Procedimento Operacional Padrão: o que é e qual sua importância

Se você lê muito sobre como melhorar o desempenho de uma empresa sem perder a qualidade dos produtos, principalmente na indústria alimentícia, com certeza a padronização ou o Procedimento Operacional Padrão foram termos recorrentes na sua pesquisa.

Assim como diversas outras ferramentas que devem ser aplicadas para o sucesso dos negócios, o Procedimento Operacional Padrão (POP) auxilia a rotina da empresa de forma eficiente, colaborando para que ela cresça de maneira ordenada.

Neste post, vamos entender melhor sobre como essa técnica funciona.

O que é o Procedimento Operacional Padrão?

É um documento de caráter organizacional que contém o planejamento do trabalho a ser executado. É a descrição mais detalhada possível de todas as medidas necessárias para a realização de uma tarefa.

O Procedimento Operacional Padrão busca estabelecer procedimentos de Boas Práticas de Fabricação (BPF) em vários setores da indústria. Para serviços que envolvam alimentação, ele atua a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado.

Em outras palavras, esse documento deve trazer um passo a passo para o desenvolvimento de determinadas tarefas. No caso da indústria alimentícia, por exemplo, uma delas é a higienização de superfícies.

Essa tarefa, entre outras, tem a finalidade de evitar até os menores desvios que possam trazer prejuízos ao consumidor, como a ingestão de um alimento contaminado.

O propósito desse documento é garantir a segurança dos alimentos.

Se pensarmos em grandes franquias de alimentos, como fast-foods, ou mesmo indústrias que têm filiais em diversas cidades, a necessidade de criar um padrão que assegure a qualidade, fazendo com que todos os produtos tenham o mesmo resultado, é muito importante.

Ao padronizar, a identidade da marca é mantida e a confiança dos clientes cresce à medida que eles entendem essa segurança.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é a responsável pela legislação vigente para empresas de alimentos, estabelece, através das Resoluções RDC 216 e RDC 275, as normas voltadas especificamente para serviços de alimentação.

Isso faz com que o Procedimento Operacional Padrão seja obrigatório para todas as empresas que trabalham com manuseio de alimentos para fins de consumo humano em todo o território nacional.

Ou seja, ele é necessário para estabelecimentos que façam manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados para o consumo.

Dos mais simples aos grandes estabelecimentos, como cantinas, bufês, bares, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, restaurantes, lanchonetes, padarias, supermercados, açougues e rotisserias, a obrigatoriedade é válida.

Como funciona o Procedimento Operacional Padrão?

O Procedimento Operacional Padrão confere instruções das etapas das operações e em quais frequências vão ocorrer, contendo vários elementos, como:

  • O profissional responsável pela execução e listagem dos equipamentos;
  • As peças e os materiais que são usados na realização de cada tarefa;
  • A descrição detalhada dos procedimentos que devem ser executados nas atividades críticas (ou seja, o modo de operação e as possíveis restrições quanto à execução, o que pode ou não pode ser feito);
  • Um roteiro organizado e explicativo de inspeções periódicas dos equipamentos de produção.

Ou seja, o principal objetivo do Procedimento Operacional Padrão é minimizar desvios na execução de cada atividade, padronizando para que tudo gere um resultado previamente idealizado.

Para isso, como dissemos, ele deve ser o mais detalhado possível a fim de que os colaboradores também possam utilizá-lo como um guia quando precisarem de alguma informação imediata.

Nesse sentido, cada empresa pode incluir o que achar melhor, mas alguns itens são indispensáveis para indústrias de alimentos, como:

  • Nome da empresa;
  • Objetivo;
  • Documentos para referências (manuais, processos ou outros procedimentos);
  • Materiais necessários;
  • Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • Local de aplicação do procedimento;
  • Siglas (se for o caso);
  • Descrição das etapas da tarefa e de seus executores e responsáveis;
  • Fluxograma (representação gráfica de um procedimento);
  • O local onde poderá ser encontrado e o nome do responsável pela guarda e atualização do POP;
  • Qual a frequência de atualização;
  • Ação corretiva (medida que deverá ser tomada caso ocorra algum erro no processo)
  • De que forma será gerado (seja digital ou físico);
  • Gestor (quem foi responsável pela elaboração do projeto).

O POP, sendo específico para a área de atuação ou atividade que detalha, precisa ser bem escrito, pois, caso não seja, jamais terá continuidade.

Portanto, esse processo de criação do documento, que deve ser claro e objetivo, além de despertar a cooperação entre gestores, diretores e funcionários, será crucial para que sua execução ocorra com sucesso.

Isso inclui pensar em uma escrita que seja de fácil compreensão para quem for utilizá-lo.

Afinal, não adianta de nada escrever um documento que deveria ser explicativo, mas que usa termos difíceis e siglas pouco conhecidas, tornando-o, na realidade, um documento mais confuso e que deixa tudo ainda pior, certo?

Seu formato também influencia na fluidez da leitura e na compreensão. Pensar sobre a ordem de cada informação faz com que o documento possa ser compreendido com mais profundidade.

Vimos também que ele precisa ser revisto com periodicidade, o que exige muito cuidado, uma vez que, com o alto fluxo de informações dentro das empresas, é comum que procedimentos desatualizados sejam utilizados nos processos.

Portanto, é imprescindível ter o cuidado de que apenas a versão mais atualizada esteja sendo seguida, pois ela é resultado de diversas revisões e correções de erros anteriores, com o objetivo de melhorar o desempenho.

Ao utilizar um procedimento desatualizado, a empresa continua executando as falhas que foram encontradas pela Qualidade e deixa de aproveitar as melhorias padronizadas, o que gera grandes prejuízos para a organização.

Vantagens

Se ter a qualidade assegurada em todos os setores da sua empresa ainda não foi justificativa suficiente para você se convencer da importância e necessidade de aplicar o Procedimento Operacional Padrão no seu negócio, aqui estão mais algumas:

  • Diminui o índice de retrabalho;
  • Diminui desperdícios;
  • Reforça o controle de qualidade;
  • Reduz a variação e aumenta a qualidade através da implementação consistente do processo, mesmo em caso de mudança de pessoal;
  • Demonstra conformidade e confiabilidade com requerimentos organizacionais e governamentais;
  • Facilita o processo de treinamento de pessoal quando necessário;
  • Permite a melhoria da comunicação e evita falhas por esse motivo;
  • Diminui riscos de acidentes.

Você tem interesse em saber mais sobre assunto e desenvolver algo para o seu negócio?
Depois de ler nosso artigo, restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Estamos disponíveis para auxiliar no que for possível. Envie sua dúvida juntamente com seus dados para contato. Responderemos o mais rápido possível!