Alimentos Júnior Consultoria

Como aumentar o prazo de validade dos alimentos sem adicionar conservantes?

A indústria alimentícia é um dos mercados que mais cresce no Brasil e junto a ela, cresce também a procura por alimentos mais naturais e sem a presença de aditivos. No entanto, desenvolver produtos específicos para esse mercado exige tanto as conciliações de manipulação e higiene do produto quanto as tecnologias emergentes que possibilitam a produção e conservação de alimentos ou bebidas sem o uso dessas substâncias.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aditivo alimentar é, por definição, “qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais”.

O principal grupo de aditivos alimentares são os conservantes, capazes de inibir a ação de microrganismos e enzimas responsáveis pela deterioração. Mas, como produzir alimentos com alto prazo de validade sem adição de conservantes?

Primeiramente, é importante ressaltar que todas as etapas de fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento são capazes de influenciar na durabilidade do produto final.

As Boas práticas de Fabricação são imprescindíveis para assegurar que a produção dos alimentos está ocorrendo conforme os padrões técnicos que garantem a qualidade sanitária dos mesmos. Esses padrões são características que definem se o produto apresenta ou não a qualidade necessária para ser comercializado e são pré-definidas pela RDC nº 275/2002.

Além do cuidado com a produção do alimento, é importante a adoção de métodos de conservação, incluindo os físicos (como aquecimento, congelamento, resfriamento, desidratação e embalagens) e químicos (como a redução de pH e atmosfera modificada). Algumas tecnologias de conservação estão sendo desenvolvidas e abrangem métodos não convencionais de preservação dos alimentos.

Uma dessas tecnologias é o uso do ozônio. A forma gasosa do ozônio vem sendo explorada em embalagens, câmaras frigoríficas e depósitos por ser capaz de proteger os produtos armazenados da proliferação de micro-organismos que promovem sua deterioração e, assim, evitando o uso de conservantes.

A água ozonizada é outra forma de utilização do ozônio, que possibilita aumento da validade de pescado, produtos cárneos, frutas, entre outros gêneros alimentícios.

O ultracongelamento, por sua vez, é caracterizado por uma realização bastante rápida, que forma cristais de pequena dimensão no interior das células do alimento, não provocando a ruptura da membrana celular. Durante o descongelamento, esses cristais são facilmente reabsorvidos pela estrutura celular, mantendo intacta toda a qualidade nutricional e características sensoriais do alimento. Nas baixas temperaturas, as atividades dos microrganismos as alterações oxidativas são fortemente inibidas, o que evita sua deterioração e aumenta sua validade.

As práticas convencionais já conhecidas de controle e cuidado com o alimento a ser produzido, também ajudam a dispensar o uso de aditivos e não devem ser abandonadas. A qualidade da matéria-prima utilizada, a temperatura controlada, a limitação do tempo ao qual o alimento permanece em temperatura ambiente e testes microbiológicos sucessivos são exemplos de boas práticas no processo produtivo.

Leia também sobre Os padrões microbiológicos de alimentos.

A escolha da embalagem ideal também é um ponto chave para prolongar a vida de prateleira do produto. As embalagens podem revestir e criar barreiras que retardam o processo deterioração dos alimentos, evitando que ocorram reações indesejadas provenientes da luz, do oxigênio e de gases atmosféricos nos produtos e aumentando a vida útil dos mesmos.

Os estudos acerca de tecnologias de embalagens que promovem a conservação dos alimentos estão sendo cada vez mais explorados. Essas novas tecnologias englobam técnicas como incorporar absorvedores e oxigênio e de etileno, emissores de dióxido de carbono e agentes antimicrobianos às embalagens.

Alguns exemplos de tecnologias nesse sentido são as embalagens à vácuo e as embalagens inteligentes.

Nas embalagens à vácuo, todo o ar é retirado do contato com o alimento e os microrganismos deterioradores ficam sem disponibilidade de oxigênio para sobreviver e proliferar no meio. Esse método de envase é capaz de adiar em até 5 vezes o prazo de validade do produto, quando comparamos a eficácia com um mesmo produto que foi apenas mantido sob refrigeração.

Já nas embalagens chamadas de inteligentes são desenvolvidas para desempenhar um papel mais interativo com o alimento e, assim, conter as principais formas de alteração físicas, químicas e microbiológicas, visando aumentar seu o shelf life.

“As embalagens inteligentes apresentam várias funcionalidades, que passam pelo monitoramento, teste e indicação das condições que afetam a qualidade do alimento e, portanto, o seu real tempo de prateleira. Logo, são grandes sinalizadores de que alguns processos podem não estar funcionando de forma adequada ao longo da cadeia produtiva, o que levará à perda ou desperdício dos alimentos”, diz Fábio Oroski, professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Leia também sobre a Escolha da embalagem correta para seu produto.

Apesar do uso de conservantes em pequenas quantidades não ser prejudicial, vimos agora que é possível produzir alimentos sem esses aditivos e que ainda assim apresentam uma vida de prateleira duradoura!

E aí? Você tem interesse desenvolver seu negócio com a venda de alimentos sem aditivos conservantes?

 

Por: Anna Luiza Pierre.

Revisado por: Daniele Silva e Maria Júlia Barbosa.

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Fontes:

 

·         PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997.

Açúcares Totais x Açúcares Adicionados: Qual a diferença?

Sabe-se que, com a nova legislação sobre a rotulagem de alimentos (RDC 429/2020 e IN 75/2020) vem surgindo muitas dúvidas dos consumidores e produtores de alimentos. Afinal, o que é definido como açúcares totais? Não seriam os carboidratos? E o que são açúcares adicionados?

Inicialmente, vamos diferenciar os açúcares dos carboidratos.

Os carboidratos são moléculas formadas fundamentalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, além de serem a principal fonte de energia para o organismo humano. Já os açúcares são uma classe de moléculas que englobam outras duas classes de carboidratos (os chamados mono e dissacarídeos, como a glicose e a lactose). A última classe desses compostos são os polissacarídeos, um exemplo são os amidos e as fibras, natural de muitos vegetais. Sendo assim, todo açúcar é um carboidrato, mas o inverso não se aplica.

Dessa forma, a declaração de carboidratos totais inclui os açúcares, os amidos e as fibras, que são naturais do seu produto, enquanto a declaração de açúcares totais exclui a porcentagem desses polissacarídeos.

Já a denominação de açúcares adicionados é definida na legislação como todos os monossacarídeos e dissacarídeos adicionados durante o processamento do alimento, com exceção dos polióis, dos açúcares adicionados consumidos pela fermentação ou pelo escurecimento não enzimático e dos açúcares naturalmente presentes.

Com a nova rotulagem, a declaração nutricional desses componentes do alimento deve ser feita de acordo com a porção de 100g do produto e a porção definida pela Instrução Normativa n°75.

Além disso, para alimentos sólidos, a declaração de “alto em açúcar adicionado” deve constar quando o produto conter uma quantidade igual ou maior que 15% do composto, enquanto para alimentos líquidos a declaração é obrigatória a partir de 7,5%.

Por: Maria Victória Faria.

Revisado por: Daniele Silva e Maria Júlia Soares.

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Fontes:

Veja mais sobre “Polióis?”

Enriquecimento de Alimentos com Nutrientes – O que é, e o que a legislação diz sobre?

Atualmente, é possível encontrarmos no
comércio a venda de diversos produtos alimentícios que levam em sua composição
a adição de elementos, como vitaminas e minerais. Esses alimentos são ditos
como enriquecidos ou fortificados.

De acordo com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária
(Anvisa), um alimento fortalecido ou fortificado é
todo aquele a qual for adicionado um determinado nutriente com a finalidade de
reforçar seu valor nutricional. Tal finalidade pode ter dois principais
objetivos: seja repor quantitativamente os nutrientes que foram destruídos
durante o processamento do alimento, ou seja suplementando o alimento com
níveis superiores de determinado nutriente.

Vale também ressaltar neste tópico, a
diferença entre a adição de aditivos alimentares e o enriquecimento com
nutrientes em formulações. A Anvisa chama de aditivos alimentares
qualquer substância que não tem valor nutricional, mas pode alterar as
características físicas, nutricionais, sensoriais, químicas e biológicas do
produto. Já o enriquecimento com nutrientes tem como objetivo aumentar o nível
nutricional de determinado alimento, podendo também alterar as características
citadas anteriormente.

Leia também sobre O que são aditivos alimentares e para
que são utilizados?

A fortificação de alimentos é
uma estratégia apoiada e orientada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e regulamentada pela Anvisa, entretanto, tal método deve ser
aplicado de acordo com algumas normas. A Codex Alimentarius da FAO (Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) estabelece 10 dessas normas
básicas:

1. Os nutrientes essenciais devem
estar presente em um nível que não resulte em um consumo excessivo do
nutriente adicionado;

2. A adição de um nutriente adicional
não deve resultar em um efeito adverso sobre o metabolismo de qualquer outro
nutriente;

3. Os nutrientes essenciais devem ser estáveis
no alimento, considerando a embalagem, armazenamento, distribuição e
utilização;

4. Os nutrientes essenciais devem ser biologicamente
disponíveis
no alimento;

5. O nutriente essencial não deve
afetar negativamente no alimento e nem na vida de prateleira.

6. Deve-se utilizar recursos
tecnológicos e instalações de processamento para permitir a adição de nutrientes
de forma satisfatória;

7. A adição de nutrientes essenciais não
deve ser utilizada para enganar
os consumidores sobre os níveis nutritivos
de um alimento;

8. O custo adicional deve ser razoável
para o consumidor;

9. Deve-se utilizar métodos de medição
e quantificação de alguns dos nutrientes essenciais;

10. Quando está prevista na
legislação, as disposições específicas devem ser incluídas, identificando os
nutrientes essenciais a serem considerados e os seus níveis em que devem estar
presentes nos alimentos para alcançar tal finalidade.

Leia também sobre a Segurança Alimentar.

Hoje, obrigatoriamente os alimentos
fortificados no Brasil são o sal com iodo (introduzido no país em 1953) e as farinhas
de trigo e milho com ferro e ácido fólico. A Anvisa também fortalece a
importância de conter informações sobre o enriquecimento de determinado
alimento em sua embalagem.

Por: Vinicius
Damiani.

Revisado por: Daniele
Silva e Renan Dias.

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Fontes:

·
O que são
alimentos enriquecidos ou fortificados?

·
Enriquecimento
de alimentos com nutrientes.

·
Fortificação
de alimentos: uma alternativa para suprir as necessidades de micronutrientes no
mundo contemporâneo.

Você sabe como são feitas as análises nutricionais dos alimentos?

Atualmente as pessoas têm se importado cada vez mais com a qualidade nutricional dos alimentos que estão ingerindo com o objetivo de manter uma vida saudável. Desse modo, podemos encontrar todas as informações necessárias nas tabelas nutricionais que ficam disponíveis nos rótulos dos alimentos. Entretanto, você já parou pra pensar sobre como é determinado o teor nutricional de cada um dos alimentos?

 

Leia também sobre a Nova Rotulagem Nutricional.

 

Existem diversas maneiras de determinar a quantidade de cada nutriente disponível nos alimentos, como carboidratos, proteínas, gorduras totais, fibra alimentar e sódio. Desse modo, a melhor forma de definir o teor desses nutrientes pode variar de acordo com as características de cada alimento. Por exemplo, podemos elaborar uma tabela nutricional completa a partir de dados que já existem na literatura, como os que estão disponíveis na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. Entretanto, é necessário realizar alguns cálculos para ajustar os valores de acordo com a receita e a porção do alimento.

 

Além disso, é necessário que todos os ingredientes usados no alimento em questão estejam disponíveis na literatura. Logo, se não forem encontrados todos os dados necessários sobre os ingredientes usados no alimento ou se o alimento passa por algum tipo de processamento drástico, como fermentação, se torna necessário recorrer às análises laboratoriais.

 

Visto isso, quando há necessidade de levar as amostras do alimento para o laboratório, as análises poderão ser feitas baseadas em diversos princípios químicos que serão citados a seguir. Mas antes de realizar qualquer análise de fato, é necessário preparar as amostras de maneira correta para que os testes sejam precisos e eficazes.

 

Para a determinação de gorduras totais pode ser utilizado o método de Soxhlet, esse é um método de extração intermitente que trabalha com refluxo de solvente orgânico a quente, como por exemplo o éter de petróleo. Resumidamente, para a realização dessa análise, é necessário que as amostras sejam previamente dessecadas e pesadas. Após isso, a amostra é inserida no aparelho de Soxhlet em um cartucho de celulose. Logo, o solvente é aquecido de maneira que vai arrastar os lipídeos presentes na amostra e após um tempo de 6 horas, todo material lipídico estará depositado no fundo de um balão volumétrico. Por fim, é feito um cálculo, dividindo-se a massa de lipídio extraída pela massa da amostra e multiplicada por 100, para se ter o teor de gorduras totais em porcentagem.

 

A determinação de proteínas, pode ser feita com base no método de Kjeldahl, esse método consiste na quantificação de matéria nitrogenada total de uma amostra, uma vez que moléculas de proteínas apresentam o nitrogênio em sua composição. Com isso, é necessário fazer a digestão de uma amostra homogeneizada em um bloco digestor com ácido sulfúrico à uma temperatura de 400°C. Logo, após o aquecimento do bloco digestor contendo a solução ácida, haverá formação de sulfato de amônio, com coloração translúcida. Em seguida, adiciona-se hidróxido de sódio na solução para obter hidróxido de amônio para depois ser feita uma destilação usando o destilador de nitrogênio, onde na parte de saída deverá conter solução de ácido bórico e um indicador colorimétrico. Logo, teremos ao final da destilação uma solução de borato de amônio que poderá ser titulada com ácido clorídrico e se obter o teor de nitrogênio e o teor de proteínas totais, com os devidos cálculos.

 

Já o sódio, pode ser determinado por uma técnica chamada fotometria de chama, na qual são feitas algumas amostras padrões contendo teor uma diluição conhecida em mg/L, essas amostras padrões são medidas de modo que o aparelho dê os valores de sódio em ppm e com esses valores é possível construir uma curva padrão e obter uma equação da reta que relaciona quantidade de sódio em ppm com a concentração da solução em mg/L. Desse modo, é possível encontrar a concentração de sódio em uma amostra problema. 

 

Por último, a determinação dos carboidratos totais pode ser obtida por diferença centesimal, de modo que é feito um cálculo de percentual total 100% menos a soma percentual de todos as outras análises obtidas, como umidade, cinzas, proteínas e gorduras totais.

 

Existem muitas outras maneiras de quantificar o teor dos açúcares, lipídeos, proteínas e minerais. Esse foi apenas um resumo de alguns dos métodos utilizados para construir uma tabela nutricional com todas as informações necessárias que devem estar contidas nos rótulos dos alimentos. 

 

Leia também sobre As Consequências de Um Rótulo Inadequado.

 

Por: Renan Dias.

Revisado por: Daniele Silva.

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Fontes:

 

·         A determinação de Lipídeos Presentes em Alimentos auxilia na elaboração de dietas balanceadas.

·         Técnica de quantificação de proteínas pelo método Kjeldahl princípio.

·         Etapas de digestão, destilação e titulação compõem tradicional método de determinação de nitrogênio.

Você conhece as legislações para a produção da Kombucha?

A kombucha é uma bebida milenar e, era considerada o chá da imortalidade por seus diversos benefícios associados a contínua utilização da bebida. Estudos apontam que, o consumo da kombucha está relacionado a redução do estresse oxidativo e inflamatório, regulação intestinal, manutenção de radicais livres e redução de células cancerígenas

A kombucha é uma bebida fermentada elaborada, a partir de chá verde e açúcar, acrescentada de uma colônia simbiótica de leveduras e bactérias que serão responsáveis por consumir o açúcar e a cafeína do chá, transformando em uma bebida naturalmente gaseificada repleta de vitaminas, enzimas, probióticos e ácidos orgânicos que são altamente benéficos à saúde, atuando principalmente no equilíbrio gastrointestinal, modulando e consequentemente, melhorando o sistema imunológico do indivíduo (BROOME, 2015). 

Leia também sobre Aditivos Alimentares x Coadjuvantes de Tecnologia.

A gaseificação da bebida está associada ao seu teor alcoólico, sendo que, quanto mais tempo passar fermentando em um recipiente fechado, maior concentração de gás terá, ficando mais ácida e com maior teor alcoólico. O gás não está associado à qualidade da kombucha, mas por questões sensoriais dos consumidores, muitas empresas acrescentam gás carbônico ao envasar a bebida, já que muitos utilizam como substituto dos refrigerantes. Porém, durante esse processo, grande parte dos benefícios são perdidos, já que a microbiota presente não consegue sobreviver. A legislação atual permite a utilização de CO2 e não estabelece limites de concentração utilizado, apenas deve constar na rotulagem o termo “GASEIFICADA”.

Com a expansão comercial da kombucha, em 2019, surgiu uma Instrução normativa para regulamentar a produção e parâmetros que garantam a qualidade para o consumidor final. Com isso, para ser considerada kombucha, o chá utilizado deve ser da espécie Camellia sinensis e a água utilizada deve ser potável de acordo com a Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Além disso, a utilização de expressões associadas a benefícios para a saúde é proibida, já que, os estudos que alegam o poder benéfico da bebida fermentada só podem ser obtido se feito com a concentração correta de chá, tempo de fermentação, ambiente controlado e uso constante na dieta.

Leia também sobre A Nova Rotulagem Nutricional.

Um dos principais parâmetros a ser analisado é o teor alcoólico, pois, para ser considerado não alcoólico de 0,5% (v/v), é indicado que se consuma no máximo 300 ml, de preferência pela manhã, por ter alta concentração de cafeína, o que pode interferir na qualidade do sono. 

A adição de frutas, mel, aromatizantes naturais, corantes naturais, fibras, vitaminas, sais minerais e outros nutrientes autorizados pela ANVISA podem ser adicionados na kombucha não alcoólica. Muitas empresas optam por adicionar sucos integrais de frutas ou açúcares de origem vegetal, que além de agradar o paladar dos consumidores, trazem benefícios para a saúde, dessa forma, é comum encontrar no mercado variações de sabores da kombucha.

E aí? Ficou interessado(a) em regulamentar sua produção de kombucha para adequa- lá ao mercado, além de, realizar uma Análise Sensorial com seu público alvo para entender pontos de melhoria? Entre em contato conosco!

Por: Giovana Fuzer.

Revisado por: Daniele Silva Renan Dias. 

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Fontes

 

Por que ter cuidado com a formação de biofilme na indústria de alimentos?

Mesmo quem não é familiarizado com o termo biofilme está mais perto deste do que imagina, visto que os biofilmes podem ser formados em diversos locais, como na boca, formando a placa bacteriana, além de em superfícies de equipamentos mal higienizados ou em canos de água.

Mas o que é o Biofilme?

O biofilme é um conjunto de microrganismos que vivem em comunidade, aderidos em uma superfície. Os microrganismos de vida livre vão tender a aderir em uma superfície contendo alguma matéria orgânica para seu crescimento, essas substâncias vão fazer ligações físico-químicas e irão formar a base do biofilme.

A partir de um tempo, essas ligações vão ficando cada vez mais fortes, fazendo com que as bactérias passem a sintetizar algumas substâncias que vão facilitar a entrada de outros microrganismos pela maior disponibilidade de nutrientes, havendo também a formação de exopolissacarídeos. Este vai proteger o biofilme de agentes químicos, antissépticos, sanitizantes, dificultando sua remoção.

O biofilme tem um ciclo de vida no qual quando a proliferação é muito alta, acontece a dispersão dos microrganismos que geram novos focos para a formação de biofilme.

Desta forma, o que se faz importante é que a indústria de alimentos é um lugar muito propício para a formação de biofilme visto a grande quantidade de nutrientes disponíveis nos equipamentos e nas superfícies de alguns materiais que podem facilitar esta adesão.

Logo, por ter uma diversidade de microrganismos que podem estar nesta comunidade, pode haver a presença de patógenos, esporos, toxinas ou deterioradores que ao serem dispersados podem fazer uma contaminação cruzada com o alimento já processado, gerando um risco a saúde do consumidor, podendo ocasionar em infecções ou intoxicações alimentares como também gerar perdas econômicas ao diminuir a durabilidade do produto.

Leia também sobre Vida de Prateleira.

O biofilme até pode parecer algo complexo, mas uma forma bem eficaz para sua remoção é a aplicação das Boas Práticas de Higienização e Fabricação, com um bom fluxograma de limpeza usando os procedimentos e os sanitizantes corretos, evitando que os alimentos sejam contaminados.

Leia também sobre as Boas Práticas de Fabricação.

Por: Débora Maia.

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Fontes:

·         Farmacêutico Digital

·         Profissão BIOTEC

Algumas curiosidades sobre as pimentas que você talvez não conheça

Logo e parte da cultura da Alimentos Júnior Consultoria, a pimenta é um dos frutos mais antigos domesticados pelo homem, sendo utilizada em diversas formulações como geleias, pratos típicos e como tempero para diversas receitas para trazer um toque especial aos pratos.

Com origem no México Central datada em 7.000 a.C., a pimenta é conhecida por seu gosto forte e característico, e por tal fato é até utilizada como desafio para os mais corajosos. Entre os tipos de pimentas existentes, as mais utilizadas pelos brasileiros são, a pimenta dedo de moça, pimenta biquinho, pimenta rosa, pimenta calabresa, pimenta malagueta e a pimenta do reino preta ou branca.

A picância ou pungência de uma pimenta pode ser classificada utilizando a Escala de Scoville. Esse método consiste em medir a quantidade de capsaicina (substância que concede a ardência nos diferentes tipos de pimentas), de modo que um peso exato de pimenta seca é dissolvido em álcool para extrair os componentes que dão características de pungência (capsaicinoides). Em seguida é diluído em água com açúcar até que a ardência não seja mais detectável em um painel de provadores. Essa escala foi idealizada pelo farmacêutico Wilbur Scoville em 1912 e varia de 0 a 16.000.000.000.

A pimenta mais picante é a chamada a Trinidad Moruga Scorpion, com origem na cidade de Moruga, em Trinidad e Tobago que atingiu 2.009.231 unidades na Escala de Scoville, batendo o recorde mundial de ardência em plantas. Por outro lado, temos pimentas que possuem 0 unidades na Escala Scoville como no caso do pimentão.

Além dessas características, temos alguns estudos que mostram que a pimenta age no organismo de forma benéfica. Esses estudos indicam que a pimenta é termogênica, podendo acelerar o metabolismo daqueles que a consomem. Ademais, elas também possuem ação anti-inflamatória, colaborando para amenizar a dor de algumas doenças, como a fibromialgia.

Leia também sobre alimentos funcionais.

Por fim, vale destacar que, a pimenta se mostra como um dos principais valores da Alimentos Júnior Consultoria, o apimentar, presente na cultura da empresa e no dia a dia. Tempero que em pouca concentração pode fazer uma grande diferença em diversas receitas no mundo, assim como nós, que com atitude e determinação procuramos fazer a diferença, mesmo em pequenas concentrações, trazendo um legado de impacto para a sociedade.

Por: Raphael Azevedo.

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PRODUÇÃO DE CACHAÇA: COMO É E O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO?

As bebidas alcoólicas são, normalmente, classificadas quanto o seu processo de produção, dessa forma, temos as bebidas fermentadas, destiladas e produzidas por mistura.

A cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48% referente a 20°C, também conhecida como aguardente de cana. Ela pode ser obtida pela destilação do mosto fermentado advindo do caldo de cana de açúcar ou a partir do destilado simples do caldo de cana, podendo ser adicionada até 6 gramas de açúcar por litro de cachaça.

Depois da cerveja, é a segunda bebida mais consumida do país e a Portaria nº 339, de 28 de junho de 2021 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é a responsável por estabelecer os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dessa bebida.

Leia também sobre a importância dos padrões de identidade e qualidade.

Para sua produção, ainda é permitida a utilização de alambique de cobre, desde que seja respeitado o limite de 5 mg de cobre por litro de cachaça, sendo ele tido como contaminante. Porém, atualmente, muitos lugares já tem feito a substituição por equipamentos de inox para diminuir esse risco de contaminação.

Para a sua produção, é recomendado que a cana de açúcar seja colhida e usada no mesmo dia, para que não haja alteração da matéria prima pela fermentação. Após a colheita, ela é lavada e moída para extração do caldo e passa pela filtração para retirada dos bagacilhos que podem comprometer a qualidade do produto.

Para a fermentação, o mosto é preparado, que nada mais é que o caldo da cana adicionado de fermento, de 20 a 25 gramas por litro, seja ele natural ou comercial. Esse processo vai ter ótimo funcionamento entre 26 e 32°C, para que aconteça a conversão dos açúcares em álcool e gás carbônico. Além disso, pode fazer a adição de água, de boa qualidade, para diluição do caldo.

Leia também sobre problemas da utilização de água não tratada na indústria de alimentos.

A destilação é feita em alambiques de cobre ou de inox, como permitido na legislação, e vão sendo obtidas frações de diferentes graduações alcoólicas, conhecida como cabeça (tem a maior parte do etanol), coração (é a cachaça propriamente dita) e cauda (pouco etanol e mais compostos voláteis).

Após a produção, a bebida pode passar por envelhecimento que, segundo a Portaria nº 339, de 28 de junho de 2021 do MAPA, deve conter no mínimo 50% do seu volume guardado em recipiente de madeira por até 1 ano e, além disso, pode fazer a adição de caramelo para a correção da cor, porém deve vir na lista de ingredientes a sua presença.

Por fim, para o envase, passa por uma nova filtração.

Quanto a rotulagem, a legislação não permite o uso de termos como: artesanal, caseiro, premium, extra premium, entre outros. Quanto a sua denominação, pode vir denominado como “Aguardente de cana…” ou “Cachaça…” seguido do processo de destilação, processo de maturação e o teor de açúcar.

Assim, é sempre importante, antes de começar a produzir uma bebida fermentada, se atentar as legislações vigentes de cada bebida, assim como o seu PIQ.

Por: Carolina Rodrigues.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fontes:

DIA DO ENGENHEIRO DE ALIMENTOS

No dia 16 de outubro é o Dia do Engenheiro de Alimentos, uma profissão que tem ganhado cada vez mais reconhecimento e espaço no mercado de trabalho.

Então, em homenagem a esse dia, que tal aprender um pouco mais sobre essa profissão?

O que faz um Engenheiro de Alimentos?

A Engenharia de Alimentos é uma área muito ampla, já que participa de todo o processo produtivo:

·     O engenheiro de alimentos é responsável por garantir um padrão de qualidade dentro da indústria de alimentos desde a chegada da matéria prima, sendo ela vegetal ou animal, durante o processamento até a chegada do produto ao consumidor;

·    Participar da escolha adequada de embalagens;

·       Elaborar rótulos e tabelas nutricionais;

·      Em laboratórios pode fazer análises simples e também para a determinação da vida de prateleira. Além disso, trabalha no desenvolvendo de melhoramentos genéticos;

·       O engenheiro de alimentos também deve estar ciente das legislações vigentes, como regras de higiene;

·   Por fim, também podem seguir a área acadêmica como professores, transmitindo seus conhecimentos para futuros engenheiros de alimentos.

Aprenda mais sobre o que faz um engenheiro de alimentos.

E qual a história dessa profissão?

A Engenharia de Alimentos não tem uma origem exata, acredita-se que ela surgiu a partir de estudos mais aprofundados na área alimentícia por parte de profissionais da Engenharia Química, a fim de aprimorar os conhecimentos científicos dos alimentos e uni-los ao processo industrial.

Mas, na América Latina, surgiu em 1962 o ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) na UNICAMP, que em 1967 deu origem ao primeiro curso de Tecnologia de Alimentos; no entanto, apenas em 1971 o curso foi reconhecido, pelo Decreto Federal nº 68644. A partir daí, essa área do conhecimento começou a ser cada vez mais valorizada, e surgiram então os cursos de Engenharia de Alimentos.

Quando surgiu o dia especial dos engenheiros de alimentos?

Em 1891, começou a ser comemorado no dia 16 de outubro, o World Food Day (Dia Mundial da Alimentação) em mais de 150 países, como uma estratégia para alertar e informar sobre a importância de que hábitos de alimentação saudável sejam acessíveis à toda a população mundial (ação denominada como “Segurança Alimentar e Nutricional”).

Esta foi a data escolhida pois marca justamente o aniversário da criação de FAO (Food and Agriculture Organization, em português conhecida como Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), pela ONU em 1945. A FAO é uma agência especializada responsável pelo combate à fome e por assegurar o acesso mundial à uma alimentação segura e de qualidade.

E no Brasil, há mais de 42 anos, os engenheiros de alimentos também tem esse dia em homenagem à sua profissão, tão importante na garantia de que alimentos cheguem com excelentes padrões de segurança (e muito deliciosos e saudáveis) às casas dos brasileiros!

Leia mais sobre a importância dos profissionais da Engenharia de Alimentos.

 

Por: Elisa Rossi Casali.

 

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

 

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·         Fontes:

·   imagem: https://blog.facens.br/conheca-5-areas-de-atuacao-para-o-engenheiro-de-alimentos/ 

·         Agron Food Academy. Dia do engenheiro de alimentos e dia mundial da alimentação, 2019. Disponível em: https://agronfoodacademy.com/dia-do-engenheiro-de-alimentos-e-dia-mundial-da-alimentacao/#:~:text=Foi%20o%20primeiro%20curso%20de,(ITAL)%2C%20em%201962. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·    Agron Food Academy. Dia do engenheiro de alimentos e história da engenharia de alimentos, 2019. Disponível em: https://agronfoodacademy.com/dia-do-engenheiro-de-alimentos-e-dia-mundial-da-alimentacao/. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·   CREA-PR. Dia do engenheiro de alimentos e dia mundial da alimentação, 2019. Disponível em: https://www.crea-pr.org.br/ws/dia-do-engenheiro-de-alimentos-e-dia-mundial-da-alimentacao/#:~:text=Comemorado%20no%20dia%2016%20de,%E2%80%9CSeguran%C3%A7a%20Alimentar%20e%20Nutricional%E2%80%9D. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·       GUIMARÃES, Lígia. 16 de outubro: dia do engenheiro de alimentos, 2011. Disponível em: https://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=11489. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·     O que faz um engenheiro de alimentos e qual a sua importância? Alimentos Júnior Consultoria, 2019. Disponível em: https://alimentosjunior.com.br/5395/. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·    PET AGRO. Comemoração ao dia do engenheiro de alimentos. PET AGRO UFG. Disponível em: https://pet.agro.ufg.br/n/83773-comemoracao-ao-dia-do-engenheiro-de-alimentos. Acesso em 20 de setembro de 2022.

·       PINHEIRO, Jádina Carina. SAEQA. A história da engenharia química e da engenharia de alimentos, 2019. Disponível em: https://www.saeqaufsc.com/post/a-hist%C3%B3ria-da-engenharia-qu%C3%ADmica-e-da-engenharia-de-alimentos#:~:text=A%20Engenharia%20de%20Alimentos%20surgiu,para%20a%20melhora%20desse%20setor. Acesso em 20 de setembro de 2022. 

Problemas da utilização de água não tratada na Indústria de Alimentos

A utilização de água devidamente tratada na Indústria de Alimentos não é uma opção, mas sim uma necessidade, isto porque este tipo de indústria está entre as que mais são dependentes da água para realizar seus processos e conseguir atender os consumidores. Porém, se a água que entrar em contato com as matérias-primas, com as tubulações, equipamentos e utensílios estiver contaminada quimicamente e/ou microbiologicamente, o produto final também estará contaminado e pode seriamente colocar em risco a saúde do consumidor final.

No Brasil, do total de recursos hídricos utilizados nas indústrias, cerca de 59% são direcionados à produção alimentícia e de bebidas, ou seja, nas indústrias de alimentos. Pensando na cadeia produtiva como um todo (além das indústrias), do total de água retirada das bacias hidrográficas brasileiras em 2019, 8,4% foi utilizado para o abastecimento animal (incluindo aves, bovinos e suínos) e 49,8% para a irrigação de solos agrícolas. Com isso, percebe-se que mais da metade dos recursos hídricos foram utilizados com a finalidade de fornecer alimentos à população, marcando a grande relação que isso tem com a água.

Como citado anteriormente, deve-se estar sempre atento quanto à qualidade da água que entra em uma indústria. O primeiro ponto de atenção refere-se ao pH (potencial hidrogeniônico), pois águas de acidez muito elevada (pH abaixo de 4,6 geralmente provocado pela presença de ácidos minerais e orgânicos) podem com o tempo corroer tubulações e superfícies lizas de equipamentos. Por outro lado, águas com alta alcalinidade (pH entre 8,3 e 9,4) podem estar contaminadas com bicarbonatos (muitas vezes bicarbonato de cálcio ou magnésio), que podem provocar incrustações em máquinas e equipamentos, principalmente aqueles que trabalham com calor (como caldeiras e pasteurizadores). Essas incrustações podem resultar em uma menor eficiência das máquinas e ainda alojar microrganismos patogênicos que em contato com alimentos e bebidas podem causar sérios problemas de contaminação.

Leia também sobre a qualidade microbiológica da água.

Outra substância que não deve estar presente na água são os cloretos, que em altas concentrações também podem provocar corrosão em tubulações de caldeiras e incrustações em equipamentos de aço inoxidável, material muito presente nas indústrias de alimentos.

Quanto à qualidade microbiológica, um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostrou que a água foi a principal responsável por surtos de doenças provocadas por microrganismos patogênicos no Brasil entre 2017 e 2021. Além disso, o mesmo estudo demonstrou que os microrganismos mais presentes em surtos provocados pela água são Escherichia coli e Staphylococcus aureus, seguidos da Salmonella spp. Por conta disso, existem etapas do tratamento da água (como a filtração e cloração, onde é adicionado cloro muitas vezes na forma de ácido hipocloroso) que visam a desinfecção da água, com o objetivo de eliminar essas e outras bactérias patogênicas.

Sabendo disso, deve-se estar sempre atento quanto à qualidade da água que é utilizada para produção e beneficiamento de alimentos, bem como para limpeza e higienização de utensílios e equipamentos. O não seguimentos de práticas higiênicas e de controle de qualidade colocam em risco o funcionamento de uma indústria e também a saúde dos consumidores. Mas não se preocupe, agora você já tem conhecimento de como proceder quanto à água utilizada na sua produção!

Leia também sobre os padrões microbiológicos.

Por: Henrique Macedo.

Revisado por: Daniele Silva e Renan Dias.

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Fonte:

  • ANDRADE, Nélio. Qualidade e Tratamento da Água no Controle de Adesão Microbiana na Indústria de Alimentos. In: ANDRADE, Nélio. Higiene na Indústria de Alimentos: Avaliação e controle da adesão e formação de biofilmes bacterianos. [S. l.]: Varela, 2008. cap. 7, p. 271-303.