Alimentos Júnior Consultoria

Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)

Com a crescente exigência dos consumidores em conhecerem a qualidade dos alimentos que consomem, as indústrias de alimentos vem enfrentando desafios para atender aos requisitos desses e, ao mesmo tempo, obter diferencial competitivo em relação a outros empreendedores. Assim, para garantir um processamento seguro dentro das indústrias são implementados programas de autocontrole.

Existem vários programas que podem ser empregados na gestão de qualidade das Indústrias e que são obrigatórios para produtos de Origem Animal, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como o programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e o sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Ler também: Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

A origem do APPCC está relacionada à necessidade de fornecimento de alimentos seguros para as viagens espaciais dos astronautas da National Aeronautics and Space Administration (NASA). O sistema APPCC tem como objetivo identificar e controlar possíveis problemas na produção antes mesmo que eles ocorram.

Ficou curioso(a) para saber mais sobre o sistema APPCC? Então vem com a gente.

Para caracterizar a sequência de elaboração de um plano de APPCC a Comissão do Codex Alimentarius e o NACMCF (National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods) adotaram sete princípios orientadores. São eles:

  1. Análises dos perigos e medidas preventivas:

Neste princípio são investigadas todos as contaminações potenciais existentes em cada uma das etapas de produção, a probabilidade de ocorrência delas, qual o grau de risco de cada uma, avaliando a necessidade de mudar um processo ou uma etapa ou então determinar medidas preventivas para cada uma dessas contaminações (perigo). Devem ser analisados os perigos que podem ocorrer desde a produção da matéria-prima até que esta chegue à indústria.

  1. Identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC):

Nesse princípio são determinados quais são os pontos, etapas, ingredientes ou matéria-prima em que ocorre algum perigo, para que sejam aplicadas medidas preventivas de controle que visam eliminar ou minimizar o risco de contaminação.

  1. Estabelecimento dos limites críticos:

Aqui são definidos os valores máximos e/ou mínimos de que devem ser seguidos e que, caso não sejam, impossibilitam a segurança do alimento.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de monitorização dos limites críticos:

A monitorização consiste em realizar uma sequência de observações e de medição dos parâmetros de controle para saber se um PCC está dentro dos parâmetros críticos estabelecidos.

  1. Estabelecimento de ações corretivas:

As ações corretivas devem ser aplicadas no momento ou imediatamente após ocorrerem desvios dos limites críticos estabelecidos, visando corrigir rapidamente o erro.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de verificação:

Aqui nesse princípio ocorre a verificação da eficácia do APPCC, através de avaliações como análises microbiológicas, auditorias, controles dos registros de monitorização.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de registro:

Os registros são evidências legais que as atividades relacionadas a APPCC estão sendo realizadas.

A partir da implementação do sistema APPCC são identificados os Pontos Críticos de Controle de um determinado perigo, estabelecem-se os limites críticos que são monitorados e verificados, o que traz grande vantagem para a indústria de alimentos, pois garante a segurança na produção, garante a satisfação dos clientes, e traz o diferencial competitivo para o mercado empreendedor.

Ler também: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?

Por: Laura Orsi

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!


Fontes:

Fatores Antinutricionais

O que são os fatores antinutricionais e o que eles acarretam na saúde do consumidor?

 Bem, de forma geral os fatores antinutricionais estão presentes normalmente em alimentos de origem vegetal, e eles são considerados “antinutricionais” pelo fato de atuarem no organismo humano de forma negativa. seja ela pela falta de digestão, absorção e/ou utilização dos nutrientes no nosso corpo.  Isto acontece porque tais alimentos, como leguminosas, apresentam inibidores de proteinase, oxalatos, taninos, fitatos e/ou polifenóis, os quais interferem diretamente nestas funções.

Uma pergunta que não quer calar, como diminuir os efeitos destes fatores no alimento?

Uma das opções mais conhecidas para extinguir os fatores antinutricionais do feijão e que também pode ser utilizada industrialmente, por exemplo, é deixar ele de molho por pelo menos 12h antes do cozimento. Logo depois, a água precisa ser jogada fora para a retirada completa dos fitatos para que logo após uma nova água seja utilizada no cozimento.

Além disso, a inclusão de alguns processos como tratamentos térmicos nos alimentos que contenham os fatores antinutricionais, como a maceração na presença de sulfitos, a atmosfera controlada e o tratamento enzimático adicionados industrialmente, são exemplos de resolução para o problema, extinguindo de vez os antinutrientes.

Por: Daniela Martin

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



Fontes:

Padrões Microbiológicos

 

Você já se perguntou como é definida a aceitação ou não de um alimento com base na presença de micro-organismos?

A resposta para essa pergunta é o Padrão Microbiológico!  Mas o que é um Padrão Microbiológico?  Onde eles estão estabelecidos?

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Padrão Microbiológico pode ser definido como um critério definição para a aceitabilidade de um lote ou processo de alimento com base na ausência, presença ou concentração de micro-organismos, suas toxinas e metabólitos por unidade de massa, volume, área ou lote. Esses padrões estão dispostos na RDC 331/2019 e na IN 60/2019 que entraram em vigor em dezembro de 2020, em substituição da RDC12/20021.

Assim, a RDC 331/2019 apresenta os novos padrões microbiológicos dos alimentos e a sua aplicação durante toda a cadeia produtiva do alimento, enquanto a IN 60/2019 a complementa estabelecendo uma lista de padrões microbiológicos para alimentos prontos para o consumo.

Dessa forma, uma vez entendido o conceito e onde estão estabelecidos tais padrões, é necessário entender qual é a sua finalidade.

Sendo assim, qual o objetivo do estabelecimento de Padrões Microbiológicos para os alimentos?

O objetivo dos Padrões Microbiológicos é verificar se o alimento está seguro e adequado para venda ao consumidor com base em testes microbiológicos específicos para cada alimento. Portanto, é possível avaliar os procedimentos de produção, controle de manuseio e as práticas de higiene de uma empresa com base em seus resultados.

Para isso, deve-se ressaltar que a segurança dos alimentos é uma garantia da adoção das práticas preventivas do Manual de Boas Práticas de Fabricação, o BPF.

 Leia mais sobre A Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

 Agora que você já sabe o que são os Padrões Microbiológicos e qual a sua finalidade, pode estar se perguntando: Quais são, de fato, esses Padrões Microbiológicos? Quais são os seus componentes?

Os Padrões Microbiológicos definidos pela ANVISA são compostos por:

  • O alimento, isto é, o ponto da cadeia de produção que esses padrões são aplicáveis; 
  • O micro-organismo, aquele que vai ser avaliado a presença, ausência ou concentração; 
  • Os limites microbiológico “m” e “M”; 
  • O plano de amostragem, o qual compreende o número de unidades amostrais a serem coletadas e analisadas (n), o tamanho da unidade e a indicação do número de amostras aceitáveis (c). 

É importante ressaltar que esses Padrões Microbiológicos são aplicáveis aos alimentos da categoria “Alimento prontos para oferta ao consumidor”, isto é, conforme a RDC 331/2019: “alimento na forma como será disponibilizado ao consumidor, destinado à venda direta ou qualquer outra forma de distribuição, gratuita ou não”.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre os Padrões Microbiológicos e o porquê deles serem tão importantes para você como consumidor e/ou produtor, você consegue reconhecer a importância dos processos de higienização e produção adequados para evitar contaminações durante o processo produtivo. 

Leia mais sobre Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos? 

Por: Antônio Fernandes

Revisado Por: Gabriela Zinato


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



Fontes:

Embalagens Inteligentes: como funcionam e como podem contribuir para seu produto

A função das embalagens como proteção dos alimentos é quase imperceptível no cotidiano dos consumidores, uma vez que ela é mais relacionada à conexão visual entre a marca, o produto e o cliente. Entretanto, é possível associar proteção, conexão, informação e interação em embalagens conhecidas como EMBALAGENS INTELIGENTES.

Ficou curioso(a) para conhecer um pouquinho mais?
Vem com a gente que explicamos tudo sobre essa inovação utilizada em várias etapas da logística em indústrias alimentícias.

Inicialmente, imagine a seguinte situação: suponhamos que você queira preparar um suco de laranja, mas tem dificuldade em escolher as melhores frutas no mercado. Para auxiliar, você encontra as laranjas embaladas por um material que dispõe de um sensor em forma de etiqueta, alterando sua cor ao identificar a presença de gás etileno (gás liberado pelas frutas durante o estágio de maturação) na atmosfera interna da embalagem. Assim, é possível saber se a fruta está madura ou não.

Esse é um dos diversos exemplos da utilização de embalagens inteligentes, e por mais que ainda não esteja tão difundida no mercado, apresenta alta taxa de crescimento no decorrer dos próximos anos, segundo a Associação Brasileira de Embalagens.

Leia também: Como Definir a Embalagem Ideal para seu Produto? 

Assim como exemplificado acima, a principal função das embalagens inteligentes é promover a interação com o consumidor, através de tecnologias que são capazes de comunicar as reais condições de um produto ou as do ambiente onde o mesmo está sendo exposto. A maioria dessas embalagens utiliza sensores simples que permitem a identificação de alterações na atmosfera interna, como a presença de gases, variações da taxa de umidade e até mesmo outros parâmetros de qualidade.

Mas, quais são os benefícios dessa embalagem para toda a cadeia produtiva e para seu produto? 

Levando-se em conta tudo o que foi citado, nota-se que a vantagem de utilizar embalagens inteligentes não se limita somente à maior conexão e interação com o consumidor. Este tipo de tecnologia pode ser utilizado desde o transporte de matérias primas até o armazenamento do produto final, uma vez que garante mostrar a real situação do produto embalado, contribuindo para manter a avaliação da qualidade do mesmo.

Leia também: Transporte de Alimentos: 6 cuidados que você precisa ter  

Com isso, o desperdício é evitado de forma mais eficiente, o que se torna uma grande vantagem tanto para consumidores quanto para empresas. Ademais, a maioria dos materiais utilizados permite uma prática mais sustentável através da reciclagem de seus biodegradáveis, uma vez que são embalagens mais flexíveis.

Por: Isadora Soares

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



Fontes:

A Importância da Regularização de Alimentos Artesanais

Está querendo regularizar seu alimento artesanal e não sabe como?

Muitas pessoas devem se perguntar: O que é um alimento artesanal?

A legislação de alimentos nacional não traz uma definição de alimentos artesanais, com exceções para casos particulares. Porém, a definição descrita por dicionários da língua portuguesa diz que artesanal é aquilo que é feito sem recursos sofisticados, feito por processos individuais, tradicionais e manuais, em oposição ao processo industrial.

O que muitas pessoas não sabem é que mesmo os produtores artesanais que vendem diretamente para o cliente, seja pelo Instagram, Whatsapp, ou qualquer outro meio também estão tão sujeitos às normas sanitárias quanto qualquer alimento industrializado vendido nos supermercados.

Já imaginou se há uma contaminação e seu alimento ocasiona problemas de saúde para algum consumidor?

Nessas situações, os órgãos sanitários podem entrar com medidas legais contra a sua pessoa, gerando uma situação extremamente problemática. Caso você não tenha alvará sanitário e um responsável técnico para seu empreendimento alimentício, é essencial que você procure a Vigilância Sanitária do seu município para regularizar seu negócio.

Dessa forma, você evita uma interdição e as multas (que variam de R$ 2.000,00 até R$ 1.500.000,00), todas previstas na Lei n° 6437/1977.

Leia também nosso conteúdo sobre a Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF). 

Para alimentos artesanais, a rotulagem correta é também importantíssima. Segundo a RDC n° 259/2002 da Anvisa, todo alimento pronto para a oferta e embalado na ausência do consumidor tem diversas informações obrigatórias a serem dispostas no seu rótulo.

Leia também nosso conteúdo sobre a Importância do Rótulo e Informação Nutricional. 

É necessário também se atentar se o produto é vendido diretamente ao consumidor ou se ele é revendido por terceiros: nesse último caso, é necessário emitir o Comunicado de Início de Fabricação de Alimentos junto à Vigilância Sanitária da localidade.

No caso de alimentos de origem animal, a regularização é mais complexa e está sob responsabilidade do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Dessa forma, podemos concluir que o alimento artesanal não está isento de regularização junto à autoridade sanitária local, tal como o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e da disposição correta do rótulo.

É de essencial importância que o produtor de alimentos artesanais tenha todos essas questões regularizadas, contribuindo para a segurança dos alimentos e evitando, então, multas e demais medidas legais.

Por: Guilherme Lembi

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



Fontes:

A Importância do Código de Barras

Código de Barras: O que é? Quais seus benefícios?

No nosso dia a dia nós vemos os códigos de barras, nos produtos no supermercado, estão em todos!

Mas você sabe para que eles servem? Qual a importância de um produto ter o Código de Barra?

O código de barras é uma forma comum de identificar os produtos que consumimos, sendo encontrada na maioria das embalagens observadas no mercado, hoje.

Ele é representado por uma série de números, o GTIN, que são codificados na leitura do código e permitem uma identificação rápida do produto a ser consumido.

Existem alguns tipos de GTIN, sendo eles:

  • GTIN-8 que aparece mais em pacotes pequenos por ser um código menor;
  • GTIN-12 com 12 dígitos mais utilizado nos EUA e em indústrias;
  • GTIN-13, que é o mais comum no Brasil e nos produtos para pontos de venda;
  • GTIN-14 que é utilizado para um agrupamento de produtos homogêneos, como caixas ou bags.

Leia mais sobre como inserir o seu produto no mercado!

A presença desse recurso no produto traz uma série de benefícios para o empreendedor, dentre esses podemos citar:

  1. O armazenamento e captação e a das informações acerca dos produtos, facilitando a venda em diversos estabelecimentos que exigem a presença do código.
  2. Aumento na confiabilidade no produto por ter todas as informações armazenadas em um banco de dados e que são mostradas de forma imediata durante a leitura;
  3. Otimização dos processos internos da empresa que se tornam centralizados em uma única plataforma, o CNP (Cadastro Nacional de Produtos), que permite que exista um controle da produção acerca de demanda, estoque e disponibilidade, facilitando o trabalho dos operadores.

Além disso, a maioria dos mercados exigem o uso de código de barras para colocar o produto em suas prateleiras, se tornando algo essencial para alavancar as vendas!

Leia mais sobre como como fazer uma boa promoção!

Existem, alguns tipos de código de barras e cada um deles armazena um tipo e um número de informações, o uso dependerá do mercado de desejo do empreendedor.

 Conheça os mais utilizados em produtos alimentícios:

  • EAN: Utilizado para leitura no ponto de venda, conterá apenas o GTIN;
  • GS1 DataBar: Podem ser codificados no ponto de venda contendo além do GTIN algumas informações adicionais como serial, n° de Lote e data de validade, sendo tendência de uso no setor de frutas, verduras, legumes e produtos perecíveis;
  • GS1-128: Com esse código é possível identificar diversas informações como GTIN, número do lote, serial, validade, quantidade, pesos líquido e bruto além de informações de compra como número de pedido do cliente, sendo usado assim para questões mais logísticas, como remessas grandes para entrega;
  • ITF-14: Código de barras utilizado unicamente para identificação de caixas contendo vários produtos, sendo este de boa impressão e leitura no papelão, conterá o GTIN-14, que agrupa produtos homogêneos, sendo que não poderá passar pelos pontos de venda.

Assim, cada um dos códigos de barra poderá se adequar de forma específica ao produto desejado.

Por: Laís Alvarenga Carvalho

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



Fontes:

5 Produtos que não precisam de tabela nutricional

Você já se pegou olhando a composição de determinado produto?

Procurando aquele com menos gordura ou mais proteína?

Pois bem, todas essas informações são descritas em uma tabela, chamada de Tabela Nutricional. Ela tem por finalidade informar aos consumidores as propriedades e a composição das substâncias dos ingredientes contidos naquele produto.

Muitos consumidores levam em consideração os dados nutricionais dos ingredientes antes de comprar um produto, por isso, ter uma tabela nutricional clara e com a informação correta é tão importante e deve ser um ponto de atenção.  

 Leia também nosso conteúdo sobre a Importância do Rótulo e Informação Nutricional

 Além disso, a sua utilização demonstra uma responsabilidade frente as normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que tem diversas legislações para regulamentar e orientar a construção dessas tabelas, bem como de rótulos para diversos produtos.

Leia também sobre a Dispensa de Registro Sanitário na ANVISA

Entretanto, mesmo sendo uma informação muito relevante, existem alguns produtos, de acordo com a RDC n° 360 de 23 de dezembro 2003  e a Instrução Normativa n° 75 de 8 de outubro 2020, que são isentos da obrigatoriedade da tabela nutricional.

Entre eles temos:

  • Bebidas Alcoólicas;
  • Vinagres (desde que não sejam adicionados de ingredientes que agregam valor nutricional significativo ao produto);
  • Frutas;
  • Gelo (destinado ao consumo humano);
  • Café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes

Apesar dessa não obrigatoriedade, a rotulagem nutricional é fundamental para que o consumidor saiba o que está ingerindo, evitando possíveis reações alérgicas e ainda tendo a opção de escolha por produtos mais saudáveis. Afinal, uma informação clara e direta é capaz de agregar valor ao produto, despertando a preferência dos consumidores.

Leia também sobre os Alergênicos na Rotulagem

 Por: Júlia Mendes

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A importância da determinação do prazo de validade em alimentos

O prazo de validade de um alimento (shelf life ou vida de prateleira) determina o tempo em que este pode ser consumido de forma segura, sem a perda de características sensoriais intrínsecas e sem colocar a saúde do consumidor em risco.

Conforme estabelecido pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pela Resolução – RDC nº259, de 20 de setembro de 2002, a determinação da vida de prateleira é informação obrigatória a se constar no rótulo, com exceção dos produtos que são isentos, sendo eles frutas e hortaliças frescas, vinhos, bebidas alcoolicas que contenham pelo menos 10% de teor alcoólico, produtos de panificação que sejam de consumo de até 24h após a fabricação, goma de mascar, produtos de confeitaria à base de açúcar, aromatizados e ou coloridos, vinagre, açúcar sólido, alimentos à base de açúcar e sal e alimentos isentos por regulamentos técnicos específicos. Vale ressaltar que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as informações oferecidas no produto devem assegurar clareza, precisão e devem ser verdadeiras.

Existem diversos fatores que causam redução da validade nos alimentos. Dentre eles, estão os intrínsecos, ou seja, do próprio alimento (como a umidade, por exemplo) e os extrínsecos, relacionados à fatores inerentes ao mesmo (como embalagem e armazenamento). Assim, o reconhecimento das características que provocam alterações e influenciam no prazo de validade de um produto se torna importante para que a conservação do produto seja mais eficaz.

Algumas características importantes que devem ser levadas em consideração para a determinação da validade dos alimentos são:

Qualidade da Matéria-Prima: deve ser higienizada e sanitizada da maneira mais adequada, específica para cada alimento, e, preferencialmente, deve conter níveis baixos de contagem de microrganismos (naturalmente, as matérias-primas podem ter microrganismos presentes, advindos do cultivo, colheita, transporte, etc.);

Composição do Produto: um alimento muito úmido se torna um ambiente favorável ao crescimento de microorganismos; alguns produtos como sal, açúcar e vinagre são favoráveis à conservação;

Estrutura dos produtos: Alimentos com mais de uma camada, como biscoito recheados, por exemplo, podem apresentar migração de umidade de uma camada para outra, fazendo com que a conservação seja prejudicada;

Disponibilidade de oxigênio: Alguns microorganismos como fungos utilizam oxigênio para crescer e se multiplicar, o que causa a contaminação dos alimentos;

Processamento: As condições dos ambientes de produção são de extrema importância para evitar contaminação cruzada (para saber mais sobre o assunto: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?);

Temperatura: Todas as variações de temperatura que o produto passa desde o processamento até o armazenamento são fatores de importância. Deve-se evitar faixas de temperatura que são favoráveis ao crescimento de microrganismos patológicos (ou seja, causadores de doenças).

A determinação da vida de prateleira de um produto pode ser realizada de forma direta, ou seja, pelo acompanhamento em tempo real do produto, que pode incluir testes sensoriais e laboratoriais a fim de identificar todos os fatores causadores de deterioração, e também, de forma indireta, também chamada de método acelerado, que trabalha com variações de temperatura que tornam possível obter a validade dos alimentos de maneira mais rápida.

Por: Laís Alvarenga Carvalho.


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ar do ambiente de produção de alimentos: um fator de qualidade.

Uma das tarefas fundamentais para garantir a segurança dos alimentos é o controle de ar. Segundo a OMS, mais de 50% dos locais fechados têm ar de má qualidade devido à má higienização de sistemas de ar condicionado e falta de controle periódico sobre possíveis fontes de contaminação (Schirmeret al., 2011). Nestes espaços, o acúmulo de microrganismos como bactérias e fungos é maior e quando falamos em produzir alimentos nesses ambientes estamos falando sobre ausência de segurança alimentar, uma vez que a maioria das bactérias patogênicas são aeróbias (ou seja, precisam de oxigênio para crescerem e se multiplicarem) e podem estar presentes nos alimentos processados nessas condições.
A avaliação do ar ambiente pode ser realizada por testes microbiológicos em laboratório, através da sedimentação em placas de Petri contendo o meio de cultura específico para a espécie microbiana que se deseja avaliar. Por meio dos resultados obtidos é possível propor ações corretivas caso os resultados sejam insatisfatórios. Pela Organização Pan-Americana de Saúde, o limite de microrganismos seria de 1×10² UFC (unidades formadoras de colônia) por centímetro quadrado.
A qualidade do ar dentro de uma indústria não se limita à parâmetros microbiológicos. É importante ressaltar que fatores externos, como a poluição do ambiente externo, também devem ser levados em conta, uma vez que estes podem expor colaboradores à alguns riscos e também comprometer a qualidade do produto em decorrência de alguma impureza que possa estar presente naquele ar. Dessa forma, é importante que existam sistemas capazes de filtrar o ar que entra nas indústrias.
Portanto é fundamental a sanitização desses espaços, pois além de minimizar os riscos de uma DTA (doença transmitida por alimentos), a indústria também consegue prolongar a vida de prateleira de seus produtos, o que leva a menos perdas e consequentemente maior faturamento.

Por: Chrystian Castro


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como Definir a Embalagem Ideal Para o Seu Produto?

COMO DEFINIRA EMBALAGEM IDEAL PARA SEU PRODUTO?

 

Muito se discute a embalagem como elemento primordial para alavancar as vendas de determinado produto, afinal, ela é uma das responsáveis pelo primeiro contato entre a marca e o consumidor. Mas, é fundamental entender que esta também desempenha um papel importante na conservação dos alimentos e preservação de suas características, visto que ela os protege do ambiente externo e assegura sua a vida útil.

Para a escolha da embalagem mais adequada é preciso considerar diversos fatores. O primeiro passo, antes de pensar em todo o processo produtivo e tecnológico, é conhecer os tipos de embalagens classificados quanto à logística. São elas:

  • Primárias: estão em contato direto com o produto;
  • Secundárias: agrupam/englobam uma ou mais embalagens primárias;
  • Terciárias: agrupam uma ou mais secundárias, geralmente utilizadas em transportes.

O segundo passo é conhecer o seu produto, abrangendo os processos a que foi e será submetido até a compra do consumidor. Assim, é muito importante atentar-se aos fatores intrínsecos (relacionados às características dos alimentos), como a composição, umidade, atividade de água, pH, acidez e fatores extrínsecos, como a luz, composição gasosa, umidade relativa, temperatura, insetos, microrganismos e outras adversidades.

Outro passo muito importante é conhecer o material da embalagem, visto que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabelece critérios gerais de acordo com os materiais utilizados, pois podem transferir substâncias aos produtos que tendem a apresentar algum risco à saúde do consumidor. Assim, a Agência é responsável por regulamentar, controlar e fiscalizar os alimentos e suas embalagens segundo a Lei n° 9.782/1999. Além disso, cada material tem propriedades diferentes, o que deve ser levado em consideração para melhor atender as exigências de comercialização e para que melhor atenda o produto em questão.

AGORA SIM, JÁ DEFINIU TODOS ESSES PASSOS ?

Se sim, avalie esses pontos e escolha a embalagem que melhor acondiciona o alimento, tendo em vista suas características sensoriais, tecnológicas e a forma de como ele será contido. Vale ressaltar que é sempre pertinente avaliar vantagens e desvantagens para que não haja prejuízos no futuro.

 Por: Isadora Soares


Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS