade e sustentabilidade.

Pensando nessas tendências, algo recentemente fez com que os alimentos funcionais tivessem ainda mais visibilidade e crescimento, o COVID-19, visto que fez com que muitas pessoas se preocupassem com sua saúde e imunidade, o que agregou muito valor a esses alimentos e aumentou muito sua procura. Então, para atender a essa demanda, muitas tecnologias estão surgindo visando desenvolver produtos com características funcionais e densidade nutricional elevada. Assim, muitos alimentos surgem com versões com adição de vitaminas antioxidantes, carotenóides, flavonóides, polifenóis, fitoesteróis, saponinas, etc.

Lembrando que é importante, caso o consumidor compre alimentos funcionais processados seguir as instruções na rotulagem, utilizando o produto da forma recomendada pelo seu fabricante para ter melhores benefícios.

Leia também sobre As consequências de um rótulo inadequado.

Por: Lara Netto.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

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Fontes:

·        Reinvenção dos alimentos funcionais

·        Alimentos Funcionais

·        A ciência por trás da reinvenção dos alimentos funcionais

·        A inovação industrial na área de alimentos

Benefícios Funcionais do Cacau

O cacau (Theobroma cacao) é um fruto originalmente da América do Sul e da América Central que foi disseminado por todo o mundo. A popularidade do fruto é dada não só pelas suas propriedades funcionais, mas também pelo seu sabor e, principalmente, por ser a matéria prima principal do famoso doce de chocolate.

Esse fruto tem um longo histórico de utilização como alimento e como medicamento, sendo que os europeus, no século XVI, utilizavam o cacau e o chocolate (líquido) como veículos de medicamentos. Esse aspecto medicinal do cacau é explicado por sua composição rica em antioxidantes, sendo a epicatequina o componente ativo responsável pelos seus efeitos benéficos à saúde. 

Leia mais sobre: A Reinvenção dos Alimentos Funcionais.

Estudos revelam que o consumo do cacau possui atividade cardioprotetora, devido a sua capacidade de diminuir a tendência de agregação das plaquetas e, portanto, a formação de coágulos. Apresentam também atividade anti-inflamatória, estudos in vitro realizados com flavonóis e procianidinas do cacau demonstraram que tais compostos oferecem proteção cardiovascular por causa da capacidade de modularem moléculas envolvidas em processos inflamatórios. 

O principal uso do cacau é para a produção do chocolate e, nesse processo, os antioxidantes são drasticamente reduzidos durante a fermentação das sementes, portanto, o tipo de chocolate com efeitos positivos na saúde são os que apresentam um percentual de cacau mais elevado, se o consumo for de chocolate branco ou ao leite não será possível a ingestão de uma quantidade significativa de fitoquímicos para obter os efeitos desejados. 

Entretanto, faz-se necessário a realização de estudos para determinar a quantidade diária mínima de ingestão para obter os benefícios e a quantidade máxima para não causar danos à saúde do consumidor. 

Leia mais sobre alimentos anti-inflamatórios: você sabe quais são e o que eles fazem para sua saúde?

 

Por: Jordany Reis. 

Revisado por: Maria Júlia Barbosa e Renan Dias. 

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Fontes: 

·         Polifenóis em cacau e derivados: teores, fatores de variação e efeitos na saúde. 

·         CACAU: como esse alimento funcional auxilia na saúde.

Os primeiros passos para você obter registro de alimentos

O registro legislativo é uma medida legal que garante a segurança alimentar dos produtos e permite sua exportação. Ele é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e é obrigatório para produtos que possuam alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde, alimentos infantis, alimentos para nutrição, embalagens com novas tecnologias (recicladas), novos alimentos e novos ingredientes, substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde.

Para obter o registro, é necessário regularizar o produto e o local de produção com as duas vertentes no ramo alimentício: alimentos de origem vegetal e de origem animal. O processo é realizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), pelo Sistema de Informação de Produtos Agropecuários (SIPEAGRO) e pelo Sistema de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIGSIF).

Além disso, é preciso cumprir alguns requisitos, como possuir Tabela Nutricional e o Rótulo prescrito na RDC n° 429/20, possuir o Manual de Boas Práticas de Fabricação, que consiste em um documento que retrata a realidade da empresa, com os POP’s (procedimento operacional padrão) e IT’s (instruções de trabalho), e, dependendo da complexidade do registro, pode ser necessário o Layout de Fábrica, composto pelo Memorial Construtivo, Memorial Descritivo, potabilidade da água e planta baixa do estabelecimento, mas isso pode variar de registro, estado e o tipo de produto que o cliente deseja registrar.

Leia também sobre: Nova Rotulagem Nutricional: O Que Muda a Partir de Outubro?

Para formalizar um negócio, é preciso possuir o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), pois ele comprova que a empresa é real perante o governo. Estar ativo e regularizado é fundamental para obter o registro legislativo e evitar sanções criminais.

Lembre-se: se você é um produtor que ainda não possui seus produtos registrados, você está irregular e sujeito a débitos. Portanto, regularize seus produtos e locais de produção para garantir a segurança alimentar dos consumidores e a exportação de seus produtos.

Leia também sobre: Dispensa do Registro Sanitário: O que é e como isso funciona.

Por: Maria Júlia Barbosa.

Revisado por: Renan Dias.

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Fontes:

 

·         Registro de Estabelecimentos e Produtos.

·         SIPEAGRO Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários.

 

Alimentos anti-inflamatórios: você sabe quais são e o que eles fazem para sua saúde?

Com certeza você já ouviu falar de alimentos que auxiliam no processo de desinflamação do corpo, existem vários deles. Mas você sabe como eles agem no seu organismo e quais são os benefícios pra sua saúde?

Leia também sobre Aditivos Alimentares x Coadjuvantes de Tecnologia: Entenda a Diferença Entre Eles.

De acordo com a Dra. Christiane Fujii, a inflamação é uma reação natural do organismo para combater um quadro de infecção ou lesão de um tecido. No processo inflamatório, ocorre dilatação dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo e de outros fluidos corporais para o local lesionado, podendo causar vermelhidão, dor, inchaço, dentre outros sintomas.

Algumas recomendações para evitar a inflamação, são baseadas na prevenção por meio da alimentação. Recomenda-se uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, além de manter o corpo hidratado. Mas, por que esses alimentos são tão importantes para esse processo?

Alguns alimentos possuem compostos capazes de combater a inflamação, através da redução ou inibição de substâncias nocivas para o nosso corpo, como as prostaglandinas e as citocinas. Alguns desses alimentos possuem compostos, como:

Ômega-3 e ômega-6: ajudam a reduzir danos vasculares, evitando a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose), reduzindo o colesterol total, e ainda, desempenhando importante papel em alergias e processos inflamatórios.

– Antocianina: diminui a oxidação celular evitando cânceres e algumas alergias; funciona como anti-inflamatório e previne doenças cardíacas. É encontrada em açaí, uva, jabuticaba e amora;

– Flavonóides, encontrados em soja, frutas cítricas, tomate, e pimentão, são potentes oxidantes que atuam como anti-inflamatório, na prevenção de câncer, diarreias e na amenização dos sintomas da menopausa;

 

Leia também sobre Enriquecimento de Alimentos com Nutrientes.

 

Alimento probióticos auxiliam no equilíbrio da flora intestinal, inibem o crescimento de microrganismos patogênicos e ainda melhoram a digestão e reduzem o risco de tumores. Como exemplo, os lactobacilos, que possuem propriedades com potencial terapêutico, incluindo atividades anti-inflamatórias. Os probióticos são encontrados em leites fermentados, iogurtes e outros produtos lácteos fermentados.

 

Leia também sobre Iogurte Probiótico – Funcional no Dia a Dia.

 

Por: Dandara Boaventura.

Revisado por: Maria Júlia Barbosa e Renan Dias.

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Fontes:

·         Inflamação do corpo: como identificar e evitar o problema.

·      A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a diminuição da incidência de doenças.

·      Alimentos anti-inflamatórios: como desinflamar o corpo?

Corantes Naturais e Artificiais na Indústria de Alimentos

A cor de um alimento é um fator determinante na aceitação de um produto, devido ao fato dessa característica sensorial induzir a sensação e percepção de outras características, como o sabor, aroma e aparência.

Assim, o visual do alimento se torna primordial, uma vez que há uma associação de cores com o alimento em si, sendo possível lembrar características de amargor ou acidez, e até se relacionar diretamente com frutas, verduras e carnes.

Já imaginou consumir um produto de morango que não tenha uma coloração avermelhada ou rosada?

Dessa forma, é possível visualizar a importância desse aspecto nos alimentos, por isso os corantes são utilizados amplamente na indústria com o intuito de restaurar a cor perdida durante o processamento, intensificar a cor dos produtos, de forma preservar a identidade destes, e até auxiliar na proteção de aromas e vitaminas sensíveis à luz.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a partir da Resolução – CNNPA nº44, de 1977, os corantes podem ser classificados como:

Corante orgânico natural: obtido a partir de vegetal ou animal, sendo isolado com o emprego de processo tecnológico adequado

Corante orgânico sintético: obtido por síntese orgânica a partir de processo tecnológico adequado

Corante artificial: é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais

Corante orgânico sintético idêntico ao natural: é o corante orgânico sintético cuja estrutura química é semelhante à do princípio ativo isolado de corante orgânico natural

Corante inorgânico: obtido a partir de substâncias minerais e submetido a processos de elaboração e purificação adequados a seu emprego em alimento.

Além disso, os corantes caramelo foram classificados de acordo com o Informe Técnico nº48 (2012): Corante Caramelo I, Corante Caramelo II, Corante Caramelo III, Corante Caramelo IV; sendo esses diferenciados apenas pelo processo escolhido.

Corantes Naturais

É considerado como corante natural o pigmento ou o corante inócuo extraído de substância vegetal ou animal. Apesar de apresentarem algumas desvantagens frente aos artificiais, como custo e estabilidade (dependendo da forma que for obtida e manipulada), são bem utilizados visto a tendência na indústria de alimentos que confere um aspecto natural ao produto, tendo uma maior aceitação pelos consumidores, visto que alguns pigmentos possuem propriedades funcionais.

Dentre os corantes que são mais utilizados na indústria alimentícia, pode-se citar o urucum, carmim de colchonila, curcumina, além de distintas antocianinas.

Os pigmentos corantes do urucum são obtidos a partir das sementes de urucum, proporcionando uma cor amarelada ou alaranjada ao alimento. São bastante empregadas em sucos, gelatinas, salsichas, margarinas, entre outros.

A curcurmina, pigmento obtido a partir do açafrão-da-Índia, também é utilizada para conferir uma cor amarelo alaranjado aos alimentos, possuindo uma mistura de antioxidantes com propriedades anti-inflamatórias.

O carmim é obtido a partir de insetos fêmeas dessecados, sendo um dos corantes com maior versatilidade e estabilidade, confere uma cor avermelhada aos produtos, como em gelatinas, iogurtes, sorvetes, diversas sobremesas e produtos cárneos.

Sabe aquela mancha que fica em carros estacionados ou em calçadas?

Pois é, isso são as antocianinas, que são corantes com uma grande variação de cores, desde o vermelho até o violeta, e são encontradas em flores e frutas, como uva, amora e framboesa. Possui a vantagem de ter uma boa solubilidade em água, poder antioxidante e baixo custo.

Corantes Artificiais

Já os corantes artificiais são considerados substâncias de composição química definida obtidas por processo de síntese.

Dessa forma, estes não possuem nenhum valor nutritivo, sendo utilizados apenas com o objetivo de conferir cor. Mesmo com a tendência em ter produtos com características naturais, esses corantes são amplamente utilizados em alimentos e bebidas, devido a sua importância em apresentar maior uniformidade, estabilidade e poder tintorial.

No Brasil, a legislação permite o uso de 14 corantes industriais, juntamente com os valores de Ingestão Diária Aceitável, sendo esses: Tartrazina, Amarelo Crepúsculo, Bourdeux S ou Amaranto, Ponceau 4R, Eritrosina, Vermelho 40, Indigotina, Azul brilhante, Azorrubina, Azul Patente V, Verde sólido, Amarelo de Quinoleína, Negro brilhante BN e Marrom HT.

Leia também sobre: Como Definir a Embalagem Ideal Para O Seu Produto.

Por fim, vale ressaltar que a utilização do corante adequado vai estar relacionado com vários aspectos, como pH, solubilidade temperatura e processamento. Além disso, a legislação divulga quais alimentos em que é permitido o uso de corante, e quais desses podem ser usados para cada categoria de produto.

Dessa forma é possível fazer a escolha adequada do corante para conferir esse aspecto sensorial extremamente importante, que é a aparência do alimento.

Por: Gustavo Pousa.

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Algumas curiosidades sobre as pimentas que você talvez não conheça

Logo e parte da cultura da Alimentos Júnior Consultoria, a pimenta é um dos frutos mais antigos domesticados pelo homem, sendo utilizada em diversas formulações como geleias, pratos típicos e como tempero para diversas receitas para trazer um toque especial aos pratos.

Com origem no México Central datada em 7.000 a.C., a pimenta é conhecida por seu gosto forte e característico, e por tal fato é até utilizada como desafio para os mais corajosos. Entre os tipos de pimentas existentes, as mais utilizadas pelos brasileiros são, a pimenta dedo de moça, pimenta biquinho, pimenta rosa, pimenta calabresa, pimenta malagueta e a pimenta do reino preta ou branca.

A picância ou pungência de uma pimenta pode ser classificada utilizando a Escala de Scoville. Esse método consiste em medir a quantidade de capsaicina (substância que concede a ardência nos diferentes tipos de pimentas), de modo que um peso exato de pimenta seca é dissolvido em álcool para extrair os componentes que dão características de pungência (capsaicinoides). Em seguida é diluído em água com açúcar até que a ardência não seja mais detectável em um painel de provadores. Essa escala foi idealizada pelo farmacêutico Wilbur Scoville em 1912 e varia de 0 a 16.000.000.000.

A pimenta mais picante é a chamada a Trinidad Moruga Scorpion, com origem na cidade de Moruga, em Trinidad e Tobago que atingiu 2.009.231 unidades na Escala de Scoville, batendo o recorde mundial de ardência em plantas. Por outro lado, temos pimentas que possuem 0 unidades na Escala Scoville como no caso do pimentão.

Além dessas características, temos alguns estudos que mostram que a pimenta age no organismo de forma benéfica. Esses estudos indicam que a pimenta é termogênica, podendo acelerar o metabolismo daqueles que a consomem. Ademais, elas também possuem ação anti-inflamatória, colaborando para amenizar a dor de algumas doenças, como a fibromialgia.

Leia também sobre alimentos funcionais.

Por fim, vale destacar que, a pimenta se mostra como um dos principais valores da Alimentos Júnior Consultoria, o apimentar, presente na cultura da empresa e no dia a dia. Tempero que em pouca concentração pode fazer uma grande diferença em diversas receitas no mundo, assim como nós, que com atitude e determinação procuramos fazer a diferença, mesmo em pequenas concentrações, trazendo um legado de impacto para a sociedade.

Por: Raphael Azevedo.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Benefícios e curiosidades sobre os cogumelos

Você certamente já consumiu o famoso cogumelo Champignon, também conhecido como cogumelo de Paris, em uma fatia de pizza ou naquele bom e velho Strogonoff. Esse é provavelmente o primeiro no qual você pensa quando falamos nesse assunto. Mas já imaginou quais outras espécies de cogumelo são utilizadas como alimento no Brasil e no mundo e quais são os benefícios do consumo?

Os cogumelos são iguarias muito abundantes na natureza. Atualmente conhecemos cerca de 120 mil espécies, mas “apenas” 10% são comestíveis, enquanto as 90% restantes são tóxicas e não devem ser utilizados na alimentação humana. A espécie Amanita phalloides é considerada a mais venenosa do mundo, pois possui duas toxinas (phalotoxinas e amatoxinas) que até mesmo uma dose de apenas 7 miligramas pode ser fatal para uma pessoa de 70 quilos. Mas não se preocupe, cogumelos deste tipo não são selecionados para serem comercializados!

Leia também sobre Segurança alimentar x segurança dos alimentos: qual a diferença?

No Brasil, as espécies mais cultivadas e consumidas são o próprio Champignon, Shitake e Shimeji. O Shitake e o Shimeji são nativos do leste Asiático e muito utilizados em receitas com massas, como o macarrão, e também consumido junto com carnes. Embora sejam cultivados em nosso próprio país, o consumo ainda é baixo, isso porque enquanto um brasileiro consome em média 160 gramas de cogumelo por ano, um alemão alcança a marca de 4 quilos anuais por pessoa. Então certamente existe algum motivo, além de questões culturais, para que o consumo seja tão alto, não só na Alemanha, mas também em muitos outros países.

Em termos nutricionais, cogumelos possuem poucas calorias e suas proteínas são de alto valor biológico, fornecem vitaminas do Complexo B e não são fontes de gordura! Estudos também apontam que esse alimento possui propriedades anticancerígenas.

Basicamente, esses fungos contêm uma série de substâncias benéficas com ação anti-inflamatória, antissenil, antiúlcera, antiviral, antibacteriana e antitumoral, impedindo ou dificultando o aparecimento e crescimento das células cancerígenas.

Leia também sobre A reinvenção dos alimentos funcionais

Portanto, se você ainda não possui o hábito de consumir este alimento, considere inseri-lo nas suas refeições ao longo da semana. Apenas fique atento na hora de comprar, para adquiri um produto de qualidade. Não leve para casa embalagens com excesso de umidade ou que os cogumelos estejam melados e escurecidos.

Por: Henrique Macedo.

Revisado por: Daniele Silva e Raphael Azevedo.

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Fontes:

·                     SOARES, Nilo. 7 cogumelos que encontramos no Brasil

·                    Canal Rural. 10 curiosidades sobre os cogumelos

Iogurte probiótico – funcional no dia a dia

Ah o iogurte, um dos principais lácteos fermentados facilmente encontrado nas gôndolas dos supermercados, que inicialmente era vendido como um fármaco, posteriormente como alimento, porém era comercializado sem saborização. Apenas a partir da década de 1960 foram incorporados itens flavorizantes, tais como frutas, adoçantes, corantes artificiais ou naturais.

Tradicionalmente o iogurte já é um alimento muito rico, pois é fonte de cálcio, proteínas, minerais e ainda entrega um sabor agradável, fator que possibilita o consumo diário do mesmo. Quando o iogurte é adicionado de colônias de bactérias probióticas, em escala considerada significativa, passa a ser considerado um alimento probiótico, sendo agora não apenas um lácteo, mas também um alimento funcional.

Leia também sobre Corantes naturais e artificiais na indústria de alimentos.

Alimentos funcionais são aqueles que além de nutrir agregam para o indivíduo benefícios extras, como no caso de probióticos melhor funcionamento do sistema digestivo, logo melhorando a qualidade de vida do consumidor.

Porém para o apelo funcional ser efetivo o consumo deve ser diário, por isso o iogurte probiótico se torna um alimento interessante, já que pode ser empregado na alimentação em diversas refeições, seja café da manhã, colação, lanche da tarde e ceia.

A valorização da comparação entre o preço do iogurte probiótico e do iogurte tradicional é notória, até nas embalagens grandes, popularmente chamadas de embalagens econômicas. Já quando o iogurte probiótico é combinado com a praticidade da embalagem pequena, dita individual, a valorização é ainda maior, já que ocorre a junção do alimento funcional e praticidade da embalagem, fácil de carregar no dia a dia e perfeita para o modelo de famílias pequenas.

Leia também sobre A importância de se utilizar uma embalagem correta para o produto.

Essa valorização econômica do iogurte probiótico demonstra o interesse da sociedade em consumir alimentos funcionais, isto serve como nicho para empresas, seja na combinação de dois funcionais em um único alimento. Como no caso do iogurte probiótico com corante natural, muitas vezes considerado como clean label, pela pequena lista de ingredientes que geralmente engloba leite, fermento lácteo, frutas e o corante específico. Essas demandas da sociedade atual costumam vir a se agregarem, já que um consumidor informado quer cada vez mais e está disposto a remunerar a qualidade.

Leia também sobre Clean Label: Você já ouviu falar nessa tendência?

Por: Therys Castro.

Revisado por: Daniele Silva e Leandro Viana.

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Importância de Registro de Produtos

Por quê registrar um produto?

Além das questões legislativas, o registro também é uma forma de controle sanitário para reduzir os riscos à saúde quando o alimento for comercializado, garantindo maior segurança ao consumidor. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define que o registro de produto é o ato legal que reconhece a adequação de um produto à legislação vigente da Vigilância Sanitária.

Quais produtos precisam de registro e aonde registrar o produto? ANVISA? MAPA? Inmetro? INPI?

Este é um ponto que gera muitas dúvidas, então vamos tentar simplificar para você!

  • ANVISA – É responsável por alimentos que podem apresentar algum risco à saúde, cosméticos, itens de higiene pessoal, perfumes, medicamentos, produtos de saúde, incluindo produtos correlatos.

Em relação aos produtos alimentícios que apresentam obrigatoriedade de registro são:

  • Novos produtos e novos ingredientes
  • Alimentos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde
  • Alimentos infantis
  • Alimentos para nutrição enteral
  • Embalagens com novas tecnologias
  • Substâncias bioativas e probióticas

 

  • MAPA (Ministérios de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) – São registrados produtos de origem animal ou vegetal para o consumo humano e produtos químicos destinados à aplicação na agricultura, como:
  • Bebidas, bem como vinhos e vinagres;
  • Acidificantes, conservantes, corantes, vitaminas, minerais, probióticos, etc.;
  • Aditivos, suplementos, melhoradores da produção animal, antissépticos, desinfetantes de uso ambiental ou em equipamentos e instalações pecuárias, pesticidas;
  • Todos os produtos que, utilizados nos animais ou em seu habitat, protejam, restaurem ou modifiquem suas funções orgânicas e fisiológicas, produtos destinados à higiene e ao embelezamento dos animais;
  • Farmoquímicos.

 

  • Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) – não é feito NENHUM registro, mas sim a certificação, sendo esse um selo de conformidade técnica.

 

  • INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) – é onde se realiza o registro de marcas e patentes.

Quais documentos são necessários?

Para conseguir o registro se manter regularizada perante as autoridades sanitárias, a empresa precisa atender requisitos descritos no item 6.1 da resolução 23/2000, sendo eles, basicamente:

  • Alvará Sanitário ou Licença de Funcionamento – expedido pela autoridade sanitária do estado ou munícipio.
  • Ter implementado as Boas Práticas de Fabricação conforme o estabelecido na legislação, incluindo efetivar e dispor de um Manual de Boas Práticas de Fabricação/Armazenagem para ser apresentado no momento da inspeção ou quando solicitado.
  • Ter controle do processo produtivo, incluindo metodologias eficientes para pontos críticos que possam trazer riscos para à saúde do consumidor.
  • Informar oficialmente à autoridade sanitária, no prazo de 30 dias a partir do início da comercialização, em quais locais os produtos serão comercializados, para que haja a coleta de amostras para análise de controle.
  • Possuir o laudo das análises ou documentos exigidos pelo regulamento técnico específico
  • Ficha de cadastro da empresa (FCE)
  • Dizeres de rotulagem ou modelo de rótulo

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