Mês: janeiro 2023

O que diz a RDC nº 26 e quais alimentos devem obedecer a essa resolução?

A RDC nº 26 estabelece os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. O grupo de alimentos a que essa resolução engloba inclui alimentos, bebidas, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia embalados na ausência dos consumidores.

 

Leia também sobre Quais as Diferenças Entre Coadjuvantes de Tecnologia e Aditivos Alimentares.

 

Para uma melhor compreensão do assunto é válido salientar a definição de um alérgeno alimentar e de uma alergia alimentar segundo os órgãos governamentais:

 

Alérgeno Alimentar: qualquer proteína, incluindo proteínas modificadas e frações proteicas, derivada dos principais alimentos que causam alergias alimentares;

 

Alergias Alimentares: reações adversas reprodutíveis mediadas por mecanismos imunológicos específicos que ocorrem em indivíduos sensíveis após o consumo de determinado alimento.

 

Os produtos/alimentos que devem obedecer a RDC nº 26 são aqueles que possuem qualquer um dos itens a seguir em sua formulação: Trigo, Centeio, Cevada, Aveia, Crustáceos, Ovo, Peixe, Amendoim, Soja, Leite (todas as espécies de animais mamíferos), Amêndoa, Avelã, Castanha-de-caju, Castanha-do-pará, Macadâmia, Nozes, Pecã, Pistache, Pinoli, Castanhas, Látex natural. Cada um dos ingredientes citados anteriormente possui alguma proteína que pode causar uma alergia alimentar e por esse motivo é necessário informar ao consumidor no rótulo do produto sobre sua presença.

 

Leia também sobre você já viu nos rótulos, que depois da lista de ingredientes, vem os alergênicos?

 

Os produtos que não estão de acordo com a RDC nº 26, entre outras normas vigentes para a rotulagem, estão sujeitos a multas e ações penais cabíveis. Por esse mesmo motivo, nós da Alimentos Júnior Consultoria trabalhamos há mais de 29 anos prestando serviços como a Adequação de Rótulo, o que garante que os produtos de nossos clientes estejam sempre de acordo com a legislação vigente. Dúvidas? Entre em contato pelo Site, Email ou WhatsApp que será um prazer atendê-lo. 

 

Leia também sobre Nova Rotulagem Nutricional: O Que Muda a Partir de Outubro?

 

Por: Diego Tassinari.

Revisado por: Maria Júlia Barbosa e Renan Dias.

 

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

 

Fonte:

·         RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 26, DE 02 DE JULHO DE 2015.

Alimentos anti-inflamatórios: você sabe quais são e o que eles fazem para sua saúde?

Com certeza você já ouviu falar de alimentos que auxiliam no processo de desinflamação do corpo, existem vários deles. Mas você sabe como eles agem no seu organismo e quais são os benefícios pra sua saúde?

Leia também sobre Aditivos Alimentares x Coadjuvantes de Tecnologia: Entenda a Diferença Entre Eles.

De acordo com a Dra. Christiane Fujii, a inflamação é uma reação natural do organismo para combater um quadro de infecção ou lesão de um tecido. No processo inflamatório, ocorre dilatação dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo e de outros fluidos corporais para o local lesionado, podendo causar vermelhidão, dor, inchaço, dentre outros sintomas.

Algumas recomendações para evitar a inflamação, são baseadas na prevenção por meio da alimentação. Recomenda-se uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, além de manter o corpo hidratado. Mas, por que esses alimentos são tão importantes para esse processo?

Alguns alimentos possuem compostos capazes de combater a inflamação, através da redução ou inibição de substâncias nocivas para o nosso corpo, como as prostaglandinas e as citocinas. Alguns desses alimentos possuem compostos, como:

Ômega-3 e ômega-6: ajudam a reduzir danos vasculares, evitando a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose), reduzindo o colesterol total, e ainda, desempenhando importante papel em alergias e processos inflamatórios.

– Antocianina: diminui a oxidação celular evitando cânceres e algumas alergias; funciona como anti-inflamatório e previne doenças cardíacas. É encontrada em açaí, uva, jabuticaba e amora;

– Flavonóides, encontrados em soja, frutas cítricas, tomate, e pimentão, são potentes oxidantes que atuam como anti-inflamatório, na prevenção de câncer, diarreias e na amenização dos sintomas da menopausa;

 

Leia também sobre Enriquecimento de Alimentos com Nutrientes.

 

Alimento probióticos auxiliam no equilíbrio da flora intestinal, inibem o crescimento de microrganismos patogênicos e ainda melhoram a digestão e reduzem o risco de tumores. Como exemplo, os lactobacilos, que possuem propriedades com potencial terapêutico, incluindo atividades anti-inflamatórias. Os probióticos são encontrados em leites fermentados, iogurtes e outros produtos lácteos fermentados.

 

Leia também sobre Iogurte Probiótico – Funcional no Dia a Dia.

 

Por: Dandara Boaventura.

Revisado por: Maria Júlia Barbosa e Renan Dias.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

    

 

Fontes:

·         Inflamação do corpo: como identificar e evitar o problema.

·      A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a diminuição da incidência de doenças.

·      Alimentos anti-inflamatórios: como desinflamar o corpo?

Como aumentar o prazo de validade dos alimentos sem adicionar conservantes?

A indústria alimentícia é um dos mercados que mais cresce no Brasil e junto a ela, cresce também a procura por alimentos mais naturais e sem a presença de aditivos. No entanto, desenvolver produtos específicos para esse mercado exige tanto as conciliações de manipulação e higiene do produto quanto as tecnologias emergentes que possibilitam a produção e conservação de alimentos ou bebidas sem o uso dessas substâncias.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aditivo alimentar é, por definição, “qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais”.

O principal grupo de aditivos alimentares são os conservantes, capazes de inibir a ação de microrganismos e enzimas responsáveis pela deterioração. Mas, como produzir alimentos com alto prazo de validade sem adição de conservantes?

Primeiramente, é importante ressaltar que todas as etapas de fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento são capazes de influenciar na durabilidade do produto final.

As Boas práticas de Fabricação são imprescindíveis para assegurar que a produção dos alimentos está ocorrendo conforme os padrões técnicos que garantem a qualidade sanitária dos mesmos. Esses padrões são características que definem se o produto apresenta ou não a qualidade necessária para ser comercializado e são pré-definidas pela RDC nº 275/2002.

Além do cuidado com a produção do alimento, é importante a adoção de métodos de conservação, incluindo os físicos (como aquecimento, congelamento, resfriamento, desidratação e embalagens) e químicos (como a redução de pH e atmosfera modificada). Algumas tecnologias de conservação estão sendo desenvolvidas e abrangem métodos não convencionais de preservação dos alimentos.

Uma dessas tecnologias é o uso do ozônio. A forma gasosa do ozônio vem sendo explorada em embalagens, câmaras frigoríficas e depósitos por ser capaz de proteger os produtos armazenados da proliferação de micro-organismos que promovem sua deterioração e, assim, evitando o uso de conservantes.

A água ozonizada é outra forma de utilização do ozônio, que possibilita aumento da validade de pescado, produtos cárneos, frutas, entre outros gêneros alimentícios.

O ultracongelamento, por sua vez, é caracterizado por uma realização bastante rápida, que forma cristais de pequena dimensão no interior das células do alimento, não provocando a ruptura da membrana celular. Durante o descongelamento, esses cristais são facilmente reabsorvidos pela estrutura celular, mantendo intacta toda a qualidade nutricional e características sensoriais do alimento. Nas baixas temperaturas, as atividades dos microrganismos as alterações oxidativas são fortemente inibidas, o que evita sua deterioração e aumenta sua validade.

As práticas convencionais já conhecidas de controle e cuidado com o alimento a ser produzido, também ajudam a dispensar o uso de aditivos e não devem ser abandonadas. A qualidade da matéria-prima utilizada, a temperatura controlada, a limitação do tempo ao qual o alimento permanece em temperatura ambiente e testes microbiológicos sucessivos são exemplos de boas práticas no processo produtivo.

Leia também sobre Os padrões microbiológicos de alimentos.

A escolha da embalagem ideal também é um ponto chave para prolongar a vida de prateleira do produto. As embalagens podem revestir e criar barreiras que retardam o processo deterioração dos alimentos, evitando que ocorram reações indesejadas provenientes da luz, do oxigênio e de gases atmosféricos nos produtos e aumentando a vida útil dos mesmos.

Os estudos acerca de tecnologias de embalagens que promovem a conservação dos alimentos estão sendo cada vez mais explorados. Essas novas tecnologias englobam técnicas como incorporar absorvedores e oxigênio e de etileno, emissores de dióxido de carbono e agentes antimicrobianos às embalagens.

Alguns exemplos de tecnologias nesse sentido são as embalagens à vácuo e as embalagens inteligentes.

Nas embalagens à vácuo, todo o ar é retirado do contato com o alimento e os microrganismos deterioradores ficam sem disponibilidade de oxigênio para sobreviver e proliferar no meio. Esse método de envase é capaz de adiar em até 5 vezes o prazo de validade do produto, quando comparamos a eficácia com um mesmo produto que foi apenas mantido sob refrigeração.

Já nas embalagens chamadas de inteligentes são desenvolvidas para desempenhar um papel mais interativo com o alimento e, assim, conter as principais formas de alteração físicas, químicas e microbiológicas, visando aumentar seu o shelf life.

“As embalagens inteligentes apresentam várias funcionalidades, que passam pelo monitoramento, teste e indicação das condições que afetam a qualidade do alimento e, portanto, o seu real tempo de prateleira. Logo, são grandes sinalizadores de que alguns processos podem não estar funcionando de forma adequada ao longo da cadeia produtiva, o que levará à perda ou desperdício dos alimentos”, diz Fábio Oroski, professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Leia também sobre a Escolha da embalagem correta para seu produto.

Apesar do uso de conservantes em pequenas quantidades não ser prejudicial, vimos agora que é possível produzir alimentos sem esses aditivos e que ainda assim apresentam uma vida de prateleira duradoura!

E aí? Você tem interesse desenvolver seu negócio com a venda de alimentos sem aditivos conservantes?

 

Por: Anna Luiza Pierre.

Revisado por: Daniele Silva e Maria Júlia Barbosa.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

    

 

Fontes:

 

·         PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997.

Açúcares Totais x Açúcares Adicionados: Qual a diferença?

Sabe-se que, com a nova legislação sobre a rotulagem de alimentos (RDC 429/2020 e IN 75/2020) vem surgindo muitas dúvidas dos consumidores e produtores de alimentos. Afinal, o que é definido como açúcares totais? Não seriam os carboidratos? E o que são açúcares adicionados?

Inicialmente, vamos diferenciar os açúcares dos carboidratos.

Os carboidratos são moléculas formadas fundamentalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, além de serem a principal fonte de energia para o organismo humano. Já os açúcares são uma classe de moléculas que englobam outras duas classes de carboidratos (os chamados mono e dissacarídeos, como a glicose e a lactose). A última classe desses compostos são os polissacarídeos, um exemplo são os amidos e as fibras, natural de muitos vegetais. Sendo assim, todo açúcar é um carboidrato, mas o inverso não se aplica.

Dessa forma, a declaração de carboidratos totais inclui os açúcares, os amidos e as fibras, que são naturais do seu produto, enquanto a declaração de açúcares totais exclui a porcentagem desses polissacarídeos.

Já a denominação de açúcares adicionados é definida na legislação como todos os monossacarídeos e dissacarídeos adicionados durante o processamento do alimento, com exceção dos polióis, dos açúcares adicionados consumidos pela fermentação ou pelo escurecimento não enzimático e dos açúcares naturalmente presentes.

Com a nova rotulagem, a declaração nutricional desses componentes do alimento deve ser feita de acordo com a porção de 100g do produto e a porção definida pela Instrução Normativa n°75.

Além disso, para alimentos sólidos, a declaração de “alto em açúcar adicionado” deve constar quando o produto conter uma quantidade igual ou maior que 15% do composto, enquanto para alimentos líquidos a declaração é obrigatória a partir de 7,5%.

Por: Maria Victória Faria.

Revisado por: Daniele Silva e Maria Júlia Soares.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!

    

 

Fontes:

Veja mais sobre “Polióis?”