A
principal preocupação durante o processo produtivo de qualquer alimento, seja
ele industrializado ou não, deve ser em relação à sua segurança.
Dessa
forma, surge o conceito de Segurança dos Alimentos (do inglês Food Safety) que se
refere principalmente à capacidade de se produzir alimentos livres de
contaminação, seja ela física (como fio de cabelo e fragmento de
insetos), química (como produtos de limpeza e aditivos que não forem
autorizados) ou microbiológica (contaminação por microrganismos, como
bactérias e fungos), não representando nenhum risco à saúde do consumidor.
Leia
também sobre Contaminação
cruzada: você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata te alimentos?
São os
chamados Alimentos Inócuos, que só são obtidos quando seguimos à risca diversas
práticas higiênicas (como as Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos
Padrão de Higiene Operacional) desde o processamento da matéria prima até o
produto final. Porém isso não se aplica somente ao ambiente industrial, mas
também à restaurantes e a culinária domiciliar.
Leia
também sobre A
importância de obter um Manual de Boas Práticas de Fabricação.
Se você já
consumiu algum alimento e no dia seguinte, ou até algumas horas depois, começou
a sentir sintomas como dores abdominais, dor de cabeça ou mal-estar,
saiba que provavelmente foi vítima de uma DTA (Doença Transmitida por
Alimentos) e aquele alimento consumido não estava seguro.
Por
outro lado, a Segurança Alimentar (do inglês Food Security) não trata do processo
produtivo dos alimentos em si, mas sim de um conjunto de práticas e iniciativas que têm
como objetivo garantir à população o acesso a alimentos com valor
nutricional e na quantidade adequada para uma boa qualidade de
vida.
Esse conceito tem sua origem no período
das duas grandes Guerras Mundiais, eventos que resultaram em uma escassez de
alimentos saudáveis, que atingiu muitos países, principalmente a Europa. Nesse
período foi criada a FAO (Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura).
Fazendo uma análise, dentre os
principais desafios para que a população tenha uma melhor segurança
alimentar, podemos citar:
·
Desperdício: segundo a FAO, o Brasil desperdiça, anualmente, cerca de
30% de toda sua produção alimentícia. Infelizmente, é uma grande quantidade de
comida jogada no lixo que poderia nutrir pessoas que passam fome ou não têm
acesso a uma dieta rica em nutrientes. Dados da própria FAO indicam que, em 2016, cerca de 795 milhões de pessoas passando por
situação de fome, e tudo aponta que esse número tende a aumentar.
Leia também sobre Vamos falar sobre o desperdício de
alimentos?
·
Políticas
públicas: a segurança alimentar depende de
políticas públicas para ser efetivamente colocada em prática. Um exemplo disso
no Brasil é o Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), onde o governo compra alimentos de agricultores familiares para formar
estoques e distribuir a populações carentes. Porém, essas políticas públicas infelizmente
não são presentes da mesma forma em todos os países.
·
Escassez de
recursos naturais: a água
potável, minerais e outros recursos são finitos e estão cada dia mais escassos.
Em muitos locais, o solo já está enfraquecido, causando, por exemplo, a
desertificação e processos erosivos. Tudo isso prejudica diretamente a produção
de alimentos como um todo, desde o meio rural até a indústria.
Após essa leitura, esperamos que você tenha entendido a
relação e a importância destes conceitos. Como consumidores de alimentos,
precisamos ter conhecimento a respeito de fatores que impactam diretamente em
nossa saúde e qualidade de vida!
Por: Henrique Macedo.
Revisado por: Daniele Silva e
Raphael Azevedo.
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Fontes:
·
Segurança
Alimentar: o que é, desafios e mais!
·
O
desperdício de alimentos no Brasil
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