Alimentos Júnior Consultoria

Iogurte probiótico – funcional no dia a dia

Ah o iogurte, um dos principais lácteos fermentados facilmente encontrado nas gôndolas dos supermercados, que inicialmente era vendido como um fármaco, posteriormente como alimento, porém era comercializado sem saborização. Apenas a partir da década de 1960 foram incorporados itens flavorizantes, tais como frutas, adoçantes, corantes artificiais ou naturais.

Tradicionalmente o iogurte já é um alimento muito rico, pois é fonte de cálcio, proteínas, minerais e ainda entrega um sabor agradável, fator que possibilita o consumo diário do mesmo. Quando o iogurte é adicionado de colônias de bactérias probióticas, em escala considerada significativa, passa a ser considerado um alimento probiótico, sendo agora não apenas um lácteo, mas também um alimento funcional.

Leia também sobre Corantes naturais e artificiais na indústria de alimentos.

Alimentos funcionais são aqueles que além de nutrir agregam para o indivíduo benefícios extras, como no caso de probióticos melhor funcionamento do sistema digestivo, logo melhorando a qualidade de vida do consumidor.

Porém para o apelo funcional ser efetivo o consumo deve ser diário, por isso o iogurte probiótico se torna um alimento interessante, já que pode ser empregado na alimentação em diversas refeições, seja café da manhã, colação, lanche da tarde e ceia.

A valorização da comparação entre o preço do iogurte probiótico e do iogurte tradicional é notória, até nas embalagens grandes, popularmente chamadas de embalagens econômicas. Já quando o iogurte probiótico é combinado com a praticidade da embalagem pequena, dita individual, a valorização é ainda maior, já que ocorre a junção do alimento funcional e praticidade da embalagem, fácil de carregar no dia a dia e perfeita para o modelo de famílias pequenas.

Leia também sobre A importância de se utilizar uma embalagem correta para o produto.

Essa valorização econômica do iogurte probiótico demonstra o interesse da sociedade em consumir alimentos funcionais, isto serve como nicho para empresas, seja na combinação de dois funcionais em um único alimento. Como no caso do iogurte probiótico com corante natural, muitas vezes considerado como clean label, pela pequena lista de ingredientes que geralmente engloba leite, fermento lácteo, frutas e o corante específico. Essas demandas da sociedade atual costumam vir a se agregarem, já que um consumidor informado quer cada vez mais e está disposto a remunerar a qualidade.

Leia também sobre Clean Label: Você já ouviu falar nessa tendência?

Por: Therys Castro.

Revisado por: Daniele Silva e Leandro Viana.

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 Fonte:

Você sabe o que é o processo de Liofilização?

O que seria Liofilização?

A liofilização é um método de secagem aplicado aos alimentos que consiste na remoção da água. Diferentemente de outros métodos, a remoção dessa água não é feita por evaporação, e sim pelo congelamento rápido da água e posteriormente sublimação da mesma em uma atmosfera de pressão baixa e temperatura controlada.

No âmbito industrial, a liofilização tem como princípio o congelamento do produto a -60°C e a posterior sublimação da água presente no alimento. Essas condições permitem que nutrientes que não possuem resistência ao calor, como as proteínas e micronutrientes sensíveis (vitaminas), fiquem protegidos das reações enzimáticas e oxidativas que levam às perdas nutricionais.

Leia também sobre Como definir a embalagem ideal para o seu produto.

E quanto ao custo e vantagens da Liofilização?

Em relação a esse processo de secagem podemos realçar o elevado custo da liofilização em comparação com outros métodos de secagem. Ademais, a velocidade de desidratação é lenta e requer um alto consumo energético, o que a torna inviável a diversas situações e produtos.

Das vantagens da liofilização podemos destacar:

– Características nutritivas e sensoriais do produto final são similares ao alimento fresco;

– Baixa perda de nutrientes e compostos voláteis;

– Proporciona uma maior capacidade de reidratação do pó e consequentemente promovendo um tempo maior de conservação do produto.

Leia também sobre os Métodos de conservação dos alimentos.

Outro ponto positivo é a possibilidade do produto liofilizado ser armazenado em temperatura ambiente e ter o seu peso e volume reduzido, implicando na redução nos custos com embalagem, aumento da vida útil, armazenamento e transporte. Além disso, há a eficiência dela em desidratar carnes bovinas cruas ou cozidas, mariscos, frutas e hortaliças.   

Exemplos de outros produtos liofilizados, que estão muito presentes no nosso dia a dia:

– Leite em pó;

– Café solúvel;

– Ervas aromáticas, temperos e condimentos. 

E qual equipamento é responsável pelo processo?

Usado não só na área alimentícia, mas também na área farmacêutica e tecnológica, o Liofilizador compreende ao equipamento utilização nesse processo de secagem. Existem vários tipos de liofilizadores como:

– Liofilizador de bancada: Ideal para laboratório na preservação de amostras podendo também ser aplicado em pesquisas com alimentos.

– Liofilizador de bandeja: Mais conhecido, porém tem restrições de uso quanto a laboratórios e indústrias farmacêuticas, uma vez que é difícil manter o produto estéril durante o processamento.

– Liofilizador tipo túnel: Como o próprio nome já diz, a secagem é realizada em uma câmara ou túnel de vácuo com uso de ciclos de pressão permitindo uma secagem mais rápida.

– Liofilizador contínuo: Econômico e de fácil controle, que permite a operação sem complicações e sem necessidade de supervisões constantes.

– Liofilizador por micro-ondas: Trata-se de um dos liofilizadores mais caros pela fonte de energia utilizada e também possui um controle de operação mais complexo exigindo treinamento para utilização.

Agora ficou fácil e você já sabe como é o processo de Liofilização, não é mesmo?

Por: Gustavo Carvalho.

Revisado Por: Daniele Silva e Leandro Viana.

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Fontes:

·         Blog Lab

·         Unilago

 

 

As diferenças entre chopp e cerveja

Queridos pelo público de maioridade, a cerveja e o chopp estão bastante presentes em diversas comemorações pelo mundo. Mas afinal, você sabe o que diferencia um do outro?

A palavra Chopp é derivada de Schoppen, de origem alemã, o que significa “quartilho” ou “caneca de cerveja”. Essa bebida é acondicionada em barris de inox, o que evita sua exposição à luz, fazendo com que o seu sabor seja preservado e, além disso, é servido em canecas que, na maioria das vezes, são feitas com material de vidro. Já a cerveja é envazada em latas e garrafas menores.

Além disso, essas bebidas possuem diferenças na vida de prateleira, ao comparar as duas, o chopp possui um menor prazo de validade do que a cerveja. Isso ocorre em razão da pasteurização, método incluso no processo de fabricação da cerveja, portanto, esse tratamento térmico inativa os microrganismos e consequentemente afeta no aumento do prazo de validade dessa bebida. 

Leia também sobre A importância da Determinação de Vida de Prateleira em Alimentos.

Com as condições descritas, podemos diferenciar o sabor entre as duas bebidas. A cerveja, mesmo que esteja dentro do seu prazo de validade, pode ter sido envasada há mais tempo, e devido os fatores que afetam a sua qualidade, como tempo e temperatura, podem sofrer alterações que comprometam o seu sabor. Em relação a isso, o chopp se destaca, pois os barris completamente vedados ao oxigênio e aos raios ultravioletas preservam a sua qualidade sensorial

Além disso, a espuma do chopp é mais densa e cremosa, sendo a característica mais marcante sentida pelos consumidores.

Leia também sobre os Métodos de Conservação dos Alimentos.

Por: Layla Carrielo.

Revisado Por: Daniele Silva e Leandro Viana. 


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Fontes:

 
 
 
 
 

ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS, PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS: DIFERENÇAS E EXEMPLOS

A correria do dia a dia, decorrente, principalmente, de uma rotina apertada, vem desencadeando diversas mudanças na alimentação da população (MIRANDA, 2016). Segundo o Guia Alimentar da População Brasileira (2014), essas mudanças envolvem a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados por produtos industrializados prontos para consumo.

Em paralelo a isso, o desenvolvimento de tecnologias de processamento de alimentos, bem como o avanço da ciência e a distribuição globalizada, são outros fatores que têm influenciado no crescimento do consumo por alimentos ultraprocessados. Sendo estes, grandes contribuintes para tornar esses produtos mais acessíveis e com preços relativamente baixos, se tornando grande opção de compra da população (SIMÕES et al., 2018).

Em consequência disso, nos deparamos com uma população cada vez menos saudável, sendo, em grande parte, obesa. De acordo com Vigitel (2015), espera-se que em 2025 cerca de 2,3 bilhões de adultos se encontrem em condições de sobrepeso, sendo mais de 700 milhões com obesidade, dados relativamente altos.

Mas e aí? O que seriam esses grupos de alimentos e o que os diferencia?

 Vamos entender um pouquinho mais sobre os alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados. Cada um desses grupos de alimentos possui características determinantes que os diferenciam e interferem na escolha dos consumidores.

Leia também sobre Diferenças entre Leite Pasteurizado e UHT.

ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS

 Os alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas e animais, sem que seja feito qualquer tipo de alteração pelo homem ou natureza. Como exemplos, temos as frutas e vegetais, sendo altamente ricos em micronutrientes, apresentando baixa densidade energética, alto teor de fibras e grande poder de saciedade (VIEIRA, 2012).

Já os alimentos minimamente processados correspondem os alimentos in natura que passaram por processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento, entre outros processos similares sem que envolva agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias no alimento original. Como exemplos temos, frutas, hortaliças, grãos, leguminosas, oleaginosas, especiarias, farinhas, carnes frescas, leite, ovos, chá, café, dentre outros (BRASIL, 2014).

Leia também sobre Clean Label: Você já ouviu falar nessa tendência?

ALIMENTOS PROCESSADOS

 Os alimentos processados são aqueles produzidos pelas indústrias alimentícias a partir dos alimentos in natura, por meio da adição de constituintes como é o caso do sal, açúcar ou outra substância culinária. São exemplos de alimentos processados, legumes em conserva, frutas em calda, queijos, pães, sardinha, atum enlatado e extrato de tomate. Esses constituintes alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos (BRASIL, 2014).

 ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS

Os alimentos ultraprocessados são aqueles prontos para o consumo, sendo produzidos de formulações industriais com base em substâncias extraídas de alimentos (óleos, gordura, açúcar, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas (corantes, realçadores, aromatizantes e outros aditivos). Exemplos incluem alimentos como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo (BRASIL, 2014)

Um dos objetivos do ultraprocessamento é proporcionar ao alimento longa vida de prateleira, sendo mais acessível, além de apresentar maior praticidade ao consumidor (LOUZADA, 2015).

Agora que você conhece mais sobre esses grupos de alimentos, vamos chamar a seguinte ATENÇÃO!!!

Os alimentos processados e ultraprocessados por mais práticos que sejam, ainda são muito prejudiciais à saúde do consumidor, não somente por serem ricos em calorias, gordura, açúcar e sódio, mas também por serem altamente palatáveis, relativamente baratos e mais seguros do ponto de vista microbiológico, estimulando um consumo em maiores quantidades (LEITE et al., 2018).

Desta forma, antes de consumir um determinado tipo de alimento, é de grande importância se atentar-se não só aos benefícios, mas também aos malefícios que estes produtos podem causar para a saúde.

Leia também sobre A explosão dos produtos orgânicos.

Por: Flaviana Coelho.

Revisado Por: Daniele Silva e Leandro Viana.


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Fonte imagem: Blog Marcela Ferrão

Fontes:

 


Clean Label: Você já ouviu falar nessa tendência?

A análise das tendências de mercado no setor produtivo de alimentos é um pilar muito importante para o planejamento e tomada de decisões, visto que, as mudanças nas preferências dos consumidores vêm ocorrendo de forma acelerada, sendo assim, esse mercado está sujeito a variações contínuas.

Tendências relacionadas à “saudabilidade e bem-estar” e “confiabilidade e qualidade”, contemplam o crescente interesse dos consumidores em alimentos mais saudáveis e com informações de rotulagem mais simples, transparentes e compreensíveis, contribuindo para o surgimento do movimento Clean Label, termo em inglês que significa rótulo limpo.

Leia também sobre A explosão dos produtos orgânicos.

Neste post, você saberá mais sobre essa tendência do setor alimentício que está ganhando um espaço no coração dos consumidores. Confira!

Afinal, o que é Clean Label?

Um dos principais direcionamentos deste movimento é a elaboração de alimentos cujos rótulos possuem uma linguagem clara, termos técnicos de fácil compreensão e ingredientes mais familiares ao consumidor, que sejam mais naturais e saudáveis.

Quais são as instruções da formulação desse tipo de produto?

Apesar de não haver uma definição pela ANVISAhá 3 diretrizes básicas que os produtos devem seguir para serem denominados como Clean Label, dentre eles: o produto deve ser 100% naturala lista de ingredientes deve ser curta e simples e estes, devem ser também, minimamente processados.

Além disso, um produto Clean Label envolve um modelo de consumo mais consciente, como técnicas de processamento, sustentabilidade e transparência da indústria frente ao consumidor.

 Você deve estar se perguntando: “Vale a pena adotar o Clean Label para o meu negócio?”

A resposta é sim! E a indústria alimentícia já está de olho nessa tendência.

A busca por uma alimentação saudável e transparência sobre o que está sendo consumido, para o consumidor, são pontos cruciais na hora de decidir o que comprar.

Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com três mil pessoas maiores de 16 anos, em 12 regiões metropolitanas do Brasil, aponta que 80% dos brasileiros buscam por uma alimentação saudável. Inclusive, 71% preferem os alimentos mais saudáveis.

Além disso, o Clean Label é um importante diferencial competitivo, tornando sua empresa consciente das necessidades do consumidor.

Leia também sobre Plant Based: A crescente demanda por esta forma de alimentação.

E na prática, como funciona?

Aplicar essas técnicas pode ser um desafio, visto que, o cliente quer comer de forma saudável e ter conhecimento dos ingredientes do produto, ademais, busca também por sabor, praticidade e durabilidade.

Mas fique tranquilo, pois podemos te ajudar!!!

Com um apoio qualificado para formular seu produto, conciliando saúde e sabor, no desenvolvimento de um alimento que se destaque pela qualidade, por possuir um rótulo de fácil entendimento e, o mais importante, ser saudável.

Leia também sobre as 8 etapas para o desenvolvimento de novos produtos alimentícios.

Por: Daniele Silva.

Revisado por: Leandro Viana.


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Fonte imagem: Webrun

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Tudo o que você precisa saber sobre o registro de estabelecimentos e produtos

Por que registrar estabelecimentos e produtos?

Além das questões legislativas, o registro também é uma forma de controle sanitário para reduzir os riscos à saúde quando o alimento for comercializado, garantindo maior segurança ao consumidor. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define que o registro de produto é o ato legal que reconhece a adequação de um produto à legislação vigente da Vigilância Sanitária para comercialização. Todavia, antes de obter o registro do produto, é necessário obter o registro do estabelecimento para que a empresa possa exercer suas atividades.

Quais produtos necessitam de registro? Onde registrá-los?

A Resolução nº23, de 15 de março de 2000, estabelece três tipos de procedimentos para regularização de produtos pertinentes à área de alimentos:

I –  Registro Obrigatório: categorias de alimentos que constam no Anexo II da RDCnº 240, de 26 de julho de 2018;

II – Dispensa da Obrigatoriedade de Registro, porém sujeitos ao Comunicado de Início de fabricação: categorias de alimentos listadas no Anexo I da RDC nº 240, de 26 de julho de 2018;

III – Dispensa do Registro e do Comunicado de Início de Fabricação: matérias-primas alimentares, alimentos in natura, aditivos alimentares usados de acordo com com as Boas Práticas de Fabricação (BPF), produtos de panificação, de pastelaria, de confeitaria, e doceria e sorveteria destinados à venda direta ao consumidor.

Leia mais sobre Dispensa do Registro Sanitário na ANVISA: O que é e como funciona.

O local para solicitação do processo de registro do produto dependerá em qual categoria que o produto se enquadra, podendo ser realizado através do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ou através da ANVISA.

MAPA:

  • Produtos de origem vegetal devem ser registrados no sistema online SIPEAGRO;
  • Produtos de origem animal devem ser registrados no sistema online Nessa plataforma, podem também obter o registro SIF (Serviço de Inspeção Federal).

ANVISA: Demais produtos que não são compreendidos pelo MAPA e produtos que se enquadrem na categoria II, citada anteriormente.

Leia mais sobre Selo SIF: Entenda qual sua importância e saiba como obtê-lo.

Além dos registros citados acima, os produtos de origem animal podem obter outros registros que são divididos em selos, sendo eles:

Selo SIM (Serviço de Inspeção Municipal) através do Departamento de Agricultura da Prefeitura Municipal da cidade onde o produto é comercializado;

Selo SIE (Serviço de Inspeção Estadual) através da Unidade Agropecuária Estadual;

Selo ARTE através da plataforma SGSI, SGE e SGSA;

Selo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) através da Secretaria Estadual.

Leia mais sobre Selo Arte para produtos artesanais.

Quais documentos são necessários para registro de estabelecimento?

 A fim de se manter regularizada perante as autoridades sanitárias, os estabelecimentos devem atender os requisitos descritos no item 6.1 da Resolução 23, de 15 de março de 2000, que determina necessário:

  • Alvará Sanitário ou Licença de Funcionamento – expedido pela autoridade sanitária do Estado, do Distrito Federal ou do Município;
  • Implementar as Boas Práticas de Fabricação (BPF) conforme o estabelecido na legislação, incluindo dispor de Manual de Boas Práticas de Fabricação para ser apresentado às autoridades sanitárias, no momento da inspeção e/ou quando solicitado;
  • Implementar e dispor de Manual de Boas Práticas de Fabricação/Armazenagem e nas demais etapas do processo produtivo;
  • Ter controle no processo produtivo, incluindo metodologias eficientes para pontos críticos que possam acarretar riscos à saúde do consumidor;
  • Informar oficialmente à autoridade sanitária, no prazo de 30 dias a partir do início da comercialização, em quais locais os produtos serão comercializados, para que haja a coleta de amostras para a Análise de Controle.

Vale ressaltar que, dependendo do local, os requisitos necessários podem ser diferentes, sendo importante consultar o órgão responsável do seu município/estado antes de dar início ao processo de registro.

Por: Marcela Mattos.

Revisado Por: Daniele Silva e Leandro Viana.


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Fontes:

A importância da Determinação de Vida de Prateleira em alimentos

Em alimentos, é de suma importância a determinação de vida de prateleira, ou seja, o tempo em que este permanece seguro para consumo desde que seja mantido nas condições adequadas pré-determinadas. Sendo um procedimento realizado com a finalidade de fornecer informações sobre a durabilidade do produto de forma a garantir segurança alimentar para o consumidor, além de adequar o produto às normas legislativas do setor de alimentos.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Resolução – RDC nº259, de 20 de setembro de 2002, estabelece a determinação da vida de prateleira como informação obrigatória a se constar no rótulo de produtos alimentares, tendo como exceção produtos como: frutas e hortaliças frescas, vinhos, bebidas alcoólicas que contenham teor alcoólico superior a 10%, produtos de panificação que tenham um tempo de consumo de até 24h após a fabricação, goma de mascar, produtos de confeitaria à base de açúcar, aromatizados e/ou coloridos, vinagre, açúcar sólido, alimentos à base de açúcar e sal e alimentos isentos por regulamentos técnicos específicos.

Vale destacar que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as informações oferecidas no produto devem assegurar clareza, precisão e, mais importante, devem ser verdadeiras.

Leia também sobre As consequências de um rótulo inadequado.

Diversos são os fatores que podem influenciar no prazo de validade de um alimento. Esses fatores podem ser próprios do alimento, sendo chamados de fatores intrínsecos, como umidade e pH, ou podem ser fatores externos ao alimento, os fatores extrínsecos, no qual estão: embalagem e condições de armazenamento.

A determinação de vida de prateleira pode ser feita por dois métodos: diretos e indiretos, sendo que os métodos diretos podem levar um tempo maior, sendo mais precisos, uma vez que são feitos acompanhamentos em tempo real e em condições realistas. Já os métodos indiretos também chamados de métodos acelerados, são mais rápidos, mas menos precisos, uma vez que os alimentos são submetidos a condições de temperatura e umidade diferentes das condições do ambiente.

Leia também sobre os Padrões Microbiológicos.

Algumas características importantes que devem ser levadas em consideração para a determinação da validade dos alimentos são:

– Qualidade da Matéria-prima: deve ser higienizada e sanitizada da maneira mais adequada, específica para cada alimento, e, preferencialmente, deve conter níveis baixos de contagem de microrganismos (naturalmente, as matérias-primas podem ter microrganismos presentes, advindos do cultivo, colheita, transporte, etc.);

– Composição do Produto: um alimento muito úmido se torna um ambiente favorável ao crescimento de microrganismos; alguns produtos como sal, açúcar e vinagre são favoráveis à conservação;

– Estrutura dos produtos: Alimentos com mais de uma camada, como biscoito recheados, por exemplo, podem apresentar migração de umidade de uma camada para outra, fazendo com que a conservação seja prejudicada;

– Disponibilidade de oxigênio: Alguns microrganismos como fungos utilizam oxigênio para crescer e se multiplicar, o que causa a contaminação dos alimentos;

– Processamento: As condições dos ambientes de produção são de extrema importância para evitar contaminação cruzada (para saber mais sobre o assunto: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?);

– Temperatura: Todas as variações de temperatura que o produto passa desde o processamento até o armazenamento são fatores de importância. Deve-se evitar faixas de temperatura que são favoráveis ao crescimento de microrganismos patológicos (ou seja, causadores de doenças).

Entre as vantagens de saber a real validade do produto alimentício, podemos destacar: ser um diferencial competitivo para empreendedores do setor de alimentos; ter certeza de satisfação do cliente e que este não irá lhe causar nenhum mal, além de evitar desperdício.

 Leia também sobre as 8 etapas para o desenvolvimento de novos produtos alimentícios.

Por: Adriana Lopes e Laís Alvarenga.

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Layout para fábrica de alimentos: como saber se o meu layout está me dando lucro ou prejuízo?

O layout pode ser entendido como o arranjo físico de uma indústria, que busca posicionar pessoas, máquinas, equipamentos, ferramentas, processos, mão de obra e matérias-primas, permitindo que atividades sejam executadas.

A elaboração de um layout deve levar em consideração diversas questões, as principais são:

  • Variedade, quantidade e o tipo de produtos processados;
  • As distâncias percorridas;
  • Os espaços utilizados;
  • O movimento de cargas;
  • O tempo gasto em cada etapa da produção.

Um layout ideal permite a otimização do processo produtivo e impacta positivamente na eficiência e produtividade da indústria. Além disso, permite também eliminar os tempos ociosos e reduzir os custos de produção.

Entretanto, um layout inadequado provoca atrasos na produção, interrupções no fornecimento e custos elevados, indicando um erro no uso do espaço físico, que pode ter sido causado pela projeção de um layout que não atende as normas exigidas pela legislação.

Dito isso, como saber se o meu layout está me dando lucro ou prejuízo?

Para isso, devemos responder às seguintes perguntas:

  • Poderia utilizar melhor o espaço disponível?
  • O desperdício e o custo de produção são maiores do que o desejado?
  • O tempo entre as etapas produtivas é excessivo?
  • Há contaminação cruzada entre a matéria-prima e o produto acabado?
  • Sigo a Norma Reguladora NR-12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE?

Se as respostas para as quatro primeiras perguntas feitas foram “sim”, então é necessário investir em melhorias no layout visando minimizar e contornar esses problemas.

Leia também sobre Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?

Mas fique tranquilo que podemos te ajudar!!!

Podemos fazer isso de diversas formas, uma delas é a otimização de processos, indicada para fábricas com apenas alguns gargalos na produção, visando melhorar a produtividade, mas sem grandes investimentos.

Já para casos mais graves, o ideal é a elaboração de um novo layout, considerando todas as questões já levantadas e seguindo a Norma Reguladora NR-12, a fim de garantir também a saúde e integridade física dos trabalhadores.

Assim, um layout adequado e com boa fluidez dos processos garante a segurança dos funcionários, a segurança alimentar dos consumidores e, para os empresários, uma fábrica com alta capacidade produtiva.

Leia também sobre Processos Produtivos: Guia completo de como otimizar os seus.

Por: Ana Beatriz Fialho.

Revisado por: Daniele Silva e Leandro Viana.


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Fontes:

  • DA ROSA, Gilson Pires et al. A reorganização do layout como estratégia de otimização da produção. Revista Gestão da Produção Operações e Sistemas, v. 9, n. 2, p. 139, 2014.
  • CARDOSO, Clislene Ribeiro; CAMPOS, Gevair. CONTROLE DA QUALIDADE EM LATICÍNIO: uma proposta de layout através da análise de pontos críticos na produção de queijos. Revista de Engenharia e Tecnologia, v. 11, n. 3, p. áginas 230-241, 2019.
  • MOREIRA, Bruno Filipe Vasconcelos. Otimização de Layout de Armazém e nível de enchimento. 2017.
  • Ministério do Trabalho e Emprego. NR-12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Brasília, DF, 2017.

8 etapas para o desenvolvimento de novos produtos alimentícios

A indústria alimentícia é um dos mercados que mais cresce no Brasil. No entanto, trabalhar com o desenvolvimento de produtos específicos para esse mercado exige um processo complexo e com etapas bem definidas.

Como o desenvolvimento de produtos pode envolver a criação de um item inédito, melhorias ou até a inovação de algo já consolidado, conhecer detalhadamente as técnicas que levarão a um bom resultado é mais do que necessário.

Entretanto, muitos empreendedores se perguntam: como se inserir no mercado alimentício, levando em consideração a inovação e a qualidade que os produtos desse ramo precisam agregar para conquistar o consumidor?

Neste post, você saberá mais sobre esse assunto e de que forma deve começar a agir para desenvolver um produto para o ramo alimentício. Confira!

Etapas do desenvolvimento de produtos

Para começar, é necessário definir algumas etapas, que são essenciais e específicas. Portanto, é ideal ter um acompanhamento especializado que ajudará você a passar por todas essas fases com êxito.

A seguir, listamos os passos desse processo. Leia-os com atenção os siga para conseguir desenvolver um produto de sucesso!

1) Faça uma chuva de ideias (brainstorming) e as filtre

O ponto inicial de desenvolvimento de um projeto é a geração de ideias chamada de brainstorming. Esse é o momento de usar a criatividade e coloca-la no papel, registrando o máximo ideias possíveis.

As ideias inovadoras de produtos podem vir das necessidades dos consumidores, sugestões de clientes, tendências de vendas e ações da concorrência, por exemplo.

Mas tenha como primeira lição: ter uma ideia genial não significa que ela se tornará um bom produto, pois o desenvolvimento de novos produtos depende de vários fatores, uma boa ideia precisa ser executada com maestria para conseguir chegar no resultado desejado.

Com as ideias no papel, você já pode filtrá-las, tendo em vista critérios como custos de produção, orçamento da empresa, perspectivas do mercado-alvo e viabilidade técnica.

2) Conheça o mercado e filtre suas ideias

Agora com a ideia, procure entender como funciona esse mercado no Brasil. Saiba quais são as normas de produção, de higiene sanitária e os selos de qualidade, por exemplo.

Em seguida, reflita: “Do que o mercado está precisando?”

Pense sobre o que você, tanto como consumidor quanto empreendedor, sente falta ao analisar o mercado. Veja o que você pode oferecer como diferencial capaz de encantar e surpreender o público, algo que você gostaria de ter à sua disposição.

Da mesma forma, conheça em profundidade a sua concorrência.

Ler sobre quem já está nesse ramo, o que tem a dizer, como já inovou e evoluiu, não é perda de tempo. Pelo contrário, é o que fará com que você possa ajustar metas e definir as qualidades que o seu produto precisará ter, mas lembre-se que se inspirar na concorrência não significa copiá-la.

Saber tudo sobre o panorama da indústria de alimentos e o desenvolvimento de novos produtos alimentícios no Brasil é uma etapa fundamental desse processo.

A partir dela, você será capaz de perceber quais são as grandes oportunidades e quais os setores aquecidos.

Uma forma de verificar isso é pela pesquisa de faturamento de cada um dos setores da produção. Isso irá ajudar você a investir de forma precisa.

Esses insumos são geralmente encontrados em projetos de estudo de mercado, os quais se caracterizam basicamente por definir o que as pessoas procuram e o quanto elas estão dispostas a pagar.

Conforme a obtenção dessas pesquisas, você deve elaborar um plano de negócio com objetivos, estratégias e métricas para comercializar seu produto.

3) Defina seu público-alvo

Foque o segmento de consumidores que gostaria de atingir.

Pense na persona que você deseja conquistar – seja esse público vegano, adepto do estilo de vida fitness, apreciador de boas bebidas, de doces etc. – e pense em quais características seu produto vai apostar para se consolidar nesse segmento.

Nessa etapa, você precisará elaborar um diferencial que chame a atenção desse público e o faça optar pelo seu produto.

Leia também sobre A Explosão dos Produtos Orgânicos.

4) Analise a viabilidade do projeto

Esta etapa deve ser o ponto inicial de qualquer desenvolvimento de fórmula.

É nesta fase que é feita a análise realista de viabilidade técnica e de inovação a partir de dados de artigos científicos e patentes já existentes.

Essa análise de viabilidade é realizada por meio de duas vertentes: pesquisas e testes técnicos, conforme vamos mostrar a seguir.

Pesquisa

Para se ter uma ideia da importância dessa pesquisa, imagine investir em um projeto que já está sendo desenvolvido em outros lugares? Seria uma grande perda de tempo e de dinheiro!

Além disso, esse é o momento em que se estuda a legislação específica para que seu produto seja desenvolvido dentro das normas vigentes pelos órgãos responsáveis. Essas legislações são responsáveis por ditar os limites de aditivos alimentares que podem ser adicionados.

Teste técnico

Já para a realização do estudo de viabilidade técnica, é necessário que você já tenha em mente as principais características do produto.

Isso inclui as características sensoriais, físicas e químicas que você deseja que seu produto tenha, ou seja, os atributos necessários para a aceitação do seu produto.

Isso tem relação com a etapa de conhecimento do cliente-alvo.

Por exemplo, esse passo ajudará a determinar se o alimento deve conter baixo teor de gordura, zero lactose, não apresentar glúten, entre outras características como, qual será a sua vida de prateleira (shelf life).

Os possíveis componentes para sua receita de sucesso serão gerados a partir do que você espera para sabor, aroma, cor e textura durante o desenvolvimento do produto.

Nesse estudo de viabilidade técnica, que leva em consideração os possíveis ingredientes, primeiramente investiga-se o comportamento de cada componente isoladamente.

Em seguida, é colocado em pauta como eles podem interagir quimicamente, de forma a dar sequência a um resultado positivo como esperado.

É comum, após essa fase, chegar ao desenvolvimento de características sensoriais e nutricionais.

Aqui também entra a definição da necessidade de adotar algum conservante e qual é o mais indicado, assim como o levantamento dos possíveis fornecedores para cada um dos componentes do produto.

É então que se torna possível concluir se realmente existe uma formulação viável e se o produto possibilitará retorno financeiro e competitividade no mercado, que é o objetivo inicial de todo o investimento. Isso mostra se é vantajoso seguir em frente.

5) Desenvolvimento de produtos no laboratório

É nesta etapa do desenvolvimento de produtos que serão colocadas em prática as análises e definições das etapas anteriores.

Como dissemos, os primeiros testes têm como objetivo observar o comportamento dos componentes de forma separada para compreender como cada substância trabalha para a obtenção das características do produto desejado.

É então analisada qual a melhor concentração a ser utilizada para cada produto de acordo com a indicação estudada e registrada pela legislação na etapa anterior.

Aqui são definidas as possíveis formulações para o produto, variando as concentrações e até mesmo os componentes.

Em seguida, vamos para os testes destas fórmulas, em que se observam quais vão oferecer os melhores resultados. Neles, as principais características avaliadas podem ser identificadas, como viscosidade, cor, odor e até outras, de acordo com a preferência e o objetivo do cliente.

Durante todo o desenvolvimento de novos produtos alimentícios, a cada uma das etapas, são realizadas modificações dos parâmetros caso seja necessário.

Isso deixa claro a importância do profissional especializado, já que ele é quem poderá identificar essa necessidade e garantir que as modificações sejam feitas da forma correta.

Assim, a fórmula é desenvolvida e aprimorada através de diversas tentativas subsequentes, até que o resultado programado seja alcançado.

6) Testar, testar e… Testar!

Público-alvo definido, viabilidade confirmada, fórmula ajustada. Agora só falta uma coisa: testar tudo!

Pode parecer que depois de tanta pesquisa, tantas fases e tantos testes já concluídos, tudo está perfeito e pode ir para o consumidor com a garantia de sucesso, certo?

Mas não! Testar nunca é demais!

Isso porque seu produto será consumido por várias pessoas, exigindo um comprometimento máximo com a qualidade e a precisão.

Por esse motivo, é importante a realização de testes laboratoriais ainda mais específicos para avaliar o comportamento da fórmula final ao longo do tempo e garantir sua segurança e qualidade.

Os testes aplicados vão variar de acordo com o objetivo do cliente em relação ao público e às características propostas durante o desenvolvimento de produtos.

Os estudos podem ter como base características físico-químicasanálise sensorial e testes microbiológicos.

7) Projetando a embalagem

A embalagem é a apresentação do seu produto, do ideal que ele defende e de tudo aquilo que se definiu durante o planejamento.

Além de conter as informações nutricionais corretas, o rótulo deve trazer elementos que atraiam o público-alvo de acordo com aquilo que ele prioriza e almeja na hora das compras.

Por isso essa etapa é tão importante quanto as demais.

Leia também sobre As Consequências de um rótulo inadequado.

.8) Acompanhe e tome nota

Este é o momento de atenção aos mínimos detalhes. Nesta fase, o gestor e sua equipe de profissionais especializados vão acompanhar as primeiras produções.

É importante tomar notas sobre o processo produtivo, o armazenamento, o transporte e, é claro, a percepção das primeiras vendas.

Essas anotações serão essenciais para futuras melhorias, e não devem ser vistas de forma negativa, já que todo produto está em constante desenvolvimento e sempre pode melhorar de acordo com a evolução do mercado.

Ter essa perspectiva em mente faz parte do desenvolvimento de produtos e de todo o processo industrial no setor de alimentos.

Por: Rafael Furriel.

Revisado por: Daniele Silva e Leandro Viana.


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Fontes:

 

A importância de obter um Manual de Boas Práticas de Fabricação

O que é um Manual de Boas Práticas de Fabricação?

É muito mais que um documento, é uma ferramenta que contém um conjunto de normas que padronizam e definem procedimentos de todas as etapas do processamento que auxiliam os manipuladores no controle higiênico-sanitário e na prevenção de perigos nos alimentos, de forma simples para melhor compreensão e reflexão sobre a importância da segurança alimentar.

Mas quais são esses perigos?

Segundo a RDC N° 216 – 2004, o BPF é uma medida de controle, implementado com o objetivo de diminuir a um nível aceitável ou eliminar um agente físico, químico ou biológico que possa comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento.

Estes perigos são definidos como:

  • Perigos físicos: são causados por materiais que podem machucar ou causar à saúde, como por exemplo pedaços de vidro, pedra, cabelo, unhas e outros
  • Perigos químicos: são causados pela presença de substancias químicas indesejadas nos alimentos, como é o caso de produtos de limpeza (sabão ou detergente), cloro ou pesticidas
  • Perigos biológicos: causados por microrganismos (bactérias, fungos, protozoários, vírus ou parasitas) e insetos que constituem os principais contaminantes nos alimentos, podendo provocar doenças ou alterar as características dos alimentos.

Devemos oferecer alimentos seguros aos nossos consumidores, ou seja, em todas as etapas os manipuladores devem estar atentos para ações e procedimentos, focando no cuidado, de forma a manter os alimentos livres das fontes contaminantes para garantir segurança alimentar.

Leia também sobre: Contaminação Cruzada: Você Sabe O Que É Este Perigo Tão Comum Quando Se Trata de Alimentos?

Como obter?

As Boas Práticas de Fabricação são divididas nos seguintes itens: higienização das instalações, equipamentos e utensílios; controle de potabilidade da água; higiene e saúde dos manipuladores; manejo dos resíduos; manutenção preventiva e calibração dos equipamentos; controle integrado de vetores e pragas urbanas, seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens; documentação e registro.

De acordo com a RDC N°275 da Anvisa, o manual de BPF deve conter os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s) que devem descrever de maneira simples e objetiva toda sequência para realização de operações rotineiras com instruções específicas da produção, armazenamento e transporte.

É importante salientar que os POP’s sempre devem ser adaptados conforme cada processo, demanda da produção e capacidade produtiva. Também devem ser verificadas as orientações locais (estaduais e municipais).

Todos os responsáveis pelas atividades de manipulação dos alimentos devem ser devidamente capacitados com cursos de qualificação, na qual devem ser abordados, no mínimo, os temas de Contaminantes Alimentares, Doenças Transmitidas por Alimentos e Manipulação Higiênica dos Alimentos e Boas Práticas de Fabricação.

Leia também sobre: Procedimento Operacional Padrão: O que é e Qual a Sua Importância.

Agora que você conheceu um pouquinho mais sobre os riscos e a importância da obtenção do Manual de Boas Práticas de Fabricação conforme as legislações sanitárias e ainda não adotou as boas práticas de fabricação, já passou da hora de implantar essas práticas na sua cultura organizacional. E nós podemos de ajudar, oferecendo soluções personalizadas para o seu negócio!

REGRAS DE OURO DA OMS SOBRE A PREPARAÇÃO HIGIÊNICA DOS ALIMENTOS

A Organização Mundial da Saúde estima que as doenças causadas por alimentos contaminados constituem um dos problemas sanitários mais frequentes nos dias de hoje. Por isso, a educação e a conscientização de todas as pessoas que manipulam os alimentos são de suma importância para a prevenção deste tipo de doenças. Então, o comitê de especialistas em Higiene Alimentar da OMS, elaborou regras simples que pode ajudar a evitar muitas doenças de origem alimentar.

1ª Regra – Preferir alimentos tratados com objetivos higiênicos;
2ª Regra – Cozinhar bem os alimentos;
3ª Regra – Consumir imediatamente os alimentos cozidos;
4ª Regra – Guardar cuidadosamente os alimentos cozidos;
5ª Regra – Reaquecer bem os alimentos cozidos;
6ª Regra – Evitar o contato entre os alimentos crus e os cozidos;
7ª Regra – Lavar as mãos frequentemente;
8ª Regra – Manter cuidadosamente limpas todas as superfícies da cozinha;
9ª Regra – Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;
10ª Regra – Utilizar água potável.

Leia também sobre: Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Por: Amanda Katlen e Cristofer Mendes.

Revisado Por: Daniele Silva e Leandro Viana.


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