Alimentos Júnior Consultoria

O que são aditivos alimentares e para que são utilizados?

Você já ouviu falar sobre aditivos alimentares?

Em virtude da mudança dos hábitos alimentares enfrentados pela população nos últimos anos, as indústrias buscaram alternativas de aprimoramento dos alimentos para atender às necessidades desses novos consumidores.  A urbanização e o ritmo acelerado imposto pela correria do dia a dia, tem feito com que as pessoas prefiram alimentos prontos ou semiprontos (SOUZA et al., 2019).

Em paralelo a isso, tem sido utilizado pelas Indústrias uma grande variedade de aditivos alimentares para esses tipos de alimentos.

Segundo a portaria nº 540 da Secretaria de Vigilância Sanitária/Ministério da Saúde (ANVISA) de 27 de outubro de 1997, classifica-se como aditivo alimentar “qualquer ingrediente adicionado de forma intencional aos alimentos, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparo, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento” (BRASIL, 1997).

Leia também sobre a Explosão dos Produtos Orgânicos.

Porque as indústrias utilizam aditivos alimentares?

Um dos principais desafios enfrentados pelas indústrias de alimentos é manter a qualidade dos alimentos, bem como aspecto saudável e sabor por um maior período de tempo. Desta forma, para não perder os produtos e mantê-los conservados por mais tempo, tem-se surgido a necessidade do uso de aditivos alimentares.

De uma forma geral, as indústrias utilizam os aditivos alimentares com o objetivo de proporcionar modificações sensoriais e nutricionais dos alimentos. Isso representa uma estratégia tecnológica de forma a oferecer maior renda econômica industrial.

No entanto, por envolver a segurança alimentar e se tratar de substâncias químicas, é de extrema importância que se tenha todo o conhecimento sobre suas propriedades e, a partir disso, poder definir seu nível de segurança para a população em geral (AUN et al., 2011).

Leia também sobre os Métodos de Conservação dos Alimentos.

Mas afinal, você saberia quais são os tipos de aditivos alimentares existentes?

Algumas substâncias podem ser obtidas de forma natural, enquanto outras são produzidas a partir de laboratórios. Vejamos alguns exemplos dos principais tipos de aditivos alimentares e suas funções.

  • Antioxidante: Substância utilizada para retardar a ocorrência do processo oxidativo no alimento;
  • Corante: Substância utilizada para conferir, intensificar ou restaurar a cor dos alimentos;
  • Conservante: Substância utilizada para impedir ou retardar alterações provocadas por microrganismos ou enzimas;
  • Edulcorante: Substância utilizada para conferir sabor doce ao alimento;
  • Gelificante: Substância utilizada para conferir textura através da formação de um gel;
  • Espessante: Substância utilizada para aumentar a viscosidade de um alimento;
  • Acidulante: Substância utilizada para aumentar a acidez ou conferir um sabor ácido aos alimentos.

De acordo com Pimenta (2003), grande parte da população não tem conhecimento sobre os riscos dos aditivos para a saúde. Infelizmente, muitas informações importantes ainda são omitidas do consumidor, em virtude de as empresas não revelarem sobre as técnicas de fabricação, fato que pode ser explicado devido à liberação do uso de aditivos ser feita somente quando os métodos de fabricação convencionais não conseguem alcançar as vantagens de ordem higiênica, operacional ou tecnológica (SOUZA et al, 2019).

Leia também sobre os Corantes Naturais e Artificiais na Indústria de Alimentos.

Agora que tudo ficou mais claro, você saberia me dizer quais os tipos de aditivos alimentares existentes e suas funções, não é mesmo?

Por: Flaviana Coelho.

Revisado por: Leandro Viana e Daniele Silva. 


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Fontes:

  • Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997
  • SOUZA, Betina Aguiar, et al..Aditivos alimentares: Aspectos Tecnológicos e Impactos na Saúde Humana. Editora Unijuí. Revista Contexto e Saúde, vol.19, n.36, jan./jun. 2019.
  • AUN, M. V. et al. Aditivos em alimentos. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia, v. 34, n. 5, p. 177-185, 2011.

PLANT BASED: A crescente demanda por esta forma de alimentação

Afinal, o que é uma alimentação PLANT-BASED?

A alimentação plant-based, em tradução livre alimentação baseada em plantas, é composta apenas por alimentos e produtos in natura ou minimamente processados, ou seja, sem aditivos e refinamentos, que visam reduzir de forma significativa, ou totalmente, o consumo de alimentos de origem animal.

É notório nos últimos anos o crescimento global da oferta e da demanda por alimentos plant-based. As grandes redes de mercados brasileiro já apresentam em seu portfólio produtos feitos à base de plantas como alternativos para produtos cárneos e lácteos, como bebidas vegetais e hambúrgueres de “carne” vegetal. Apesar deste crescimento, de acordo com a EMBRAPA, em 2015, o Brasil foi considerado o segundo maior consumidor de carne bovina no mundo, representando cerca de 38,6 kg/habitante/ano, evidenciando que o consumo de carne animal ainda é muito grande.

Quais os benefícios dessa alimentação?

As evidências científicas obtidas nos últimos anos indicam que uma alimentação plant-based reduz em média 29% risco de doenças cerebrovasculares, 40% o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto, além de reduzir também aproximadamente 50% o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.

Diante disso, podemos considerar que este padrão de alimentação constitui uma alternativa segura, preferencial e oportuna para garantir uma maior qualidade de vida e longevidade. Apesar dos múltiplos benefícios, observa-se, contudo, que alguns nutrientes como vitamina B12, zinco e alguns aminoácidos, podem estar menos disponíveis em uma alimentação apenas à base de plantas. Entretanto, parte ou a grande maioria dessas limitações podem ser supridas com uma suplementação nutricional orientada por profissionais da área.

Além disso, dados do International Weekly Journalof Science afirmam que a adoção de hábitos plant-based pode reduzir em 250 vezes as emissões de gases do efeito estufa e em 60% o consumo de água e, também, aumentar o bem-estar animal.

Leia também sobre Carne de laboratório nos supermercados

Já ouviu falar em “Segunda sem carne”?

Esta é uma iniciativa que vem sendo amplamente compartilhada nas redes sociais com o intuito de incentivar as pessoas a não consumirem nenhum produto cárneo para que funcione como um “pontapé” inicial para reduzir o consumo, mostrar que todas refeições não precisam conter carne e, além de descobrir novos sabores ao substituir a proteína animal pela vegetal.

Diante de todas essas informações, você pretende reduzir o consumo de produtos de origem animal?

Leia também sobre A explosão dos produtos orgânicos

Por: Marcela Mattos.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fonte Imagem: Boa Forma

Fontes:

  • EMBRAPA
  • Baena, R. C. (2015). Dieta vegetariana: riscos e benefícios. Diagn Tratamento, 20(2), 56-64.
  • Benevides, C. M., Souza, M. V., Souza, R. D. B., & Lopes, M. V. (2011). Fatores antinutricionais em alimentos: revisão. Segurança Alimentar e nutricional, 18(2), 67- 79.
  • Freeman, A. M., Morris, P. B., Barnard, N., Esselstyn, C. B., Ros, E., Agatston, A., & Williams, K. (2017). Trending cardiovascular nutrition controversies. Journal of the American College of Cardiology, 69(9), 1172-1187.
  • Miranda, D., Gomes, A., Morais, J., Tonetti, T., & Vassimon, H. (2013). Qualidade nutricional de dietas vegetarianas. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 8(2), 163-172.
  • KAHLEOVA, H.; LEVIN, S.; BARNARD, N. Cardio-metabolic benefits of plant-based diets. Nutrients, v. 9, n. 8, p. 848, 2017. (https://anniebello.com.br/nutricao-com-evidencia/plant-based-dite-mito-ou-verdade/)

As consequências de um rótulo inadequado

Mas, primeiramente, o que é o rótulo?

O rótulo é formado por toda e qualquer informação que confere a identidade do produto. Percebe-se que, ao frequentar um estabelecimento, o consumidor é surpreendido com diversas informações ao mesmo tempo, e o rótulo é um fator primordial entre uma compra e uma desistência. Portanto, se atentar a obter uma rotulagem adequada é um diferencial da sua empresa em relação à concorrência.

Qual a importância do rótulo?

Além disso, um rótulo correto é muito importante para aqueles consumidores que possuem alguma restrição ou intolerância ao ingerir alimentos, como por exemplo, os lactantes, celíacos, hipertensos e diabéticos. Contudo, é imprescindível que a rotulagem de alimentos deva seguir todos os parâmetros exigidos pela legislação, garantindo, assim, que estejam contidas todas as informações necessárias.

Leia também sobre A importância de se utilizar a embalagem correta para o produto.

Quais informações devem estar presentes no rótulo?

Segundo a RDC N°360, de 23 de dezembro de 2003, na rotulagem nutricional devem ser declarados os seguintes nutrientes: valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio. Além disso, no rótulo deve conter uma série de informações relacionadas ao processamento e identificação de origem do alimento. Vale ressaltar que alguns alimentos são isentos da obrigatoriedade de possuir todas as informações em seu rótulo, o que também está disposto na mesma resolução.

Mas afinal, quais as consequências de um rótulo inadequado?

A não conformidade com as exigências citadas acima pode trazer grandes prejuízos para as empresas, pelas sanções da Lei n° 6.437/1977. Segundo a legislação, essas empresas podem sofrer infrações sanitárias que resultam em advertências ou multas que variam entre 2 mil a 1,5 milhão de reais, como foi o caso da Nestlé em 2020, que recebeu uma multa de aproximadamente 10,2 milhões de reais. Além disso, os produtos podem ser apreendidos e recolhidos dos estabelecimentos, suspendendo as vendas dos mesmos.

Leia também sobre os 5 produtos que não precisam de tabela nutricional.

Por: Layla Carrielo.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fontes:

Você sabe diferenciar Leite pasteurizado de Leite UHT?

Mas o que seria Leite UHT?

O termo “UHT” (Ultra High Temperature) indica um processo pelo qual o leite passa, traduzido como “Temperatura Ultra Alta”. Esse produto é conhecido também como “Leite de caixinha” ou leite longa vida.

Afinal, qual seria as diferenças de Leite pasteurizado e Leite UHT?

A grande diferença está na combinação de tempo e temperatura a qual os produtos são submetidos, porém as diferenças vão muito além disso. A pasteurização (do leite) envolve um tratamento térmico relativamente brando e consiste na exposição do leite em torno de 75 °C por 15 segundos com a finalidade de eliminar patógenos. Já o tratamento UHT que compreende um processo de esterilização e trata-se de um tratamento térmico mais severo (125 °C a 130 °C por 2 a 4 segundos) porém instantâneo, ou seja, por tempo inferior a pasteurização com objetivo de eliminar praticamente todos os microrganismos, que podem atuar como agentes de deterioração.

E são só esses processos que diferem os produtos?

A grande diferença realmente está no binômio tempo x temperatura, mas há outros processos anteriores e posteriores ao aquecimento do leite. O leite pasteurizado por exemplo, após sofrer esse tratamento térmico, é resfriado imediatamente, sendo levado a uma temperatura de 2°C a 4°C em menos de 10 segundos. Isso é importante para evitar a proliferação dos microrganismos que restaram após a pasteurização do leite. Essa refrigeração imediata promove o controle destes microrganismos.

Em contrapartida, o leite UHT, antes de passar pelo processo de esterilização, precisa estar “pré-beneficiado” (filtrado, pré-aquecido, clarificado, padronizado, aquecimento). Após este processo, o leite passa pela etapa da estabilização. Isso precisa ser feito, porque, como o leite será submetido a temperaturas muito altas, tal aquecimento pode afetar as caseínas (proteínas do leite). Por isso, o leite UHT precisa receber estabilizantes de caseína, evitando que o leite coagule e sedimente durante o processamento. Em seguida, é feito o pré-aquecimento onde o leite é aquecido a 80°C por 2 minutos afim de diminuir a desnaturação proteica e a sedimentação. Após isso, finalmente vem o tratamento UHT propriamente dito, seguido do resfriamento do leite.

Leia também sobre os Métodos de conservação dos alimentos.

Outras diferenças entre Leite pasteurizado de Leite UHT

Apesar de todo o processamento dos produtos ser diferente, isso reflete no prazo de validade e preço. O leite UHT, que também é conhecido como leite de caixinha ou leite longa vida, por passar por um tratamento térmico mais severo, tem a validade de 4 meses em embalagem fechada e até 3 dias após aberta. A embalagem cartonada utilizada também contribui para fornecer um tempo de consumo maior graças às diversas camadas que protegem o alimento do contato com a luz e com o oxigênio, preservando a qualidade do leite.

O leite pasteurizado, por sua vez, muitas vezes encontrado em embalagens poliméricas ou de “plástico” possui tempo de consumo menor, girando em torno de 3 dias. Os conhecidos “leite de saquinho” por esse prazo de validade reduzido e por ter um processo de fabricação mais simplificado, possui incidência no preço do produto, representando um produto de menor custo.

Agora tudo ficou mais claro e você já sabe as diferenças entre Leite pasteurizado e Leite UHT, não é mesmo?

Leia também sobre A importância da determinação do prazo de validade em alimentos.

Por: Gustavo Carvalho.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fonte Imagem: Milk Point

Fontes:

Carne de laboratório nos supermercados?

A carne cultivada tem origem de uma pequena amostra de células extraídas de animais vivos sem trazer danos para o doador e, a partir disso é cultivada em laboratório para adquirir volume. Assim sendo, em condições controladas, essas células são nutridas e se desenvolvem. O resultado final é um conjunto de células musculares molecularmente muito similares  às que se compra em supermercados atualmente.

Mas afinal, por que o mundo precisa desse tipo de carne?

Além da questão das tendências vegetarianas e veganas que afloram na sociedade, o fato de os animais não serem abatidos reduz de forma significativa a necessidade terras, águas e insumos na agropecuária. Além disso, a redução dos gases de efeito estufa produzido pelos animais seria algo significativo. Ademais, o manejo de antibióticos, sobretudo para frangos, muitas vezes pode causar resistências microbianas. No entanto,em um ambiente controlado, sem manejo animal, tal como o para produção de carne cultivada, esse problema é inexistente.

Outro ponto importante a se considerar é a questão da demanda de proteínas por parte da população. Segundo Lorival Luiz, CEO Global da BRF em uma entrevista à CNN, afirmou: “Existe uma demanda crescente por proteína, uma demanda da população, e nós não temos dúvidas que esse produto será extremamente competitivo, sustentável, para atender toda a demanda que virá num futuro próximo”.

Além disso, alguns consideram essa questão como uma oportunidade, como o analista Cleber Soares, diretor de inovação do Ministério da Agricultura. “Em 2015, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) projetava que o mundo iria demandar em torno de 480 milhões de toneladas a mais de proteína de origem animal até 2050. Tem mercado para todo mundo. É preciso olhar tudo isso como oportunidade”.

Em outra via, para aqueles que pensam que esse assunto parece ser muito bonito na teoria, mas acreditam que a barreira tecnológica seja grande para a prática, existe um grande engano. Segundo o Canal Tech, A startup israelense Future Meat inaugurou a primeira fábrica de carne cultivada do mundo. A instalação, que fica na cidade de Rehovot, no distrito industrial de Israel, tem capacidade para produzir 500 kg de alimentos por dia, aproximadamente 5 mil hambúrgueres de tamanho médio saindo direto do laboratório. Enquanto que na agropecuária tradicional, o tempo de vida de um único bovino antes do abate é cerca de 18 meses.

Em questão de preço, o valor também já foi reduzido drasticamente. Em 2013 foi produzido o primeiro hambúrguer do mundo feito à base de carne in vitro pela empresa holandesa Mosa Meat em Londres, com um custo de 330 mil dólares em um período de três meses. Segundo dados da empresa Future Meat, o valor gasto para produção de peitos de frango é de menos de 10 dólares hoje em dia.

Mas afinal, quando esse produto chega ao Brasil?

Segundo uma reportagem da CNN Brasil, a carne cultivada deve chegar às prateleiras dos supermercados entre 2024 e 2025 por meio de uma iniciativa da BRF. A companhia brasileira possui uma parceria com a startup israelense Aleph Farm para dar prosseguimento a essa questão. Ademais, em questão regulatória, segundo o GFI (The Good Food Institute), sua filial brasileira organizou no final de junho de 2021 workshops sobre carne cultivada para representantes da ANVISA e do MAPA. Nesse processo, as associações regulatórias brasileiras conheceram e trocaram experiências sobre processos regulatórios em carne cultivada com representantes dos Estados Unidos, Europa e Singapura.

A conclusão em cima dessas questões, é que estamos cada vez mais próximos de consumir um produto que parece de filme de ficção científica. Mas eaí, você comeria carne de células?

Leia também sobre Produtos Clean Label, Tendência de Mercado

Por: João Valadão.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fonte imagem: Portal do Agronegócio

Fontes:

A explosão dos produtos orgânicos

Mas o que é um produto orgânico?

De acordo com o artigo 2° da Lei Nº 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, considera-se produto da agricultura orgânica ou produto orgânico, aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou oriundo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local, seja ele in natura ou processado. Estes, além de serem isentos de agrotóxicos, tendem a ser mais saborosos que os industrializados.

De acordo com ITAL, 2020 na Pesquisa do Brasil FoodTrends 2020, foram identificadas algumas preferências e tendências dos consumidores ao redor do mundo, que já estão refletindo nos hábitos de consumo de muitos brasileiros, estas foram classificadas em 5 categorias: Sensorialidade e Prazer, Saudabilidade e Bem-estar, Conveniência e Praticidade, Confiabilidade e Qualidade além de Sustentabilidade e Ética.

Com isso,o mercado de produtos orgânicos viu crescer seu potencial, uma vez que os consumidores estão mais preocupados não só com a saúde e bem-estar, mas também com a sustentabilidade, ficando em segundo plano o preço dos produtos orgânicos.

Outro fator que tem ajudado muito esse mercado a crescer são os incentivos, sendo estes oferecidos tanto aos agricultores, que estão começando sua produção, quanto para os que já tem uma produção não orgânica e querem fazer a transição para a mesma.

Leia também nosso conteúdo sobre A Importância da Regularização de Alimentos Artesanais

É fundamental a adequação e regularização devido às exigências legais destes produtos para a comercialização, ampliando ainda mais esse mercado. Além disso, a obtenção de selos e certificados, que comprova a qualidade, origem e a denominação de orgânico ao produto, também vai possibilitar a entrada do mesmo em nichos de mercado, que estão dispostos a pagar mais pela qualidade e procedência do produto.

Por fim, no que se refere aos dados do mercado brasileiro de orgânicos, só no ano de 2018, o Brasil faturou R$ 4 bilhões, resultado 20% maior do que o registrado um ano antes, como mostrou o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), que reúne cerca de 60 empresas do setor.

Leia também nosso conteúdo sobre 5 Produtos que não precisam de tabela nutricional

Por: Adriana Lopes.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fontes:

Corantes Naturais e Artificiais na Indústria de Alimentos

A cor de um alimento é um fator determinante na aceitação de um produto, devido ao fato dessa característica sensorial induzir a sensação e percepção de outras características, como o sabor, aroma e aparência.

Assim, o visual do alimento se torna primordial, uma vez que há uma associação de cores com o alimento em si, sendo possível lembrar características de amargor ou acidez, e até se relacionar diretamente com frutas, verduras e carnes.

Já imaginou consumir um produto de morango que não tenha uma coloração avermelhada ou rosada?

Dessa forma, é possível visualizar a importância desse aspecto nos alimentos, por isso os corantes são utilizados amplamente na indústria com o intuito de restaurar a cor perdida durante o processamento, intensificar a cor dos produtos, de forma preservar a identidade destes, e até auxiliar na proteção de aromas e vitaminas sensíveis à luz.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a partir da Resolução – CNNPA nº44, de 1977, os corantes podem ser classificados como:

Corante orgânico natural: obtido a partir de vegetal ou animal, sendo isolado com o emprego de processo tecnológico adequado

Corante orgânico sintético: obtido por síntese orgânica a partir de processo tecnológico adequado

Corante artificial: é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais

Corante orgânico sintético idêntico ao natural: é o corante orgânico sintético cuja estrutura química é semelhante à do princípio ativo isolado de corante orgânico natural

Corante inorgânico: obtido a partir de substâncias minerais e submetido a processos de elaboração e purificação adequados a seu emprego em alimento.

Além disso, os corantes caramelo foram classificados de acordo com o Informe Técnico nº48 (2012): Corante Caramelo I, Corante Caramelo II, Corante Caramelo III, Corante Caramelo IV; sendo esses diferenciados apenas pelo processo escolhido.

Corantes Naturais

É considerado como corante natural o pigmento ou o corante inócuo extraído de substância vegetal ou animal. Apesar de apresentarem algumas desvantagens frente aos artificiais, como custo e estabilidade (dependendo da forma que for obtida e manipulada), são bem utilizados visto a tendência na indústria de alimentos que confere um aspecto natural ao produto, tendo uma maior aceitação pelos consumidores, visto que alguns pigmentos possuem propriedades funcionais.

Dentre os corantes que são mais utilizados na indústria alimentícia, pode-se citar o urucum, carmim de colchonila, curcumina, além de distintas antocianinas.

Os pigmentos corantes do urucum são obtidos a partir das sementes de urucum, proporcionando uma cor amarelada ou alaranjada ao alimento. São bastante empregadas em sucos, gelatinas, salsichas, margarinas, entre outros.

A curcurmina, pigmento obtido a partir do açafrão-da-Índia, também é utilizada para conferir uma cor amarelo alaranjado aos alimentos, possuindo uma mistura de antioxidantes com propriedades anti-inflamatórias.

O carmim é obtido a partir de insetos fêmeas dessecados, sendo um dos corantes com maior versatilidade e estabilidade, confere uma cor avermelhada aos produtos, como em gelatinas, iogurtes, sorvetes, diversas sobremesas e produtos cárneos.

Sabe aquela mancha que fica em carros estacionados ou em calçadas?

Pois é, isso são as antocianinas, que são corantes com uma grande variação de cores, desde o vermelho até o violeta, e são encontradas em flores e frutas, como uva, amora e framboesa. Possui a vantagem de ter uma boa solubilidade em água, poder antioxidante e baixo custo.

Corantes Artificiais

Já os corantes artificiais são considerados substâncias de composição química definida obtidas por processo de síntese.

Dessa forma, estes não possuem nenhum valor nutritivo, sendo utilizados apenas com o objetivo de conferir cor. Mesmo com a tendência em ter produtos com características naturais, esses corantes são amplamente utilizados em alimentos e bebidas, devido a sua importância em apresentar maior uniformidade, estabilidade e poder tintorial.

No Brasil, a legislação permite o uso de 14 corantes industriais, juntamente com os valores de Ingestão Diária Aceitável, sendo esses: Tartrazina, Amarelo Crepúsculo, Bourdeux S ou Amaranto, Ponceau 4R, Eritrosina, Vermelho 40, Indigotina, Azul brilhante, Azorrubina, Azul Patente V, Verde sólido, Amarelo de Quinoleína, Negro brilhante BN e Marrom HT.

Leia também sobre: Como Definir a Embalagem Ideal Para O Seu Produto.

Por fim, vale ressaltar que a utilização do corante adequado vai estar relacionado com vários aspectos, como pH, solubilidade temperatura e processamento. Além disso, a legislação divulga quais alimentos em que é permitido o uso de corante, e quais desses podem ser usados para cada categoria de produto.

Dessa forma é possível fazer a escolha adequada do corante para conferir esse aspecto sensorial extremamente importante, que é a aparência do alimento.

Por: Gustavo Pousa.

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Fontes:

A Importância de se Utilizar uma Embalagem Correta para o Produto

A embalagem é o principal elemento de comunicação entre o consumidor e a marca, sendo um dos principais fatores que impulsionam a venda do produto.

Mas será que as embalagens contribuem apenas para chamar a atenção do consumidor?

Mais do que um envoltório, identificar qual a importância da embalagem inclui perceber que ela desempenha um papel de destaque na venda segura de um produto.

Atualmente na Industria de Alimentos são encontradas embalagens dos mais diversos tipos, como de plástico, papelão, vidro e metal. Cada uma destas apresentam características específicas e são recomendadas para tipos diferentes de produtos.

Leia também: Embalagens Inteligentes: Como Funcionam E Como Podem Contribuir Para Seu Produto.

As principais funções da embalagem correta para o produto estão pautadas principalmente na proteção contra choque mecânicos, conservação do alimento e na comunicação com o consumidor e estão descritas a seguir:

  • Proteção do alimento:
                                                                                      •  
    • Quando estamos falando de alimentos, uma das principais características que a indústria deve se preocupar é em relação à chegada do alimento em sua forma integra até o consumidor.
                                                                                                      •  
    • Os alimentos estão sujeitos a diversos choques mecânicos desde a produção, transporte e a chegada em supermercados. Portanto, garantir que a embalagem proteja seu produto desses acontecimentos é de extrema importância.
  • Conservação do alimento:
                                                                                          •  
    • Uma embalagem bem desenvolvida e aplicada ao produto precisa garantir que microrganismos não causem a deterioração do alimento.
                                                                                          •  
    • Além disso, quando bem definidas, as embalagens podem revestir e criar barreiras que retardam o processo da perda de qualidade dos alimentos, evitando que ocorram reações indesejadas provenientes da luz, do oxigênio e de gases atmosféricos nos produtos e aumentando a vida útil dos mesmos.
  • Comunicação com o consumidor:
                                                                                                •  
    • Por fim, a identidade visual presente nas embalagens dos produtos é uma forma de garantir a presença da marca nos mercados e chamar ainda mais a atenção do consumidor. Apostar na comunicação visual da sua marca é essencial para atrair clientes e expandir as vendas.

Leia também: Rotulagem de Alimentos: Guia Definitivo de Como fazer

Todas essas propriedades têm como objetivo garantir a segurança alimentar e, por isso, a escolha deve ser apropriada para cada tipo de alimento. Refletir sobre qual a importância da embalagem, portanto, tem tudo a ver com a satisfação das pessoas.

Leia também: Como Definir a Embalagem Ideal Para O Seu Produto.

E então, quer garantir que o seu produto esteja à venda de forma correta e segura para os consumidores?

Entre em contato com a gente!!!

Por: Laís Cardoso.

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Fontes:

Métodos de Conservação dos Alimentos

Você sabia que o aumento na durabilidade de um produto alimentício não precisa estar diretamente ligado a adição de conservantes na composição desse produto?

De acordo com a ANVISA, a vida de prateleira de um produto pode ser definida como o tempo máximo no qual o alimento ainda pode ser considerado seguro do ponto de vista microbiológico, físico químico e sensorial, ou seja, é o tempo necessário para que o alimento perca suas características originais.

Leia também sobre A Importância da Determinação do Prazo de Validade em Alimentos

 

Atualmente, está se tornando bastante comum na indústria de alimentos a busca por outros métodos de conservação para os mesmos, ou seja, a indústria busca formas de manter as características e qualidades de um produto, além de mantê-lo seguro para consumo sem a utilização de conservantes, possibilitando aumentos nas vidas de prateleira de diversos produtos sem que seja necessária a utilização destes aditivos.

Com isso, várias indústrias estão investindo em estudos e pesquisas destinados à busca de embalagens e métodos de processamento que sejam viáveis e eficientes no acondicionamento e preservação prolongada de alimentos. É importante lembrar que cada tipo de produto possui um tipo ideal de embalagem e processamento para que o aumento na sua durabilidade seja efetivo.

Leia também sobre Como Definir a Embalagem Ideal para o seu Produto

Por fim, podemos destacar, também, alguns compostos naturais que podem estar atuando de forma relativamente eficiente na conservação de alguns alimentos, como, por exemplo, o suco de limão e o vinagre, que são compostos ácidos, ou seja, serão responsáveis por acidificar o alimento, este sendo um fator responsável por dificultar o crescimento de alguns organismos no produto.

Por: Leandro Viana

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Fontes:

  • Ministério da Saúde;
  • Sulprint;
  • Anvisa.
  • G1;
  • EJEQ.

Qualidade Microbiológica da Água

De acordo com a Portaria n° 2.914 de 12 de Dezembro de 2011, a água potável é aquela que atende aos padrões de potabilidade estabelecida nesta Portaria, definidos por aspectos microbiológicos, físicos, químicos e radioativos e que não ofereça riscos à saúde.

Segundo o Ministério da saúde, a água utilizada pra manipulação e produção de alimentos deve ser potável. A água é o principal elemento dentro das indústrias, podendo ser utilizada como um ingrediente nos produtos alimentícios, veículo de incorporação de ingredientes a fórmula, até na limpeza de materiais, utensílios, equipamentos, higienização de matérias primas, fonte de resfriamento e aquecimento dos produtos.

A potabilidade da água é um fator determinante no processamento de alimentos, uma vez que, pode carregar em si substâncias que podem afetar o processamento, assim como muitas doenças que podem ser provenientes da água. Portanto, é essencial a utilização de água potável para garantir a qualidade, vida de útil do produto e segurança do consumidor.

Ler também: Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Entre as análises realizadas para determinar a potabilidade da água, a análise microbiológica é uma das mais importantes, pois detecta a presença de microrganismos patogênicos e indicadores de contaminação fecal, seja por fezes de humanos ou animais.

O consumo de alimentos preparados por água não potável pode provocar doenças como: cólera, diarreia, febre tifoide, Hepatite A, infecção intestinal, dentre outras. Além disso, as bactérias são responsáveis por 90% dos casos e 70% dos surtos alimentares.

Ler também: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?

Diante disso, a Portaria n° 2.914 de 12 de Dezembro de 2011 estabelece que os parâmetros exigidos pra que a água se encontre dentro dos padrões microbiológicos seja:

  • Água para consumo humano: Escherichia coli ou coliformes termotolerantes – Ausência em 100ml;
  • Água na saída do tratamento: Coliformes totais – Ausência em 100ml;
  • Água tratada no sistema de distribuição (reservatórios e rede): Escherichia coli ou coliformes termotolerantes – Ausência em 100ml;
  • Coliformes totais:
    • Sistemas que analisam 40 ou mais amostras por mês: Ausência em 100ml em 95% das amostras examinadas no mês;
    • Sistemas que analisam menos de 40 amostras por mês: Apenas uma amostra poderá apresentar mensalmente resultado positivo em 100ml

O Atendimento a estes parâmetros microbiológicos da água, garantem que o seu uso e consumo não causem riscos à saúde humana e não prejudiquem a qualidade do produto final.

Por: Estefânia Caldeira

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Fontes:

  • Imagem: UNAM;
  • Ministério da Saúde;
  • Baktron;
  • Consultora de Alimentos;
  • UNB;
  • Unilago;
  • UFSM.